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- CINEMA -
(Crítica - Novembro / 2003)

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Dicas da semana:
(Período de 23.11.2003 à 30.11.2003)

Festival Mix Brasil - "liberdade sexual"

            O Festival Mix Brasil estará em cartaz, em Brasília-DF, entre os dias 26 de novembro e 7 de dezembro. O Mix chega a sua 11ª edição comemorando o status de maior fórum brasileiro de discussão da sexualidade. Nesse ano serão exibidos cerca de 90 filmes de 24 países diferentes. Ao contrário do que se costuma pensar, o Festival é muito mais do que um palanque da causa homossexual. “Não é um festival gay, é um festival da diversidade,” conta André Fisher, responsável por trazer a proposta do Mix dos Estados Unidos para o Brasil.

            Esse ano algumas obras devem atrair um interesse especial do público, como os documentários Bug Chasing e Gift Giving, que tratam, respectivamente, da prática de contrair e transmitir deliberadamente o vírus da AIDS. Outros documentários de destaque são Fale Que Nem Homem: Gays na Zona Rural, cujo tema é a discriminação nas áreas rurais da Alemanha, e A Educação de Gore Vidal, sobre a vida do famoso escritor.

            Entre os filmes de ficção podemos citar o argentino Tão de Repente, longa-metragem de estréia do diretor Diego Lerman, que narra o encontro de um casal de jovens lésbicas com uma vendedora gorducha e solitária, e Lily Festival, produção dedicada a um tema ainda muito pouco explorado, a sexualidade na terceira idade. O diretor de Lily Festival, Sachi Hamano, estará presente às sessões de seu filme, a história da chegada de um homem num condomínio habitado por mulheres que tem entre 69 e 91 anos.

            É claro que um Festival que começou exibindo exclusivamente curtas-metragens não descuidaria da programação do gênero. As mostras Gaydar, com histórias protagonizados por gays, e Locomotivas, com curtas brasileiros sobre drag queens, são dois exemplos que devem mobilizar a audiência.

            Um dos primeiros eventos no país a propor uma discussão mais profunda e aberta da sexualidade, o Mix Brasil cresceu rapidamente, sendo atualmente maior do que o Festival de Cinema Gay de Nova York, do qual se originou. Ao longo de suas 10 edições foram exibidas mais de 1.000 produções, com as mais variadas temáticas.

            A partir do Festival cresceram idéias hoje consolidadas, como a Parada Gay e o Mercado Mundo Mix, além do movimentado site mixbrasil. Seguindo o exemplo da última edição, o Mix Brasil desse ano também envolve uma série de atividades paralelas às mostras cinematográficas. Saiba mais consultando a programação abaixo.

Programação
 
Quarta-feira, dia 26.11
Abertura (para convidados)
Party Monster, de Randy Barbatto e Fenton Bailey, com Macaulay Culkin
 
Quinta-feira, dia 27.11
14h30
- Fale que nem homem: gays na zona rural, de Jochen Hick (Alemanha)
16h30 - O presente, de Louise Hogarth (EUA)
18h30 - Debate com os cineastas Jochen Hick (Fale que nem homem: gays na zona rural e Ninguém Dorme em San Francisco) e Louise Hogarth (O Presente)
20h30 - Ninguém Dorme em San Francisco, de Jochen Hick (Alemanha)
 
Sexta-feira, dia 28.11
14h30
- The Angelic Conversation + TG: Psychic Rally in Heaven, de Derek Jarman (Reino Unido)
16h30 - Bem-te-quero, mal-te-quero, de Lisa Gornick (Reino Unido)
18h30 - Mostra Competitiva I (Pálvida Vanessa Pérvida, Manequim 37, Produto Descartável, Meninas e Meninos, Nós Também), vários diretores (Brasil)
20h30 - Deliciosa Chantagem, de Susan Turley (EUA)
 
