B U S I N E S S    &     L I F E     C O A C H I N G
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Tudo a seu tempo
Por Denise Amaral (*)

Todos nós, alguns mais do que os outros, planejamos nossa vida. O que vamos fazer amanhã, em uma semana, em um mês, em um, cinco ou dez anos. Entrevistas para ocupar uma vaga em muitas empresas incluem perguntas do tipo: Como você se vê daqui cinco anos? Onde quer estar daqui a dez anos? E se de um lado é uma forma de ver quais as motivações e ideais daquela pessoa, por outro é simplesmente uma pergunta sem consequências, pois se não sabemos o que vai acontecer conosco daqui a cinco minutos, que dizer sobre cinco anos?

É claro que é bom fazer planos, para que saibamos em que direção seguir, para que tenhamos parâmetros que nos ajudem a fazer escolhas e tomar decisões. Como decidir se é melhor aceitar um trabalho que pague mais, mas que não ofereça qualquer possibilidade de crescimento, ou preferir um outro que remunere menos, mas incentive cursos de aperfeiçoamento ou tenha algum plano de carreira que possa ser interessante. 

Será que é melhor casar agora, ou esperar um pouco mais? Ter filhos agora, ou aguardar uma estabilidade financeira? Reformar a casa ou viajar? Permanecer no conforto de meus problemas conhecidos, ou aventurar-me na busca de uma situação melhor? 

Fazer escolhas é muito difícil! Quem dera conhecêssemos o que o futuro guarda para nós... 

Mas o que é mais interessante é que, mesmo que nossos planos não deem certo, quando olhamos para trás e observamos o traçado de nossas vidas, percebemos que tudo aconteceu dentro de uma perfeição que, sozinhos, não conseguiríamos sequer imaginar. Ou seja, tudo o que deu "errado" acabou por se mostrar muito melhor do que o esperado!

Este é um fato corriqueiro na vida das pessoas. E cada uma o explica da forma que achar melhor. E seja qual for a explicação que lhe parece mais confortável, ou mais convincente, a essência permanece a mesma: somos muitas vezes levados a trilhar caminhos que não queríamos, apenas para chegar a um lugar melhor do que aquele que imaginávamos.

Seja qual for a força que rege os eventos de nossa vida, uma coisa é certa : ela é mais inteligente, mais amorosa, e mais generosa do que nós.

É difícil para nós compreender a extensão do poder que temos sobre o mundo que nos cerca. Mas cada uma de nossas palavras, cada ato que cometemos, reflete sobre outras pessoas, e a reação de cada uma delas vai determinar a forma como agirão, ou as decisões que tomarão, que por sua vez exercerão forte influência sobre outras pessoas, em outros lugares e em situações as mais diversas. Em pouco tempo, aquilo que dissemos ou fizemos vai estar afetando diretamente a vida de pessoas que não conhecemos, em lugares onde nunca estivemos.

Não está em nosso poder orquestrar esta sequência intrincada de eventos, já que as influências vêm de todas as partes, e são uma mescla de sensações e experiências, atuais e passadas, que determinam o efeito e o grau tanto da ação como da reação. Cabe a nós tentar dar um peso positivo a tudo o que fazemos, para que a nossa influência sobre os outros seja boa. E no que diz respeito a nós, e aos caminhos de nossa vida, devemos manter sempre nossos olhos em uma direção positiva, de melhora e crescimento. Mesmo que haja muitos percalços pelo caminho, que nos façam seguir por atalhos inesperados ou nos obriguem a desvios que com os quais não contávamos, nossos planos têm que permanecer firmes, amplos e muito bons. São muitas as rotas que levam ao mesmo destino, e nem sempre a que nos parece melhor é realmente a mais conveniente para nós ou para os nossos objetivos.

Seja qual for a batuta que rege esta orquestra estranha e maravilhosa que é o nosso universo, com certeza nos olha sob uma perspectiva bem mais abrangente que a nossa - vê adiante, sabe se há uma ponte caída à frente, uma tempestade a caminho, ou algum perigo maior.  Portanto, quando os acontecimentos fogem ao nosso controle, quando insistimos por uma direção e a vida insiste em nos levar por outros, com certeza há uma explicação que entenderemos mais adiante.

O que cabe a cada um de nós decidir, devemos ter a certeza de escolher o que é certo, justo e bom.  De resto, vamos adiante, pelas trilhas que vão sendo, a cada dia, iluminadas para nós.