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- CINEMA -
(Crítica - Junho / 2003)

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Dicas da semana:
(Período de 22.06.2003 à 30.06.2003)

Canguru Jack (Kangaroo Jack), de David McNally, 2003 - As confusões trazidas às vidas de dois amigos quando elas se cruzam com um canguru australiano, numa trama que envolve perseguições, gags  visuais e até algumas piadas e situações bem construídas e engraçadas.

            Uma daquelas comédias feita em série pelos estúdios americanos para ocupar as salas mundo a fora, geralmente utilizando uma mesma piada que se repete de formas diferentes e com uma trama que, por vezes, foge à lógica.

            Uma das poucas reais qualidades do filme é fazer uso da empatia e experiência em comédias ligeiras do ex-astro juvenil da televisão, Jerry O’Connell ( de “Joe e as Baratas”), que está em perfeita sintonia com a proposta do filme, sabendo pontuar sua atuação a fazer esquecer a trama confusa e o pouco timing do diretor McNally para comédias.

Cotação: * ½

A Creche de Papai ( Daddy Day Care), de Steve Carr, 2003 - Após um início de carreira em que colecionou uma série, que parecia interminável, de sucessos, Eddie Murphy colecionou um grande número de fracassos comerciais e, eventualmente, voltava às boas com o público americano como nas séries “ O Professor Aloprado” e “Doutor Doolittle”.

            Este “A Creche de Papai” é um desses sucessos cujo diferencial é, geralmente, ter um roteiro simples e bem desenvolvido em que Murphy, apesar de figura central, submete-se a história que pretende ser contada, seja ela realmente boa ou não.

            A solução para o desemprego encontrada por um casal é a criação de uma creche que dá a Murphy a oportunidade de dividir a tela com muitas crianças e provocar algumas risadas do público com as suas já conhecidas caretas.

            O roteiro explora a exaustão essa situação, não dando maiores desenvolvimento a trama central, é um filme de piadas e situações pretensamente engraçadas que podem agradar ao fãs mais fanáticos do outrora campeão de bilheteria, Eddie Murphy.

Cotação: * ½ 

Lourival Sobral             


Dicas da semana:
(Período de 15.06.2003 à 21.06.2003)

Voltando a Viver (Antwone Fisher), de Denzel Washington - O ano de 2002 foi marcado por  primeiras obras como diretores de  alguns dos maiores astros do cinema, entre eles Denzel Washington, recém oscarizado por seu desempenho em “Dia de Treinamento”, que trouxe para tela grande sua postura e militância social.

            A história real de Antwone Fisher, jovem negro com problemas de comportamento na marinha americana, que encontra no oficial psiquiatra vivido pelo diretor Denzel, a figura paterna que acaba por reestruturar sua vida, dando-lhe um prumo.

            Uma história chavão, desenvolvida de forma banal, sem grande vôos do diretor Denzel, que se vale do ótimo trabalho do protagonista, o novato Derek Luke e do ator Denzel para evitar que seu filme se tornasse um chato libelo social e racial.

            Um vôo raso no tema do pupilo que é salvo por um tutor, mas que o charme do elenco e a curiosidade de ver Denzel Washington no comando de um filme, pode valer a pena de verificar dentro da sala de cinema.

Cotação: ** ½

Foi Só um Beijo (Just a Kiss), de Fisher Stevens - Uma trama fragmentada sobre um triângulo amoroso, conflito de um homem que acaba tendo caso com a mulher de seu melhor amigo,  tendo o carisma da atriz Marisa Tomei ( “Meu Primo Vinny” e “Entre Quatro Paredes”), com história baseada no conflito entre amor, traição e companheirismo, sem maior desenvolvimento da trama.

            Uma estética que busca encontrar ressonância no espectador acostumado a identificar estética com qualidade e experimentação, mas apenas uma roupagem moderna para uma trama banal que, em muitos momentos, leva a confusão na compreensão da trama e ao tédio por momentos de falatório que poderiam ter sido dispensados sem que a trama sofresse maiores abalos.

            Mesmo na trama confusa a boa atriz Marisa Tomei ainda ilumina as cenas com sua beleza balzaquiana e seu talento dramático, fazendo que ao menos suas cenas tenham algum interesse e não estraguem todo o programa de se estar assistindo o filme.