Sábado, dia 29.11
14h30
- Lily Festival, de Sachi Hamano (Japão)
16h30 - Eu amo esse homem, de Stéphane Giusti (França)
18h30 - Mostra Competitiva II (Mãe de Lesbos, Demônios, Os amantes ou a arte de se perder sem se encontrar, Entre trilhos, Nosso parabéns ao Freitas, O casamento), vários diretores (Brasil)
20h30 - Cinema Pornô, de Jack Nolot (França)
 
Domingo, 30.11
14h30
- Animadíssmo (Era uma vez, Master Libation, Cerejas Esterelizadas, Free Bird, As panteras detonadas, A noite de Piculina, Engolervilha, Relacionamentos, Cueca cor de rosa, Pálvida Vanessa Pérvida), vários diretores (EUA, Argentina, Brasil)
16h30 - Diários de Consolo, de Laura Barton & Judy Wilder (EUA)
18h30 - É proibido amar, de Rodolphe Marconi (França)
20h30 - Sexy Boys (Fluff, Cu doce, Monocó, Treze anos de prazer e dor, Strange Love, Espelhos obscuros, Jouissance, Cápsulas de amor e tempo, Os amantes ou da incomum arte de achar sem se perder, A noite em que você chegou), vários diretores (EUA, Canadá, França, Espanha, Brasil)
 
Terça-feira, dia 02.12
14h30
- The Garden, de Derek Jarman (Reino Unido)
16h30 - A educação de Gore Vidal, de Deborah Dickson (EUA)
18h30 - Mostra Competitiva I (Pálvida Vanessa Pérvida, Manequim 37, Produto Descartável, Meninas e Meninos, Nós Também), vários diretores (Brasil)
20h30 - Mostra Competitiva II (Mãe de Lesbos, Demônios, Os amantes ou a arte de se perder sem se encontrar, Entre trilhos, Nosso parabéns ao Freitas, O casamento), vários diretores (Brasil)
 
Quarta-feira, dia 03.12
14h30
- The Last of England, de Derek Jarman (Reino Unido)
16h30 - Um mundo de amor, de Aurelio Grimaldi (Itália)
18h30 -Trash -O -Rama ( programa que reúne os curtas: Meu nome é Gal, direção de KJ Mohr e Kelly Hayes; Super Bicha, de Kurt Koehler; ET, uma história real, direção de Os Caras de Saco; Mais Salada, de Marcio Araújo e Marcello Airold, Na Hora de Dizer Sim, de Ivann Willig; A Mona do Lotação, de Eduardo Mattos e Daniel Ribeiro e Xanadu, de Ivy Abujamra)
20h30 - Os lobos de Kromer, de Will Gould (Reino Unido)
 
Quinta-feira, dia 04.12
14h30
- Mesa redonda: Cinema e Homoerotismo: Denilson Lopes, José Gatti, André Fischer, Wilton Garcia, Julio Pessoa (nomes ainda não confirmados)
16h30 - O Velho Testamento, de Cui Zi En (China)
18h30 - Tudo em família, de Hella Joof (Dinamarca)
20h30 - Tão de repente, de Diego Lerman (Argentina)
 
Sexta-feira, dia 05.12
14h30
- Sebastiane + Sloane Square: A room of one´s own, de Derek Jarman (Reino Unido)
16h30 - Mix Jovem (Jean-Michel Vincent é meu ídolo, O menino menina, Revelação, Blow, Meninos e Meninas, Elogio da Polaina, Entre trilhos, Na profundeza das aparências), vários diretores (EUA, Brasil, Austrália, Noruega)
18h30 - Homens e Deuses, de Anne Lescot e Laurence Magloire (Haiti)
20h30 - É proibido amar, de Rodolphe Marconi (França)
 
Sábado, dia 06.12
14h30
- A suiça rebelde, de Carole Bonstein (Suiça)
16h30 - Mulheres apaixonadas (Segredos do amor, Pretty Ladiers, Sua mulher pode ser uma lésbica enrustida, Butch in the city, Para que servem as mulheres, Com o diabo no corpo, O banho, Amanhã), vários diretores (EUA, Holanda, Brasil)
18h30 - Sexy Boys (Fluff, Cu doce, Monocó, Treze anos de prazer e dor, Strange Love, Espelhos obscuros, Jouissance, Cápsulas de amor e tempo, Os amantes ou da incomum arte de achar sem se perder, A noite em que você chegou), vários diretores (EUA, Canadá, França, Espanha, Brasil)
20h30 - Cinema Pornô, de Jack Nolot (França)
 
