Conforme descrito nas partes I e II, Ezequiel viu uma espécie de carrossel extraordinário, quatro anjos postados em quadrilátero, cada qual com quatro asas e quatro rostos, com duas voavam e com duas cobriam o corpo em referência a DEUS que se assenta no trono acima deles. A frente rosto de homem; a direita leão; a esquerda boi e atrás águia.

Os quatro rostos simbolizam os quatro evangelhos de JESUS; Matheus foca sua realeza – descendente de Davi - ; Marco - o boi - sua natureza de servo e a águia, agora, por meio do evangelista João a deidade de JESUS, sua natureza divina.

Há dois textos que relaciona a águia à natureza de DEUS, o primeiro se referindo à libertação de Israel do Egito – Deuteronômio capítulo 32, versículos 11 e 12 e Salmo 91, versículo 4:

“Como a águia desperta a sua ninhada, move-se sobre os seus filhos, estende as suas asas, toma-os, e os leva sobre as suas asas, assim só o SENHOR o guiou; e não havia com ele deus estranho.”

“Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel.”

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.” (João capítulo 1, versículo 1 a 5). Esse é o introito mais contundente sobre a natureza divina de JESUS em todos os evangelhos.

Ademais, o evangelho de João descreveu com afinco os embates entre JESUS e a elite religiosa judaica, a qual desesperadamente tentava negar sua natureza divina, os ardis para encalacrá-lo entre o cumprimento da lei e misericórdia – o caso da adúltera, se absolvesse descumpriria a lei e não poderia ser o messias, se a condenasse não seria misericordioso - ; a questão do pagamento do tributo – se mandasse pagar imposto seria inimigos dos judeus, se não violaria a lei romana.

Os judeus mataram o filho de DEUS, esse é o drama de Israel, compraram seu sangue por trinta moedas de prata.

No Velho Testamento há dois registros do JESUS DEUS dirigidos à nação judaica. Num ELE avalia o valor que pagaram por ele – as moedas que Caifás pagou a Judas pela identificação de JESUS - e noutro a menção ao dia em que a nação israelita reconhecerá o erro cometido, o maior de toda a história de Israel.

Em ambas, JESUS fala como DEUS denotando a natureza revelada pela face de águia dos querubins alinhavada no evangelho de João – Zacarias capítulo 11, versículo 12 a 14 e capítulo 12 versículos 10 a 14:

“Porque eu lhes disse: Se parece bem aos vossos olhos, dai-me o meu salário e, se não, deixai-o. E pesaram o meu salário, trinta moedas de prata. O SENHOR, pois, disse-me: Arroja isso ao oleiro, esse belo preço em que fui avaliado por eles. E tomei as trinta moedas de prata, e as arrojei ao oleiro, na casa do SENHOR.”

“Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e pranteá-lo-ão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito. Naquele dia será grande o pranto em Jerusalém, como o pranto de Hadade-Rimom no vale de Megido. E a terra pranteará, cada família à parte: a família da casa de Davi à parte, e suas mulheres à parte; e a família da casa de Natã à parte, e suas mulheres à parte; A família da casa de Levi à parte, e suas mulheres à parte; a família de Simei à parte, e suas mulheres à parte. Todas as mais famílias remanescentes, cada família à parte, e suas mulheres à parte.”    

Paz!

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