Cotação: **

Lourival Sobral             


Dicas da semana:
(Período de 08.06.2003 à 14.06.2003)

O Olho que Tudo Vê ( My Little Eye), de Marc Evans, 2002 - Os “reality shows” chegam ao cinema em “O Olho que tudo vê” que narra a histórias de cinco jovens trancados em uma mansão abandonada e filmados 24 horas por dia que receberiam 1 milhão de dólares se conseguissem ficar na casa durante 6 meses.

        A premissa da trama poderia trazer algo de novo ao mundo cinematográfico, já que teria um universo de opções dramáticas a serem desenvolvidas, acaba por tangenciar os filmes de terror para adolescentes com alguns bons sustos, mas cuja história redunda numa releitura de lugares-comuns desse gênero cinematográfico.

        O diretor Marc Evans cumpre bem sua missão na montagem da estrutura do filme: um roteiro ágil, elenco desconhecido e trama sem maiores complexidades. Seu trabalho acaba sendo de uma eficiência redundante, quase burocrática, mas que pode servir aos aficionados do gênero.

Cotação: **

Nelson Freire, de João Moreira Salles, 2003 - A qualidade dos documentários e documentaristas brasileiros, felizmente, está saindo do gueto dos festivais e atingindo maiores audiências, vencendo o preconceito existente contra essas obras cinematográficas que, por sua vez, trazem estilos de filmagem e abordagem de temas que fogem a um didatismo entediante ou servem a um proselitismo político infértil.

        A vida de um grande artista brasileiro, revelado aos olhos do público num tom intimista quando intenta esmiuçar o talento e a personalidade de seu personagem, mas que não foge da necessidade de abrir o escopo para enquadrá-lo no momento histórico da música brasileira e, em especial, da música clássica brasileira, repleta de talentos conhecidos de poucos entusiastas.

        João Moreira Salles, demonstrando experiência e domínio de roteiro e filmagem documentais, abraça o seu personagem, mas consegue levar à platéia o pianista Nelson Freire, o amor e dedicação à música, com concisão e sábia utilização da trilha sonora e das imagens para dar o tom de lirismo e apreço pelo tema escolhido, o que permeia todo o desenvolvimento do filme.

Cotação: *** ½ 

Lourival Sobral             


Dicas da semana:
(Período de 01.06.2003 à 07.06.2003)

Desmundo, de Alain Fresnot, 2003 - A escritora Ana Miranda escolheu a história das órfãs da rainha, jovens da baixa nobreza que eram trazidas ao Brasil para serem esposas daqueles que estavam por aqui a colonizar a colônia portuguesa, e revelou uma realidade que a história oficial não se ocupa mais detidamente em esmiuçar.

            O diretor Alain Fresnot , da boa comédia “Ed Mort”, opta por enfocar a saga de Oribela (Simone Spoladore) que vem ao Brasil prometida em casamento para o rude senhor de engenho Francisco Albuquerque (Osmar Prado) e acaba por envolver-se por um jovem cristão novo, Ximeno (Caco Ciocler).

            Um pequeno épico realizado com extrema competência técnica e com um roteiro que explora as minúcias que envolviam seus três personalidades centrais que, alem do triângulo amoroso que se envolvem, carregam consigo a marca histórica e os problemas de suas posições sociais naquele momento específico da nossa história.

            Um elenco repleto de brilho com uma doce, bela e talentosa Simone Spoladore apresentando a sofrida Oribela que experimenta no filme um turbilhão de emoções; a competência de Osmar Prado sempre com um algo mais em cada trabalho que desenvolve e o onipresente Caco Ciocler que demonstra sua convivência constante com o veículo cinema.

            O diretor Fresnot constrói uma pequena gema que supera alguns problemas de ritmo, conseguindo ultrapassar maiores preocupações de didatismo, mas se prestando a fornecer as informações necessárias a compreensão das diversas dimensões do personagens e dos conceitos que movem a história e realçam as nuances do triângulo amoroso.

Cotação: *** ½

Garota Veneno, (The Hot Chick) de Tom Brady, 2002 - A idéia de troca de corpos levando a lições de vida em meio a algumas piadas escatológicas norteia mais esse filme feito para o comediante americano Rob Schneider (“Gigolô por Acidente”).

            O humor de Schneider é chulo, dificilmente tangencia a inteligência, mas os seus admiradores, principalmente americanos, não deixam um de seus filmes passar em branco.

            Uma comédia repleta de piadas chulas, muitas sem graça e que aumenta o eco de uma pergunta que é feita em muitos locais ao mesmo tempo: “Como alguém pode gostar de Rob Schneider?”.

Cotação: ½

Lourival Sobral             


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