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OS SERES VIVOS
INVERTEBRADOS
Os artrópodes: Insetos e Crustáceos

 

            Se você observar atentamente as pernas dos artrópodes, verá que elas tem "juntas" ou articulações. Daí o nome artrópodes. É uma palavra que vem do grego, onde arthron significa "articulação" e podos significa "pé". Artrópodes, portanto, é o mesmo que "pés articulados".

            Imagine um ambiente nas profundezas do oceano há mais ou menos 600 milhões de anos. Nesse ambiente, milhares de pequenas criaturas com pares de pernas articuladas locomovem-se no lodo ou nadam nas grandes profundidades à procura de alimento. O fundo do mar era assim, com muitos desses pequenos animais chamados trilobitas.

            Os trilobitas possuíam uma carapaça composta de calcário e quitina, brânquias localizadas nas pernas e duas antenas na cabeça. Seus olhos compostos eram como mosaicos que captavam luz com mais eficiência do que muitos animais de hoje.

            Há cerca de 250 milhões de anos, apareceram outras espécies, descendentes dos antigos trilobitas. Algumas possuíam um par de antenas a mais que os trilobitas; outras, que não tinham antenas, eram semelhantes aos escorpiões atuais e atingiram até três metros de comprimento.

            Alguns descendentes desses animais passaram a apresentar características que lhes permitiam sobreviver fora da água e invadiram o ambiente terrestre. Eram os prováveis ancestrais dos insetos, aranhas e escorpiões. O fóssil de inseto mais antigo que se conhece é o do colêmbolo, datado de 300 milhões de anos.

Características gerais:

            Os artrópodes, invertebrados que possuem pernas articuladas, ou "juntas" móveis, tem o corpo segmentado e dividido em cabeça, tórax e abdome. Em alguns deles pode ocorrer a fusão da cabeça com o tórax e, neste caso, o corpo é dividido em cefalotórax e abdome.

            Possuem um esqueleto externo, denominado exoesqueleto. É o que se chama de "casca" na lagosta, no siri, no camarão, na barata, etc.

            O exoesqueleto é resistente e limita o crescimento do animal. Assim, o exoesqueleto "velho" e limitante é trocado por um "novo" e "folgado", que permite a continuidade do crescimento. Essa troca de exoesqueleto, que pode ocorrer várias vezes durante a vida do animal, é chamada de muda ou ecdise.

            Os artrópodes formam o conjunto mais numeroso de animais. Eles habitam os mais diversos ambientes e podem ser terrestres ou aquáticos.

            Segundo suas características, os artrópodes foram agrupados em insetos, crustáceos, aracnídeos, quilópodes, diplópodes e outros grupos, de menor importância. 

Insetos:

            Os insetos existem em todas as regiões do mundo e formam o grupo com o maior número de espécies de animais conhecidos. Vivem principalmente em ambientes terrestres, mas algumas espécies são aquáticas.

            O corpo dos insetos é coberto por um exoesqueleto de quitina e possui três partes bem definidas: cabeça, tórax e abdome.

            Todos tem um par de antenas e três pares de pernas. A maioria possui asas.

            A cabeça dos insetos apresenta:

            - sugador => no caso da mosca e da borboleta;
            - picador-sugador => no caso dos mosquitos e dos piolhos;
            - mastigador ou triturador => no caso do gafanhoto, do grilo, da barata e dos besouros;
            - pungitivo => o caso das cigarras; e
            - lambedor-sugador => no caso das abelhas.

            Morfologicamente, os aparelhos bucais com mesma função podem ser diferentes, como, pro exemplo, o da mosca e o da borboleta.

            O tórax dos insetos apresenta:

            Na extremidade do abdome localiza-se o ânus. Em cada segmento, na região ventral, existem os espiráculos, que são pequenas aberturas dos órgãos respiratórios. Na extremidade do abdome estão localizadas estruturas relacionadas com a reprodução: o pênis, que é o órgão copulador nos machos, e o ovipositor, que permite a postura de ovos, nas fêmeas.

            Alguns insetos depositam seus ovos no solo, dentro de frutas ou no corpo de outros animais.

            Depois de saírem dos ovos, os insetos podem se desenvolver de várias maneiras.

            Alguns, como a traça-dos-livros, já saem dos ovos com a forma do animal adulto, só que de tamanho menor. Durante o crescimento, passam por diversas mudas.

            Outros, como as moscas, sofrem metamorfose, que tem várias etapas: do ovo sai uma larva com o aspecto de um pequeno verme; a seguir essa larva transforma-se em pupa, um estágio larval mais "avançado", em que o animal fica imóvel e encerrado em um casulo. Após grandes transformações, o corpo do inseto adulto vai se formando dentro do casulo; quando está completo, ele sai do seu interior.

