Área Cultural Área Técnica

 Ciência e Tecnologia  -  Colunistas  -  Cultura e Lazer
 
Educação  -  Esportes  -  Geografia  -  Serviços ao Usuário

 Aviação Comercial  -  Chat  -  Downloads  -  Economia
 
Medicina e Saúde  -  Mulher  -  Política  -  Reportagens

Página Principal

B U S I N E S S    &     L I F E     C O A C H I N G
1 6  /  M A I O  /  2 0 1 5

 

Medo de mudar
Por Denise Amaral (*)

É muito bom quando nossa vida entra em uma fase de equilíbrio, de previsibilidade. Somos abraçados a cada novo dia pela reconfortante sensação de saber que não teremos grandes surpresas em nossa jornada além de observar a paisagem que passa através de nossa janela, como se viajássemos confortavelmente em um trem que não sai dos trilhos, tem velocidade controlada, e chega sempre em seu destino na hora prevista.

O normal é que não haja incidentes pelo caminho, e que tudo corra sempre conforme esperamos.

Mas às vezes algo acontece, e temos que enfrentar situações de emergência que nos arrancam de nosso conforto e nos atiram em ambientes tenso, conturbados, que não apenas nos roubam a paz como modificam completamente o rumo de nossas vidas.

A maioria das pessoas, no entanto, é preservada de crises assim. Seu grande desafio é não se aborrecer com a repetição do padrão de seus dias e de suas atividades. E por aborrecida e desprovida de emoção que seja a sua realidade, acomodam-se à sua zona de conforto e dali não saem, mesmo sabendo que há possibilidades muito mais atraentes à sua disposição. Preferem ater-se ao conhecido do que arriscar o novo, mesmo que isso signifique um grande passo em suas carreiras ou um aumento considerável em sua qualidade de vida.

O mundo oferece infinitas possibilidades, mas muitas pessoas preferem fechar o seu círculo de possibilidades em nome de uma segurança que, na realidade, não têm como garantir. Mudanças acontecem quando as provocamos, mas também quando – e da maneira – que menos esperamos.

Mudar por conta própria, abraçar o novo, enfrentar e conquistar o desconhecido, são  atitudes corajosas de quem sabe que o mundo é vasto e o universo é generoso, e que as oportunidades estão à espera daqueles que decidem aproveitar. E mesmo o novo, depois de um período de adaptação, se torna bastante confortável, e com todas as suas vantagens. Aprendemos a lidar com as exigências e os desafios de uma situação melhor, e nos adaptamos perfeitamente aos seus benefícios. O ser humano é assim – perfeitamente adaptável às circunstâncias, boas ou ruins. Por que ater-se, então às “não tão boas”, quando podemos eleger as excelentes, as maravilhosas, ou ao menos as muito melhores?

O medo do desconhecido é também uma característica humana bastante comum.

Por mais que saibamos que mudanças são benéficas, que seguir adiante significa deixar o ponto em que estamos e que nossa mente insista em que podemos e merecemos viver melhor, nosso coração congela de medo diante do desconhecido – como se tivéssemos que passar por uma porta assustadora que se abre para uma sala escura, sem ter a mais remota ideia do que vamos encontrar.

É importante, nestes momentos, respirar fundo, e lembrar que a vida é bem mais simples do que os filmes de terror oferecidos para nosso entretenimento pelas mentes extremamente criativas de Hollywood. Por mais obstáculos que encontremos em nossa jornada, com certeza serão muito menos ameaçadores do que somos capazes de imaginar. E as pessoas que compartilham nossa jornada serão provavelmente amigáveis e dispostas a ajudar, não monstros disfarçados, enviados para nos aterrorizar.

Depois do primeiro passo, é normal descobrirmos – talvez com certa surpresa – que a sala aparentemente escura é na realidade um espaço aberto e convidativo, e as oportunidades se mesclam a outros benefícios que não fomos capaz de adiantar, ocupados que estávamos em imaginar horrores.

O medo abafa sensações muito mais agradáveis, que nos ajudariam a tornar mais fáceis as transições de nossa vida se conseguíssemos deixar que elas liderassem nossos passos e iluminassem nossos dias. Mudar é bom e necessário. É uma oportunidade de nos desvencilharmos de pesos desnecessários que carregamos por puro hábito, e abrir espaço para energias muito mais positivas.

Ficar preso ao presente, ou atrelar o futuro às limitações do presente, é fechar-se á nossa capacidade natural de crescer, de aprender, de usar nossos talentos e capacidades para mais e para melhor. A cada dia aprendemos algo novo, precisamos de espaço para utilizar nosso conhecimento e por em prática nossas aptidões para melhorar o mundo à nossa volta. É para isso que estamos aqui – para colaborar com o movimento do universo, não para nos transformarmos em uma pedra no meio do caminho. A coragem de mudar é sempre recompensada com uma realidade melhor, mais adequada ao momento que vivemos, e muito mais próxima de nos fazer feliz.

(*) Denise Rodrigues do Amaral é escritora, advogada e pós-graduada em Teoria da Comunicação, especialista em comunicação e produtividade e membro da CCF – Certified Coaches Federation.
É autora dos livros "Crianças podem voar", “Perfil de sucesso”, “Sounds like success” (English edition), “Essas mulheres incríveis e suas histórias maravilhosas”, e possui mais de 500 artigos publicados sobre alcançar o sucesso.

A PROPRIEDADE INTELECTUAL É DA COLUNISTA
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS A SUA AUTORA E AO PORTAL BRASIL®

 


FALE CONOSCO ==> CLIQUE AQUI