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- Administração de Empresas -
Setembro de 2003

2ª quinzena - Brasil - País da fantasia
1ª quinzena - Salário - do céu ao inferno


Brasil – País da fantasia
O poder da informação

            O título desse artigo dá asas à imaginação, não é? Parece até um comercial. Pois bem. É com esse enfoque que gostaria de discutir esse assunto.

            Hoje, estamos vivenciando um momento de ilusões, patrocinado e protagonizado pela força incontestável dos meios de comunicações, ou se preferirem, da mídia (uma palavra mais moderna).

            Todos nós diariamente somos submetidos a uma infindável dose de informação. Se processássemos tudo que nos é passado deveríamos trocar nosso cérebro por um HD para armazenar e processar tudo. Porém, utilizando uma faculdade humana ainda não informatizada devemos usar o “bom senso” e o “discernimento” para avaliar e selecionar quais as informações que devem ser utilizadas, quais as que devem ser descartadas e, detectar quais são as informações direcionadas e enganosas para fazer-nos acreditar em algo ou alguma coisa que venha a atender interesses de terceiros.

            Como tenho defendido nos artigos anteriores e no livro “Manual das Micro, Pequenas e Médias Empresas – Passo a Passo” – Editora Papel Virtual Ltda – www.papelvirtual.com.br, o Administrador deve acima de tudo ter uma visão global e bom senso para administrar, com sucesso, qualquer empresa, inclusive um País.

            Vamos verificar o que está acontecendo no Brasil, nesse momento. De um lado, o Governo, apresenta estatísticas e projeções otimistas, ressaltando, como seria de se esperar, os pontos favoráveis que tem interesse em divulgar ao eleitorado. De outro, está o empresariado que apresenta estatísticas e projeções que variam de otimista a pessimista dependendo do interesse das classes e segmentos setoriais em determinados momentos. Mais recentemente, apareceu mais um lado, o lado dos oposicionistas ao Governo dividido em duas frentes: os filiados ao partido, descontentes com o rumo político a as decisões adotadas e, os opositores tradicionais fiéis ao Governo anterior, derrotado nas urnas.

            O que é mais interessante é que todos têm suas razões e fundamentam-se em dados tecnicamente corretos, porém analisados de acordo com seus interesses. Esses dados, comum a todos, são processados e compilados tomando-se por base variáveis distintas, que podem ser temporais, de método, de prioridades e condições específicas, de modo a ressaltar e fundamentar determinado argumento. Um bom exemplo para observarmos esse conflito de informações é o próprio índice de emprego: o Governo apresenta um índice e o DIEESE apresenta outro, pois utilizam parâmetros e conceitos diferentes, entretanto, as duas fontes divulgam seus índices e defendem suas idéias baseadas no resultado da coleta de dados.

            Para exemplificar o que quero expor imagine o corpo humano.

            Coloque a cabeça dentro de um forno com temperatura de 75ºC e os pés dentro de um freezer a zero grau Celsius. Sob a ótica isolada do forno a cabeça vai bem (aquecida), sob a ótica isolada do freezer os pés estão bem (conservados) e sob a ótica do corpo, ele também vai bem com a temperatura média de 37,5ºC (75 + 0 = 75/2). Entretanto, pela racionalidade, bom senso, discernimento e a visão global do fato poderemos concluir sem medo de errar que este corpo está morto há muito tempo.

            E, no meio de tantas estatísticas e projeções, na maioria das vezes conflitantes, está o brasileiro, mais perdido do que cego em tiroteio.

            Dependendo do interesse os resultados das estatísticas flutuam para um extremo ou outro.

            É interessante observar o esforço do brasileiro para aceitar, acreditar, se convencer, e defender determinado ponto de vista, de acordo com seus interesses, e fundamentado nas informações recebidas pela mídia. Na maioria das vezes é um festival de tropeços digno de pena ou então, defesas radicais, por vezes agressivas, demonstrando pouca habilidade e conhecimento sobre o assunto e tão somente a fidelidade partidária.

