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R E L I G I Ã O
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M A R Ç O / 2 0 1 2
Os astrólogos de
Nabucodonosor
Por Bruno
Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil
O grande rei babilônio Nabucodonosor, criador da lendária cidade de Babilônia, detinha um séquito dos melhores astrólogos, magos e feiticeiros.
Se ainda
hoje há astrólogos que vivem durante o ano com o que ganham com quatro a cinco
mapas astrais, calcule-se o prestígio que aqueles desfrutavam na corte.
Nabucodonosor discorria sobre decisões, sonhos e eventos e eles lhe desvelavam a
interpretação e a possibilidade de êxito.
Cumpre assentar que dominava
o mundo e conhecia o que havia de melhor de conhecimento, inclusive do
ocultismo. Mas um dia um sonho lhe aterrorizou sobremaneira porque diferenciava,
e muito, do que vira até então, enquanto conquistava o mundo.
Em situações normais se age normalmente e em anormais, anormalmente. Nabucodonosor não só queria saber a interpretação do sonho, queria a cabal e absoluta certeza de sua fidedignidade, e não arranjo de palavras vãs, mentirosas, pelo que pediu aos magos, feiticeiros e astrólogos que não só interpretassem, como adivinhassem qual era o sonho.
Os magos, encantadores e
astrólogos disseram ao rei que não poderiam, pois jamais rei algum pedira tal
coisa e, em realidade, rei algum experimentara a grandiosidade daquela visão
perturbadora.
A diferença era que DEUS
falara a Nabucodonosor em sonho, o DEUS criador dos céus e da terra, essa era a
diferença, o DEUS vivo e verdadeiro que Nabucodonosor
desconhecia, e que destoava daquela religião satânica e ocultista, impregnada de
demônios a qual ele e seu povo prestavam culto.
E quando DEUS fala divide a
história ao meio, divide a alma do espírito, as juntas da medula, é impossível
esquecer. Havia um judeu dos exilados de Judá, Daniel, a quem DEUS revelou o
significado de forma que preservou não só a sua como a vida de todos magos,
encantadores e astrólogos babilônicos.
Nabucodonosor
se ajoelhou diante de Daniel talvez porque nem ele acreditasse que alguém
pudesse tal coisa. Durante o transcurso do livro de Daniel após outros embates
Nabucodonosor ao fim inclinou a cerviz ao DEUS de Israel e juntou-se à fé dos
judeus Daniel, Sadraque, Mesaque e Abede-nego.
A moral da história é de que
o homem não só precisa ter um encontro real com DEUS por sua existência moral,
física e espiritual, como necessita de um coração aberto para receber outro rei
no trono da própria existência.
JESUS disse a Pedro que
quando era novo ele se cingia e ia aonde queria, mas quando velho outros o
levariam e o cingiriam, o que significa que a partir do momento em que JESUS
fosse o senhor de sua vida ELE faria sua agenda, marcaria seus encontros,
determinaria onde estaria aos domingos, o dia do SENHOR.
Naquela visão Nabucodonosor
vira JESUS simbolizado numa pedra – Daniel, capítulo 2:
“1 Ora no segundo ano do reinado de
Nabucodonosor, teve este uns sonhos; e o seu espírito
se perturbou, e passou-se-lhe o sono.
2 Então o rei mandou chamar
os magos, os encantadores, os adivinhadores, e os caldeus, para que declarassem
ao rei os seus sonhos; eles vieram, pois, e se apresentaram diante do rei.
3 E o rei lhes disse: Tive
um sonho; e, para saber o
sonho, está perturbado o meu espírito.
4 Os caldeus disseram ao rei
em aramaico: ó rei, vive eternamente; dize o sonho a
teus servos, e daremos a interpretação
5 Respondeu o rei, e disse
aos caldeus: Esta minha palavra é irrevogável se não me fizerdes saber o sonho e
a sua interpretação, sereis despedaçados, e as vossas casas serão feitas um
monturo;
6 mas se vós me declarardes
o sonho e a sua interpretação, recebereis de mim dádivas, recompensas e grande
honra. Portanto declarai-me o sonho e a sua interpretação.
7 Responderam pela segunda
vez: Diga o rei o sonho a seus servos, e daremos a interpretação.
8 Respondeu o rei, e disse:
Bem sei eu que vós quereis ganhar tempo; porque vedes que a minha palavra é
irrevogável.
9 Se
não me fizerdes saber o sonho, uma só sentença será a vossa; pois vós
preparastes palavras mentirosas e perversas para as proferirdes na minha
presença, até que se mude o tempo; portanto dizei-me o
sonho, para que eu saiba que me podeis dar a sua interpretação.
10 Responderam os caldeus na
presença do rei, e disseram: Não há ninguém sobre a terra que possa cumprir a
palavra do rei; pois nenhum rei, por grande e poderoso que fosse, tem exigido
coisa semelhante de algum mago ou encantador, ou caldeu.
11 A coisa que o rei requer
é difícil, e ninguém há que a possa declarar ao rei, senão os deuses, cuja
morada não é com a carne mortal.
12 Então o rei muito se irou
e enfureceu, e ordenou que matassem a todos os sábios de Babilônia.
13 Saiu,
pois, o decreto, segundo o qual deviam ser mortos os sábios; e buscaram a Daniel
e aos seus companheiros, para que fossem mortos.