            A borboleta também sofre metamorfose completa. Do seu ovo sai uma larva, que conhecemos como lagarta. A lagarta se transforma em pupa, que é envolvida por um casulo. Com o tempo a pupa se desenvolve; quando a borboleta já está formada, ela rompe o casulo e sai, podendo depois voar.

            O barbeiro, o gafanhoto e a barata sofrem metamorfose incompleta, isto é, não passam por todas as etapas da metamorfose completa.

            Do ovo sai a ninfa, um inseto jovem já com forma semelhante à do inseto adulto, embora ainda pequeno e sem asas. A ninfa passa por diversas mudas até tomar o aspecto definitivo.

            A maioria dos insetos vive solitariamente. É o caso da mosca, do besouro, da barata, da libélula, etc. Entretanto as abelhas, as formigas e os cupins vivem em sociedade, onde se observa uma divisão do trabalho: existem grupos diferentes de indivíduos em que cada um tem uma determinada função. Veja o que acontece, por exemplo, em uma colmeia de abelhas melíferas:

            Os insetos são transmissores de muitas doenças. Por exemplo: o mosquito Aedes aegypti transmite a dengue; o anófele, a malária; o mosquito Culex, a filariose; o barbeiro, a doença de Chagas; e a pulga, a peste bubônica.

 

Crustáceos:

            Existe um número muito grande de crustáceos. A maioria deles é marinha. Mas há também os de água doce, os de água salobra e os terrestres.

            A variedade se estende de microcrustáceos, que fazem parte do plâncton marinho e de água doce, até caranguejos. Inclui-se nessa variedade o caranguejo-aranha (gênero Macrocheira), que pode atingir até três metros de comprimento.

            Os crustáceos mais comuns são os seguintes: lagosta, camarão, siri e caranguejo.

            Outro exemplo são as cracas. Comuns no litoral brasileiro, esses crustáceos marinhos produzem uma concha fixa à rocha, de onde saem os apêndices que capturam partículas de alimento. Na maré baixa, as cracas podem permanecer horas fechadas em suas conchas.

CAMARÃO

            Segue, como exemplo, o estudo do corpo de uma lagosta:

            o corpo da lagosta é revestido por um exoesqueleto de quitina e calcário e divide-se em duas partes: cefalotórax (conjunto de cabeça e tórax) e abdome.

            No cefalotórax encontram-se os olhos, as antenas, a boca, as "pinças" e as pernas. As antenas tem função tátil; as "pinças" são órgãos de ataque e defesa.

            No abdome encontram-se o ânus e cinco pares de apêndices natatórios, que também podem desempenhar várias outras funções. O penúltimo segmento do abdome é ladeado pelo último par de apêndices, chamados urópodes, que servem como nadadeiras e proteção dos ovos nas fêmeas. O último segmento do abdome denomina-se telso e não possui apêndices.

            Embaixo do exoesqueleto, a lagosta possui um sistema muscular que possibilita ao animal movimentar-se em todas as direções. É capaz também de realizar movimentos bastante rápidos. Para realizá-los, a lagosta emprega o telso e os urópodes.

            A lagosta, assim como os demais crustáceos aquáticos, respira através de brânquias, que são órgãos formados por um conjunto de filamentos bem delicados. Por meio das brânquias, o animal realiza trocas gasosas entre a água ambiental, que banha esses filamentos, e os vasos sanguíneos presentes no interior deles.

            Podemos estabelecer algumas diferenças entre os insetos e os crustáceos. Algumas delas são: os insetos são principalmente terrestres; tem o corpo dividido em cabeça, tórax e abdome; possuem três pares de pernas, um par de antenas e respiram por traquéias. Os crustáceos são principalmente aquáticos; tem o corpo dividido em cefalotórax e abdome; possuem cinco ou mais pares de pernas, dois pares de antenas e a maioria respira por brânquias.

C U R I O S I D A D E S:

            Algumas lagartas produzem um líquido urticante na base dos pêlos de quitina. Esse líquido, que pode ser liberado com o rompimento do pelo ou ao simples contato com ele, dá a sensação de queimadura na nossa pele.

            O corpo de uma lagarta divide-se em cabeça, tórax (geralmente três segmentos) e abdome (geralmente dez segmentos). As pernas verdadeiras localizam-se na região do tórax. As pernas carnudas da região abdominal são pernas falsas.

            As lagartas não se reproduzem e não há diferença sexual entre elas. Passam essa fase apenas comendo e armazenando alimentos. Crescem tanto que realizam de quatro a oito mudas nesse período.

            Entram, a seguir, em um estágio de repouso, transformando-se em pupa. Ficam penduradas de cabeça para baixo, presas a folhas ou galhos, envoltas em casulos que tecem com fios de seda ou com os próprios pêlos.

