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B O E I N G     7 8 7     D R E A M L I N E R
 

VISÃO DA LINHA DE MONTAGEM DO BOEING 787            A Boeing não cumpriu o prometido e não conseguiu entregar o primeiro 787 Dreamliner até o final do ano de 2008, já que não havia conseguido resolver os problemas da cadeia de suprimento que retardaram em quase três anos o seu cronograma inicial de produção. A aeronave é a aposta da empresa americana para manter o domínio do mercado na faixa de 200 a 300 passageiros e uma ofensiva à Airbus, que lançou o "super jumbo" A380 recentemente. A All Nippon Airways, que aguardava a primeira aeronave para maio de 2008, só foi recebê-la dia 26 de setembro de 2011 - veio num voo de Seattle para Tóquio (Entrega, foto abaixo, à direita).

            O cronograma foi complicado ainda mais pelo fato de que a empresa esteve, pela primeira vez, dependente de uma extensa rede mundial de subcontratados para ajudá-la a projetar e produzir o avião.

            A Boeing está fazendo uma grande aposta com o 787, em diversas áreas. É o primeiro avião comercial produzido integralmente de um material plástico composto (chamado composite), que é mais forte que o titânio e mais leve que o alumínio. O aparelho, wide-body, com capacidade entre 210 e 330 passageiros, também oferece novas turbinas de alta eficiência no uso de combustível, o que já está se provando atraente junto às linhas aéreas. O aparelho é o jato comercial de vendas mais rápidas na história, com 840 encomendas firmes por 55 companhias de seis continentes, até o final de 2009, totalizando US$ 140 bilhões - a maior compra pendente de entrega, em volume total, em todos os tempos, na indústria mundial.

            O anúncio, em outubro de 2008, de um atraso de seis meses nas entregas, foi o primeiro sinal de problemas sérios com o programa. Pouco depois que a decisão foi anunciada, a Boeing indicou um novo comandante para o programa 787, Patrick Shanahan, um veterano da empresa conhecido por ter resolvido crises em outros programas. Shanahan tomou o lugar de Michael Bair, considerado um visionário, que liderou o projeto 787 por quatro anos.

            Os problemas continuaram e 2009 e 2010 passaram em branco. Mesmo assim a Boeing continuou em ritmo acelerado procurando solucionar os problemas com fornecedores e os novos materiais empregados. A empresa planeja produzir seis B787 por mês, um ritmo que ela jamais foi capaz de atingir para aviões de grande porte. Os 109 aparelhos que seriam entregues em 2009 ficaram para 2011 e 2012 e 83 pedidos foram cancelados ou substituídos por outras aeronaves. As companhias aéreas não podem ficar à mercê da indústria, perdendo mercado e dinheiro.                   

            Shanahan acrescentou que a Boeing e a Administração Federal da Aeronáutica (FAA) norte-americana haviam fechado acordo quanto aos vôos de certificação. "Esta é a primeira vez em que nós e a FAA concordamos quanto a todos os requisitos, antes do voo", ele disse. "O próximo passo será demonstrar que cumprimos o combinado. Mas o que conseguimos até agora é uma grande conquista para nós e reflete quatro anos de relacionamento muito estreito entre a Boeing e a FAA".

            Serão produzidos, de início, três versões: B787-8 (210-250 passageiros, 14.200-15.200 km de raio de ação - dependendo do modelo); o B787-9 (250-290 passageiros e raio de ação entre 14.800 e 15.750 km); e o B787-3 (290-330 passageiros e raio de ação entre 4.600 e 5.650 km, também com maior capacidade de carga). Em razão dos novos materiais utilizados a aeronave terá um consumo de combustível 20% menor que aeronaves do mesmo porte. Também, em razão desses novos materiais empregados, haverá menor necessidade de checagem de fissuras na estrutura e consequentemente menor gasto com manutenção e cheks. Somente numa seção da aeronaves foram eliminados 1.500 pequenas parte de alumínio e 40.000 arrebites. A Boeing firmou contratos com 43 parceiros de primeira linha de todo o mundo para o fornecimento e construção de partes da aeronave (pela primeira vez partes inteiras serão construídas fora dos Estados Unidos - a montagem final é na Boeing, em Everett, estado de Washington). As turbinas, que foram projetadas em conjunto pela Boeing, General Electric e Rolls Royce, são mais eficientes e 8% mais econômicas que as atuais similares.

VISÃO DAS MODERNAS POLTRONAS DO B787               VISÃO DA CABINE DE PASSAGEIROS DO B787

            A Boeing calcula um mercado para 3.360 aeronaves B-787 até 2027, num total de US$ 610 bilhões pelo valor calculado da aeronave em 2007. Comparado ao B777, mais moderna aeronave da Boeing antes do B787, o B787 possui 50% do seu peso em materiais plásticos (chamados composites) e 20% de alumínio. O B777 possui 12% de composites e 50% de alumínio. O projeto completo consumiu 800.000 horas de trabalho do supercomputador Cray e 15.000 horas em testes de túnel de vento.

O PRIMEIRO BOEING 787 A VOAR (SÉRIE 8), DA ALL NIPPON AIRWAYS, EM 15 DEZEMBRO DE 2009, FOI DE EVERETT (10:27H) ATÉ SEATLLE (13:33H) - 03H06M A 4.023M DE ALTITUDE E 333 KM/HORA. APROVADO.

O PRIMEIRO BOEING 787 A VOAR (SÉRIE 8), DA ALL NIPPON AIRWAYS, EM 15 DEZEMBRO DE 2009, FOI DE EVERETT (10:27H) ATÉ SEATLLE (13:33H) - 03H06M A 4.023M DE ALTITUDE E 333 KM/HORA. APROVADO.

            Das 840 encomendas firmadas até 31.12.2009, os maiores clientes do B787 eram: ILFC (74), All Nippon Airways (55), Qantas (50), Jan Air Lines (35),  Air Canada (37), Emirates (35), Qatar Airways (30), Air India (27), LAN - Chile (26), Air Berlin (25), Continental (25), Gulf Air (24), British Airways (24), Aroflot - Rússia (22), Alafco - Kuwait (22), Singapore (20) e Northwest (18).

            Na América Latina já adquiriram: LAN - Chile, 18 B787-8 e 08 B787-9, com turbinas Rolls Royce, dia 31.10.2007 (total de 26), Avianca - Colômbia, modelo 787-8 e turbinas Rolls Royce, em 04.10.2006 (12) e Aeroméxico - México, modelo 787-8 e turbinas GE, em 15.08.2006 (01).

            O primeiro Boeing 787 a voar, foi um da série 8, a ser entregue para a companhia japonesa All Nippon Airways. Ele voou da fábrica em Everett (estado de Washington) até a fábrica em Seattle. Foram 3h06 minutos, voando baixo (4.023 metros) e a baixa velocidade (333 km/hora) para que todos os instrumentos e condições fossem checados cuidadosamente. A turbina utilizada é a escolhida pela ANA, Rolls Royce Trent 1000. A aeronave foi pilotada pelo Comandante Mike Carriker auxiliado pelo também Comandante Rend Neville. A aeronave somente foi entregue em 26 de setembro de 2011. O segundo voo, dia 22.12.2009, foi em outra aeronave B787-8 também a ser fornecida para a ANA. Com a mesma tripulação, e na mesma rota, a aeronave voou entre 09:09h e 11:10h, a uma velocidade de 370 km/hora e 3.962 metros de altitude, sem qualquer anormalidade. A Boeing testou quatro B787 com motores Rolls Royce e dois com motores General Electric para obter a aprovação da aeronave pela FAA e poder iniciar as entregas.


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