Tramas da vida, por Denise Rodrigues do Amaral, colunista de Business & Life Coaching no www.portalbrasil.net

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B U S I N E S S    &     L I F E     C O A C H I N G
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Tramas da vida
Por Denise Amaral (*)
 

Somos protagonistas de nossa vida, e portanto temos uma perspectiva única dos fatos. Somos observados, enquanto todos os demais são observadores. E pode ser que a ideia que fazemos de nós mesmos, fortemente marcada por nossas intenções mais particulares, seja diferente da ideia que os outros têm de nós. Mais ainda, participamos de cada momento como se fosse um evento isolado, e nem sempre compreendemos a relação que cada um tem com as outras experiências que vivemos.

Costumamos dizer que tudo acontece para o bem (pelos menos os mais otimistas de nós...) e nem sempre, quando estamos enfrentando alguma grande dificuldade, conseguimos visualizar o lado “bom”. Somente depois, passado algum tempo, às vezes muito tempo, conseguimos identificar a relação do que aconteceu com os desdobramentos que nos levaram a uma grande conquista, uma boa descoberta, ou a um momento de felicidade.

Se fossemos capazes de nos afastar de nós mesmos, mesmo que apenas por alguns momentos a cada dia, de forma a enxergar aquilo que fazemos – e o modo como fazemos – sob a perspectiva dos outros, aprenderíamos muito sobre nós, e com certeza encontraríamos vários aspectos de nosso comportamento que se beneficiariam extremamente com alguns pequenos “ajustes”. Conseguiríamos nos enxergar como parte de um todo, e compreenderíamos melhor o nosso papel no desenrolar da história. Nosso desempenho, provavelmente, passaria a ser outro, mais adequado, mais compatível com o desempenho daqueles que estão ao nosso lado. E os resultados seriam, também, muito melhores.

Temos atitudes e reações que nos parecem absolutamente apropriadas, mas sob o nosso ponto de vista, e perfeitamente ajustadas ao nosso estado de espírito naquele momento. Mas quando conseguimos nos afastar, percebemos que, mesmo que estejamos querendo brigar, talvez o melhor seja respirar um pouco, contar até dez, e reagir de uma maneira mais calma e controlada. Pois talvez a pessoa que vai ser alvo de nosso desabafo emocional não esteja preparada para enfrentar a situação sem se ofender pessoalmente, e acabamos colocando em risco o projeto. Ou mesmo que não estejamos com a menor vontade de tomar uma decisão em determinado momento, talvez ela seja absolutamente necessária, na medida em que dela depende o trabalho de outras tantas pessoas. No momento em que nos damos conta de que o mundo não gira em torno de nós, nossa atuação passa a se encaixar corretamente no todo, como a peça perfeita de um grande quebra-cabeça. Colaboramos mais, e como consequência, nos sentimos muito melhor.

Aqueles que se limitam a viver a vida a partir de si mesmos, exigindo que os demais se adaptem à sua linha de atuação e raciocínio, por mais inadequada que seja, causam desequilíbrio e desgaste emocional. Para não mencionar perda de tempo e possíveis prejuízos.

Cada momento de nossa existência se une ao próximo, e os fatos se combinam, compondo a narrativa do tempo. Uma trama minuciosamente trabalhada, que se estende pelos dias e pelo espaço, agasalhando o universo, e deixando aqui e ali as nossas marcas.

(*) Denise Rodrigues do Amaral é escritora, advogada e pós-graduada em Teoria da Comunicação, especialista em comunicação e produtividade e membro da CCF – Certified Coaches Federation.
É autora do livro "Crianças podem voar", publicado pela Editora Internacional e possui mais de 450 editoriais publicados na área de relacionamento no trabalho.

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