            As células e os tecidos da lagarta se degeneram e as células embrionárias, que até então estavam "adormecidas" em seu corpo, dão origem ao corpo da borboleta.

            Ao sair do casulo, as borboletas esticam as asas graças ao sangue (hemolinfa) que é bombeado através das veias das asas. A fase adulta pode durar algumas semanas ou meses. A função da borboleta agora é reproduzir-se e continuar o ciclo da vida.

            As abelhas fornecem o mel e a geleia real, produtos considerados excelentes fontes de vitaminas e de sais minerais, entre outros nutrientes. Além disso, produzem própole, uma substância muito utilizada no combate a inflamações de garganta, tosses, asmas e bronquites; a essa substância atribui-se também um grande poder cicatrizante.

            São esses tubos que levam gás oxigênio diretamente às células. Por isso se diz que os insetos tem respiração traqueal.

            A pessoa doente tem febre alta, sente dores de cabeça, dores nas juntas e nos olhos. Apresenta manchas vermelhas no corpo, principalmente no peito e no pescoço.

            Para combater a dengue é preciso combater o mosquito. E para isso é necessário saber como ele vive. Veja:

            O Aedes aegypti precisa de água e de calor para reproduzir-se. Assim, ele vive em regiões úmidas e quentes.

            A fêmea põe os ovos em água de jarros, vasos de plantas, pneus velhos, cisternas, tonéis, latas, garrafas, etc. Se a temperatura estiver adequada, as larvas nascem em dois ou três dias. Caso contrário, os ovos podem permanecer vários meses no ambiente até que as condições necessárias para o desenvolvimento das larvas ocorram: água e temperatura alta.

            As larvas levam, aproximadamente, dez dias para transformar-se no mosquito adulto.

            Como uma pessoa adquire a dengue? Uma fêmea do mosquito transmissor, picando uma pessoa doente, adquire o vírus da doença ao sugar-lhe o sangue. Os vírus se reproduzem no corpo do inseto e se alojam em suas glândulas salivares. A seguir, ao picar uma pessoa sã, o mosquito transmite-lhe o vírus da doença. A pessoa ficará com dengue em menos de uma semana.

            Como evitar a dengue? As principais medidas que devem ser tomadas são as seguintes:

            - retirar das ruas, dos quintais e dos terrenos baldios todos os tipos de latas usadas, garrafas de plástico ou de vidro, pneus velhos e outros objetos que possam acumular água e nos quais as larvas do mosquito possam se desenvolver;

            - mudar a água dos vasos de plantas em dias alternados;

            - evitar fazer depósito de água em tonéis. Caso isso não seja possível, os tonéis devem ser bem tampados para evitar que a fêmea do mosquito ponha ali os seus ovos;

            - usar telas protetoras em janelas e portas para impedir que o mosquito entre nas moradias, principalmente em caso de habitações próximas a lagos, rios e represas.

            Em terra, encontrando um coqueiro, sobe pelo caule e usa as pinças para derrubar os cocos verdes, de cuja polpa ele depois de alimentará.

            O caranguejo-dos-coqueiros respira através de uma estrutura forrada de tecido úmido, que absorve oxigênio do ar. Na época de reprodução, retorna ao mar onde deposita os seus ovos.

            O camarão pode ser encontrado naturalmente nas peixarias, nas feiras e nos supermercados. Pode-se adquiri-lo também descascado, congelado e embalado em caixas. Nos restaurantes, entra no preparo de pratos diferentes: ensopado (cozido e servido com pirão), moqueca (cozido com azeite-de-dendê e leite de coco), risoto (cozido misturado com arroz) e outros.

            Com o siri e o caranguejo também se fazem bons pratos.

            Geralmente, é feito o "catado" de suas carnes antes de preparar os pratos, que têm receitas variadas. Em beira de praia, costuma-se fazer um tira-gosto com o caranguejo inteiro, que é quebrado com paus especiais e "catado" na hora.

            Vive nos mais diversos ambientes e consegue sobreviver um mês sem comida e sem água e dois meses só com água. Come de tudo: brotos de flores, colas, sapatos, roupas, sabão, etc. Durante a muda, pode comer seu próprio exoesqueleto e até os ovos de sua própria espécie.

            As espécies que vivem nas florestas alimentam-se principalmente de vegetação morta e servem de alimento para animais diversos.

            As baratas possuem uma glândula que produz o seu mau cheiro característico, que contribui para afastar alguns animais predadores.

            De proliferação rápida, cada barata pode produzir cerca de duzentos filhotes em um ano. Algumas espécies são ovovivíparas, mas a maioria é ovípara, colocando de doze a quarenta ovos em uma "caixinha" com alimento que "esconde", por exemplo, em cantos da casa.


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