            Por isso, na condução do processo administrativo e no direcionamento do destino das empresas, se faz necessário a atuação de pessoas competentes e preparadas, onde se destacam os Administradores.

            O Administrador busca as informações que julga mais confiáveis, pondera as demais informações, analisa o mercado como um todo, pondera as reações de clientes e fornecedores e toma a decisão.

            A mídia tem um poder fantástico. Ao mesmo tempo em que pode, da noite para o dia, criar um ídolo, pode também destruí-lo, com a mesma rapidez. O mesmo se dá no plano internacional.

            Recentemente está se questionando e divulgando através de site na Internet e de programas de TV em canal aberto que o atentado de 11 de setembro foi uma farsa.

            Seria um plano americano para justificar as invasões ao Afeganistão e ao Iraque em busca de petróleo?

            Seria uma conspiração internacional?

            Analise os fatos, pondere as opiniões e considere os argumentos e tire sua conclusão. O que você acha? 


Salário - do céu ao inferno

        A evolução histórica da economia brasileira é repleta de fatos curiosos e intrigantes, dignos de um estudo mais detalhado. Vamos debater um deles: o Salário. Acredito que a economia brasileira está precisando de outro enfoque, atualizado e diferente de tudo que se apregoou na última década.

            Ao longo dos tempos muito se falou que os salários eram a principal causa do desequilíbrio financeiro da economia brasileira e a sua correção alimentava o Dragão da Inflação. Lembram-se? Foram anos e anos batendo na mesma tecla: “Os salários não podem acompanhar os índices inflacionários sob pena de alimentar a inflação”.

            Essa tese, defendida por inúmeros doutores e mestres, e a necessidade de conter a espiral inflacionária, foi o carro chefe de sucessivos governos para justificar medidas econômicas amargas e impopulares.

            Durante o último governo, houve a adoção de uma série de medidas para conter a inflação e, dentre elas, a contenção do poder ganho dos assalariados. Tudo ótimo! Inflação “Oficial” em queda e em alguns períodos registrou-se deflação. Tudo as mil maravilhas !!!!!!

            O grande problema “Inflação” havia sido resolvido. O Brasil derrotou o “Dragão da Inflação”. Oficialmente, o País possui hoje uma taxa inflacionária de 1º mundo. Portanto, sob esse prisma o Brasil vai bem, obrigado!

            Entretanto, a economia de um País é composta de inúmeros subsistemas e deve ser analisada e conduzida de maneira harmoniosa. É aquela velha história de cobrir um corpo com cobertor pequeno, cobre-se a cabeça e os pés ficam de fora.

            Façamos uma análise imparcial de atual situação de nossa economia. O País melhorou? Caso responda afirmativamente, identifique para quem está melhor? Há emprego? A economia cresceu? Houve desenvolvimento? Quer me parecer que o que aconteceu, de fato, foi um aumento significativo na concentração de renda. As instituições financeiras estão, a cada ano, apresentando resultados excepcionais.

            O que se observa hoje é que o desemprego atinge patamares nunca antes alcançados, o nível de exigência do emprego não condiz com o salário ofertado e até a economia informal, tão propalada como alicerce da pequena economia, enfrenta sérios problemas.

            Essa foi a conseqüência direta da redução do poder aquisitivo do salário: empobrecimento do trabalhador, concentração de riquezas, desemprego, desaquecimento da economia. Durante anos a fio a economia vem sendo direcionada segundo conceitos e prismas extremamente capitalistas e anti-sociais. Será que não está na hora de repensar os conceitos dos economistas? O que será que os economistas têm a dizer nesse momento? Agora, de quem é a culpa pela recessão na economia? Certamente não poderão dizer que é o do Salário. 

            Sempre defendi e continuo defendendo a tese de que o salário não é a causa da inflação, mas a fonte de geração de recursos e de riquezas para uma economia estável.

            Qual é a sua opinião?


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