Turismo Brasil - Parte II, "Infraestrutura aeroportuária Brasileira", por Fernando Toscano, www.portalbrasil.net

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ATUALIZAÇÕES QUINZENAIS

 

Fernando Toscano - Editor-Chefe do Portal Brasil - www.portalbrasil.netTurismo Brasil - Parte II
"Infraestrutura aeroportuária brasileira"

Por Fernando Toscano (*)

Dando continuidade a coluna da quinzena anterior vou comentar aqui a questão da infraestrutura aeroportuária brasileira - tanto para o turista brasileiro (turismo interno) quanto para o turista estrangeiro.  No entanto, há diversas considerações a se fazer inicialmente. Primeiro temos que entender que não podemos comparar Brasil com Europa, América do Norte e os "tigres asiáticos". Por vários motivos: o Brasil é um país continental, muito mais complicado e complexo de administrar do que um país europeu eu asiático - na maioria menores que o estado de São Paulo, alguns menores que o estado do Rio de Janeiro! Também temos problemas estruturais e sociais graves, mais importantes e de necessidade mais imediata. As áreas de saúde, educação, moradia e segurança pública têm sempre que ser prioritárias. Depois vem a infraestrutura, muito importante também porque traz recursos, investimentos e crescimento de nossa economia como um todo e isso acaba refletindo na melhoria de vida da nossa gente. Vamos passar então a analisar os aspectos técnicos dos aeroportos nacionais.

AEROPORTO DE BRASÍLIA - VISÃO DESDE A SALA DE EMBARQUE INFERIOR - Foto/Crédito: Fernando Toscano (www.portalbrasil.net)Um aeroporto é uma pequena cidade. No Brasil podemos destacar alguns hubs importantes e aeroportos que têm necessidade de uma grande estrutura motivado pelo tamanho das áreas metropolitanas e suas áreas de influência, pela necessidade sanzonal (exemplo Manaus que, na época das chuvas depende praticamente de aviões e pequenos barcos regionais), pelo interesse turístico da região e pela capacidade financeira, política e necessidade de crescimento do município. Seguindo esse raciocínio posso afirmar, com segurança, as prioridades, tanto para cargas quanto para passageiros: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Salvador, Manaus, Recife, Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza, Campinas, Curitiba e Belém são os mais necessitados, nessa ordem. O Rio de Janeiro possui dois aeroportos (Tom Jobim - "Galeão" - e Santos Dumont) e em função disso Brasília possui uma necessidade maior porque seu aeroporto, apesar de possuir duas pistas, já atingiu o esgotamento há algum tempo. O "Consórcio Inframérica", vencedor da licitação na Capital Federal, vem trabalhando em diversas melhorias que já são sentidas (embarque e desembarque mais rápidos, mais locais de espera com poltronas adequadas, rede wireless gratuitas e de alta velocidade, sem bloqueio de acesso; painéis maiores e mais modernos, ampliação do estacionamento, construção de novos banheiros, ampliação do terminal de passageiros e reescalonamento de áreas, pessoal e equipamentos).

Quais as necessidades básicas para os grandes aeroportos brasileiros? Maiores áreas de estacionamento, com tarifas mais baratas; hotéis de trânsito próximos, com acesso rápido, fácil e tarifas competitivas; ônibus de qualidade com motoristas treinados, gentis e bilingues; táxis de qualidade, credenciados, também com motoristas bilingues e preparados para atender especificamente aos turistas; salas de embarque e desembarque mais amplas, com mais espaço para o trânsito de pessoas, melhores banheiros e ampliação do número de poltronas disponíveis; maior segurança e controle nas áreas internas e adjacentes (é muito comum se observar motoristas de táxis e carros privados gritando, próximo ao desembarque..."táxi, táxi" sem que ninguém tome alguma providência); terminais preparados para o aumento do volume de passageiros em épocas de congestionamento (alta estação e eventos como "Copa das Confederações", "Copa do Mundo" e "Olimpíadas"); maior policiamento; mais agentes da Polícia Federal para atender com agilidade e eficiência a necessidade dos passageiros e usuários; juizado especial com juiz de plantão 24 horas, 7 dias por semana; etc, etc, etc. - tudo isso sem falar nos aspectos técnicos de pista, taxiamento, despacho de cargas, torre de controle, auditoria nas empresas (verificação da qualidade de atendimento tanto das empresas aéreas quanto do pessoal de apoio, verificação da carga horária da tripulação, pessoal de pista, torre de controle e pessoal de apoio nos terminais; verificação de overbooking em excesso por parte das companhias aéreas; acompanhamento de embarque, respeito no tempo máximo para as filas, etc).

Como se faz tudo isso? Com muitos recursos, muito planejamento e pessoal qualificado; também a troca de experiência com administradores de aeroportos de todo o mundo pode trazer significativa contribuição à melhoria dos terminais aeroportuários brasileiros minimizando erros e economizando recursos. O treinamento sistemático e recorrente prepara e capacita a equipe, especializando-os e preparando o país para as próximas décadas. É lógico que, como disse, o planejamento deve ser global, inclusive observada a questão de recursos humanos, com plano de carreira adequado, promoções, programas de incentivo, salários competitivos e benefícios diretos e indiretos. Que tipo de equipe faz tudo isso? É aquela máxima: "cada um na sua". Precisamos de engenheiros, economistas, advogados, administradores, técnicos dos mais diversos segmentos; enfim: pessoal qualificado atuando com competência na sua área. Chega de politicagem, chega de Infraero, que anos a fio levou os nossos aeroportos ao caos com insensibilidade e incompetência!

Até a próxima quinzena...

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(*) Fernando Toscano é natural de Belo Horizonte (MG), reside em Brasília desde 1976, e é o editor do Portal Brasil. Seu currículo.

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