Domingo, dia 07.12
14h30
- Sixpack (curtas experimentais com lista ainda não definida), vários diretores (Áustria)
16h30 - Tão de repente, de Diego Lerman (Argentina)
18h30 - Os invertidos (Um transexual em Teerã, Manjubem, a caminhoneira), vários diretores (França e Índia)
20h30 - Gaydar (Dando o truque em Fire Island, Click, Sexo aos 70, Deus é dez, Sobe, Obcecado por Paul, Gaydar, Os rapazes da banda, o remix), vários diretores (EUA, Canadá, França)
 
Exibições e eventos especiais
 
Sábado, dia 29.11
16h30
- Exibição da mostra competitiva na sede do grupo Estruturação, seguida de um debate com Henrique Codatto, mestrando na UnB com pesquisa na área de representação homossexual no cinema.
 
Segunda, dia 01.12
18h30
- Exibição do documentário O presente, de Louise Hogarth, no Dia Mundial da Aids, no Espaço Cultural Renato Russo. A exibição será seguida de debate.
 
Sábado, dia 06.12
22h00
- Exibição gratuita do filme Os Lobos de Kromer, de Will Gould, seguida de debate, no Cine Brasília.

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Dicas da semana:
(Período de 16.11.2003 à 22.11.2003)

Legalmente Loira 2 (Legally Blonde 2), de Charles Herman - Wurmfeld, 2003 - Quando a atriz Reese Whiterspoon encarnou Elle Woods no primeiro filme, ela vivia um momento de confirmação do seu talento e ascensão de cachê e seu trabalho quase a levou a uma rara indicação para comediante nas premiações anuais nos Estados Unidos.

            Aqui, neste “Legalmente Loira 2”, ela retoma o mesmo tom do primeiro episódio. Agora Elle vem defender os chiuauas que estavam sendo usado em experiências das indústrias de cosméticos, o que transforma a sua vida de advogada já estabilizada.

            Uma comédia amalucada, estranhamente dirigida por Charles Herman Wurmfeld, do interessante cult “Beijando Jessica Stein” que parece meio deslocado em seu primeiro filme basicamente comercial, mas que acaba dando um certo ar mais abusado à comédia.

            Algumas boas piadas, o talento de Whiterspoon, uma trama completamente sem sentido, um diretor cult num filmão de circuito, essa estranha mistura acabam por tornar assistir “Legalmente Loira 2” uma possível experiência de diversão.

Cotação: ** ½

Pequenos Espiões 3-D (Little Spys 3-D: Game Over) de Robert Rodriguez 2003 - A série de filme que tornou possível a continuidade do mexicano Rodriguez (“El Mariachi”) nos Estados Unidos, após tentativas frustradas em filmes ruins. Antonio Banderas empresta seu cacife e charme latino coadjuvando as crianças, os jovens espiões do título.

            O terceiro episódio das crianças que fazendo uso de toda a sorte do material de seus pais, espiões, resolvem as mais variadas e complexas situações. O uso da fantasia acaba por tornar interessante assistir o filme, que não se perde em verossimilhança, pois desde o início, deixa-se claro que tudo é possível, numa linguagem que beira a dos desenhos animados.

            Participações especiais de gente como Salma Hayek, Sylvester Stallone e Ricardo Montalban ainda tornam mais divertido assistir a esse terceiro episódio da série que, embora com suas premissas gastas, ainda diverte, especialmente os mais jovens fãs do cinema.

Cotação: **

Lourival Sobral             


Dicas da semana:
(Período de 09.11.2003 à 15.11.2003)

Salomé, de Carlos Saura - O diretor Carlos Saura envereda por mais um musical, desta vez tendo com matriz a história bíblica de Salomé, num filme que prima pelas belas imagens, ótima música e o bom gosto sempre demonstrado pelo diretor.

