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R E L I G I Ã O
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A oração picareta de Jacó
Por Bruno Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil

Jacó é o patriarca que deu origem ao nome da nação Israel, foi pai de doze filhos dos quais advieram as doze tribos e, sobretudo, era neto de Abraão.

Como tal sabia que seu pai Isaque iria ser sacrificado pelo avô a DEUS, quando o ALTÍSSIMO providenciou um carneiro substituto a JESUS, que seria morto por seu PAI em amor ao mundo, porque DEUS amou o mundo de tal maneira, que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Pelo testemunho de seu pai Jacó sabia que a maior dádiva de DEUS era a vida, no sentido mais profundo, o poder da vida que vence a morte mediante o sangue de um inocente.

Quando de forma conturbada deixava a casa de seu pai rumo ao desconhecido DEUS, em sonho, lhe confirma a promessa primeiramente entregue a seu avô e que lhe alcançava.

Mesmo assim Jacó lhe fez uma oração condicional, para não dizer contratual - Gênesis capítulo 28, versículos 20 a 22:

“E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir; e eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR me será por Deus. E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo.”

Em suma, se DEUS o abençoasse seria o seu DEUS.

Os descendentes de Judá, filho de Jacó, Sadraque, Mesaque e Abede-nego foram confrontados a adorar a imagem de ouro de 27 metros que Nabucodonosor levantara no campo de Dura, sob pena de serem queimados vivos.

Haviam perdido o país, a língua, os pais - provavelmente mortos - , a identidade cultural, a vida lhes foi por despojo.   

Nesse degringolar, desferiram palavra agudamente oposta à proferida por Jacó, a de finalidade incondicional independente do que DEUS fizesse ou deixasse de fazer – Daniel, capítulo 3, versículos 13 a 19:

“Então Nabucodonosor, com ira e furor, mandou trazer a Sadraque, Mesaque e Abednego. E trouxeram a estes homens perante o rei.

Falou Nabucodonosor, e lhes disse: É de propósito, ó Sadraque, Mesaque e Abednego, que vós não servis a meus deuses nem adorais a estátua de ouro que levantei?

Agora, pois, se estais prontos, quando ouvirdes o som da buzina, da flauta, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles, e de toda a espécie de música, para vos prostrardes e adorardes a estátua que fiz, bom é; mas, se não a adorardes, sereis lançados, na mesma hora, dentro da fornalha de fogo ardente. E quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos?

Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este negócio.

Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei.

E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste.

Então Nabucodonosor se encheu de furor, e mudou-se o aspecto do seu semblante contra Sadraque, Mesaque e Abednego; falou, e ordenou que a fornalha se aquecesse sete vezes mais do que se costumava aquecer.”

Jacó se converteu muitos anos após aquela oração, quando se encontrou com DEUS em Peniel e ELE lhe mudou o nome, o que explica aquela “oração contrato”, condicional, a da falta de intimidade até que o patriarca entrasse na dimensão da aliança com DEUS.

Seus descendentes exilados na Babilônia amavam o DEUS que dá a vida, pelo que se entregaram a morte para não desonrá-lo, morte que não veio dado maravilhosa intervenção.

A aliança é filha da intimidade com DEUS, a partir da qual até a vida é menos relevante.

Como disse um teólogo, “se JESUS estiver no inferno, o inferno é céu para mim”. A questão não é o lugar, mas a pessoa.

O horror do inferno é a total ausência de DEUS.

Paz!

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