14 Então Daniel falou
avisada e prudentemente a Arioque, capitão da guarda do rei, que tinha saído
para matar os sábios de Babilônia;
15 pois disse a Arioque,
capitão do rei: Por que é o decreto do rei tão urgente? Então Arioque explicou o
caso a Daniel.
16 Ao que Daniel se
apresentou ao rei e pediu que lhe designasse o prazo, para que desse ao rei a
interpretação.
17 Então Daniel foi para
casa, e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros,
18 para que pedissem
misericórdia ao Deus do céu sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus
companheiros não perecessem, juntamente com o resto dos sábios de Babilônia.
19 Então foi revelado o
mistério a Daniel numa visão de noite; pelo que Daniel louvou o Deus do céu.
20 Disse Daniel: Seja
bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque são dele a sabedoria e a
força.
21 Ele muda os tempos e as
estações; ele remove os reis e estabelece os reis; é ele quem dá a sabedoria aos
sábios e o entendimento aos entendidos.
22 Ele revela o profundo e o
escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz.
23 Ó
Deus de meus pais, a ti dou graças e louvor porque me deste sabedoria e força; e
agora me fizeste saber o que te pedimos; pois nos fizeste saber este assunto do
rei.
Daniel interpreta o sonho
24 Por isso Daniel foi ter
com Arioque, ao qual o rei tinha constituído para matar os sábios de Babilônia;
entrou, e disse-lhe assim: Não mates os sábios de Babilônia; introduze-me na
presença do rei, e lhe darei a interpretação.
25 Então Arioque depressa
introduziu Daniel à presença do rei, e disse-lhe assim: Achei dentre os filhos
dos cativos de Judá um homem que fará saber ao rei a interpretação.
26 Respondeu o rei e disse a
Daniel (cujo nome era Beltessazar):
Podes tu fazer-me saber o sonho que tive e a sua interpretação?
27 Respondeu Daniel na
presença do rei e disse: O mistério que o rei exigiu, nem sábios, nem
encantadores, nem magos, nem adivinhadores lhes podem
revelar;
28 mas há um Deus no céu, o
qual revela os mistérios; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor
o que há de suceder nos últimos dias. O teu sonho e as visões que tiveste na tua
cama são estas:
29 Estando tu, ó rei, na tua
cama, subiram os teus pensamentos sobre o que havia de suceder no futuro.
Aquele, pois, que revela os mistérios te fez saber o que há de ser.
30 E a mim me foi revelado
este mistério, não por ter eu mais sabedoria que qualquer outro vivente, mas
para que a interpretação se fizesse saber ao rei, e para que entendesses os
pensamentos do teu coração.
31 Tu, ó rei, na visão
olhaste e eis uma grande estátua. Esta estátua, imensa e de excelente esplendor,
estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível.
32 A cabeça dessa estátua
era de ouro fino; o peito e os braços de prata; o ventre e as coxas de bronze;
33 as pernas de ferro; e os
pés em parte de ferro e em parte de barro.
34 Estavas vendo isto,
quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mãos, a qual feriu a estátua nos
pés de ferro e de barro, e os esmiuçou.
35 Então foi juntamente
esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como
a pragana das eiras no estio, e o vento os levou, e não se podia achar nenhum
vestígio deles; a pedra, porém, que feriu a estátua se tornou uma grande
montanha, e encheu toda a terra.
36 Este é o sonho; agora
diremos ao rei a sua interpretação.
37 Tu, ó rei, és rei de
reis, a quem o Deus do céu tem dado o reino, o poder, a força e a glória;
38 e em cuja mão ele
entregou os filhos dos homens, onde quer que habitem, os animais do campo e as
aves do céu, e te fez reinar sobre todos eles; tu és a cabeça de ouro.
39 Depois de ti se levantará
outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de bronze, o qual terá
domínio sobre toda a terra.
40 E haverá um quarto reino,
forte como ferro, porquanto o ferro esmiúça e quebra tudo; como o ferro quebra
todas as coisas, assim ele quebrantará e esmiuçará.
41 Quanto ao que viste dos
pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um
reino dividido; contudo haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois que
viste o ferro misturado com barro de lodo.
42 E como os dedos dos pés
eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será
forte, e por outra será frágil.
43 Quanto ao que viste do
ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão pelo casamento; mas não se
ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro.
44 Mas, nos dias desses
reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; nem
passará a soberania deste reino a outro povo; mas esmiuçará e consumirá todos
esses reinos, e subsistirá para sempre.
45 Porquanto viste que do
monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o
bronze, o barro, a prata e o ouro, o grande Deus faz saber ao rei o que há de
suceder no futuro. Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação.
46 Então o rei Nabucodonosor
caiu com o rosto em terra, e adorou a Daniel, e ordenou que lhe oferecessem uma
oblação e perfumes suaves.
47 Respondeu o rei a Daniel,
e disse: Verdadeiramente, o vosso Deus é Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e
o revelador dos mistérios, pois pudeste revelar este mistério.
48 Então o rei engrandeceu a
Daniel, e lhe deu muitas e grandes dádivas, e o pôs por governador sobre toda a
província de Babilônia, como também o fez chefe principal de todos os sábios de
Babilônia.
49 A pedido de Daniel, o rei
constituiu superintendentes sobre os negócios da província de Babilônia a
Sadraque, Mesaque e Abednego; mas Daniel permaneceu na corte do rei.”
Paz!
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