            Em seus musicais, Saura conseguiu grandes momentos como em  “Bodas de Sangue”, “Carmen” e o interessante e pouco visto “Flamenco”, mas em outras oportunidades o resultado é apenas satisfatório como em “Amor Bruxo” e “Tango”. “Salomé” insere-se nesse último grupo, pois, na tela, percebe-se suas qualidades e seus defeitos com relativa facilidade.

            O roteiro cinematográfico é extremamente frouxo, faltando-lhe coesão, por vezes parecem excertos de histórias que não guardam conexão umas com as outras. Apesar do talento dos bailarinos/atores, o lado dramático ressente-se da escalação de verdadeiros talentos dramáticos.

        Um filme que vale o ingresso, por suas qualidades, mas que tocará o lado crítico do espectador em assistir um espetáculo tão desconectado de uma narrativa realista.

Cotação: ***

Driblando o Destino (Bend it Like Beckham), de Gurinder Chadha, Inglaterra, 2002 - Uma pérola do cinema independente britânico que une a criatividade e pujança do cinema alternativo com toque humano que tem caracterizado o cinema asiático que é exportado para o mundo ocidental.

            Uma jovem de origem indiana que deseja jogar futebol, tendo com grande ídolo David Beckham, seus problemas para vencer os preconceitos sociais, sexuais e até religiosos para conseguir realizar seu projeto de vida .

            Uma trama simples que oferece um belo singelo momento de cinema e um ato de amor ao futebol vindo da Inglaterra, num roteiro que trata com força e equilíbrio as questões postas e não permite que o filme torne-se libelo de nada, sendo apenas uma agradável história.

Cotação: *** ½

Lourival Sobral             


Dicas da semana:
(Período de 01.11.2003 à 08.11.2003)

Era uma Vez no México (Once Upon a Time in Mexico, 2003), de Roberto Rodriguez - O herói por acidente, vivido por Carlos Gallardo em “El Mariachi” que foi revivido por Antonio Banderas em “Balada de um Pistoleiro”, volta agora às telas para sua terceira e provavelmente última aventura dirigida por Roberto Rodriguez.

            A trama é simples: o músico tenta impedir que um chefão do crime local mate o presidente do México e, em seu caminho, vão surgindo cruéis vilões e belezas do naipe de Salma Hayek. Tudo muito programado, com um certo ar de filme de Charles Bronson.

            Roberto Rodriguez demorou alguns anos para se firmar em Hollywood e só conseguiu com a divertida série “Pequenos Espiões” feita com o apoio do amigo Banderas, com quem conseguiu juntar um interessante elenco para retomar sua saga de sangue pelo interior mexicano.

            Um filme bem simples, basicamente aventura e cenas picantes, com elenco de peso e um roteiro simplório que busca no carisma de Banderas a aceitação do público. Ressalte-se o interessante trabalho de fotografia e trilha sonora que chamam a atenção.

Cotação: **

Bem me Quer, Mal me Quer ( À la Folie..Pas du Tout, França , 2002), de Laetitia Colombani - A atriz Audrey Tatou tenta se desvencilhar da doce Amelie Poulain, que a fez conhecida internacionalmente, neste drama romântico onde tem a chance de demonstrar seu potencial dramático.

            A paixão obsessiva de uma artista plástica por um médico de meia idade é o resumo deste interessante filme cuja heroína de Tatou lembra os personagens alucinados de Isabelle Adjani vivendo Camille Claudel e Adele Hugo, só que ambientada em uma cena contemporânea.

            A diretora Laetitia Colombani tenta criar personagens complexos, o que torna o filme em vários momentos tedioso e noutros extremamente confuso, beirando o absurdo.

            Um daqueles exemplos daquilo que nos anos 80 se definia como “um filme francês”, complicado e reflexivo, mas a simples presença de Audrey Tatou refresca a cena.

Cotação: ** ½ 

Lourival Sobral             


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