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Estados Brasileiros
A C R E

GEOGRAFIAÁrea: 164.122,28 km2. Relevo: depressão na maior parte do território e planície estreita a norte. Ponto mais elevado: serra do Divisor ou de Conta (609 m). Rios principais: Juruá, Xapuri, Purus, Tarauacá. Muru. Embirá. Acre. Vegetação: floresta Amazônica. Clima: equatorial. Total de municípios: 22. Municípios mais populosos: Rio Branco (336.038), Cruzeiro do Sul (78.507), Sena Madureira (38.029), Tarauacá (35.590), Feijó (32.412), Brasiléia (21.398), Senador Guiomard (20.179), Plácido de Castro (17.209), Xapuri (16.091) e Epitaciolândia (15.100) - 2010. Hora local: -2h. Habitante: acreano.

POPULAÇÃO – 733.559 (2010). Densidade: 4,46 hab./km2 (2010). Cresc. dem.: 3,3% ao ano (1991-2006). Pop. urb.: 68,4% (2004). Domicílios: 162.617 (2006); carência habitacional: 23.639 (2006). Acesso à água: 48% (2005); acesso à rede de esgoto: 44,3% (2005). IDH: 0,751 (2008).

SAÚDEMortalidade infantil: 29,8 por mil nascimentos (2008). Médicos: 7,2 por 10 mil hab. (2005). Estabelecimentos de saúde: 380 (2009). Leitos hospitalares.: 535,8 por habitante (2009).

EDUCAÇÃOEnsino pré-escolar: 23.134 matrículas (93,98% na rede pública). Ensino fundamental: 166.068 matrículas (95,96% na rede pública). Ensino médio: 34.765 matrículas (94,03% na rede pública) - dados de 2009. Ensino superior: 13.888 matrículas (64,3% na rede pública - 2004). Analfabetismo: 13,8% (2008); analfabetismo funcional: 36,2% (2004).

GOVERNOGovernador: Sebastião Afonso Viana Macedo Neves (Tião Viana) - PT. Senadores: 3. Dep. federais: 8. Dep. estaduais: 24. Eleitores: 412.840 (0,3% do eleitorado brasileiro - 2006). Sede do governo: Avenida Brasil, 402, centro, Rio Branco. Tels. (68) 223-8500 / 8334. Site do governo: www.ac.gov.br .

ECONOMIAParticipação no PIB nacional: 0,2% (2004). Composição do PIB: agropec.: 5,9%; ind.: 28,1%; serv.: 66,0% - 2004. PIB per capita: R$ 8.789 (2009). Export. (US$ 11,4 milhões - 2005): madeiras serradas e em folha (85,6%), carnes de frango e peru (4,7%), produtos de madeira (1,7%) - 2002. Import. (US$ 501 mil): máquinas e motores (71,6%), terminais de telefonia celular (10,6%), farinha de trigo e misturas (8,3%) - 2005. Agências bancárias: 43 (2010). Depósitos em cadernetas de poupança: R$ 599,3 milhões (2010).

ENERGIA ELÉTRICAGeração: 331 GWh; consumo: 405 GWh - 2004.

TELECOMUNICAÇÕESTelefonia fixa: 99,4 mil linhas (maio/2006); celulares: 260,6 mil (abril/2006).

CAPITAL – Rio Branco. Habitante: rio-branquense. Pop.: 336.038 (2010). Automóveis no estado: 65.499 (2010). Jornais diários: 3 (2006). Prefeito: Raimundo Angelim Vasconcelos (PT). Nº de vereadores: 10 (2012). Data de fundação: 28/12/1882. Distância de Brasília: 3.123 km. Site da prefeitura: http://www.pmrb.ac.gov.br/v4/.

Fatos Históricos:

Único estado compreendido no quinto fuso-horário em relação a Greenwich, com duas horas a menos que o horário oficial de Brasília (DF), o Acre é a última grande área a ser incorporada ao território brasileiro. Pelos acordos de limites do período colonial, confirmados no Império, esse pedaço pertencia à Bolívia e uma pequena parte era reivindicada pelo Peru. No final do século XIX, chegaram à região migrantes nordestinos, principalmente cearenses, fugindo da seca. A exploração dos seringais e o povoamento da área por esses brasileiros iniciam um grave conflito com os bolivianos.

As autoridades bolivianas reagem à presença brasileira nos seringais e negociam seu arrendamento a uma entidade internacional, o The Bolivian Siyndicate. Os brasileiros organizam rebeliões armadas e garantem sua permanência. A disputa só termina em 1903, com a assinatura do Tratado de Petrópolis entre Brasil, Bólivia e Peru. O Brasil compra a região dos bolivianos e peruanos por 2 milhões de libras esterlinas e se compromete a construir em Rondônia a ferrovia Madeira-Mamoré, que liga a cidade de Guajará-Mirim a Porto Velho, hoje desativada.

Transformação em estado:

Em 1904, por decreto do presidente Rodrigues Alves, o Acre torna-se território federal, dividido em três departamentos: Alto Acre, Alto Purus e Alto Juruá, cujos prefeitos são nomeados pelo governo federal. A partir de 1920, a administração centraliza-se em um governador, nomeado pelo presidente da República. O declínio da extração da borracha e a estagnação econômica aceleram o processo de exploração da madeira e a devastação de considerável parte da floresta amazônica.

O território retoma o crescimento somente nos anos 40 e 50, sustentado principalmente pelos recursos da União. Em 1962, com pouco mais de 200 mil habitantes, o Acre torna-se estado. O território havia atingido a   arrecadação necessária  para essa transformação, estabelecida pela Constituição de 1946. No período do milagre econômico, nos anos 70, o Acre recebe investimentos em diversos setores, que atraem novas migrações e contribuem para o aumento da população.

Há crescimento da economia, ainda essencialmente extrativista e dependente das culturas de subsistência, como mandioca, arroz, feijão, milho e banana. Em 1988, com o assassinato do seringueiro e líder ecológico Chico Mendes, a questão da defesa de um modelo de extrativismo que não destrua a floresta ganha repercussão mundial.

Desenvolvimento sustentado:

Um modelo econômico sustentado na biodiversidade corre o risco de não evoluir sem o correto manejo dos recursos da região. O desmatamento das regiões de floresta permanecem em patamares elevados: chega a atingir 60% de algumas áreas. Isso não ameaça apenas a flora e a fauna. O solo acreano, formado de rochas sedimentares, é extremamente vulnerável à erosão, quando se retira sua cobertura vegetal.

Em Setembro de 2000, estudo da Embrapa, revela que a degradação do solo em áreas desmatadas do Acre e o plantio de gramíneas para pastagens não adaptadas para a região, ameaçam inviabilizar, 50% da pecuária do estado. Com isso, há o risco de o desemprego atingir até 35 mil pessoas. As áreas ameaçadas alcançam 5,5 mil km², superfície equivalente à do Distrito Federal. A falta de conhecimento ou o uso de técnica inadequadas por parte da maioria dos produtores, provoca danos sociais, econômicos e ambientais. Alguns rios estão em avançado estágio de açoreamento e há pessoas que tem de percorrer a pé longas distâncias para obter água potável em plena Amazônia.

Um sistema de manejo florestal implantado pela própria Embrapa por 4 anos em Acrelândia, em áreas de assentamento de reforma agrária, mostrou ser possível garantir a conservação de mais de 700 mil hectares de floresta, com produção anual de 390 mil m³ de madeira. O sistema gera emprego e renda no campo, além de ocupar toda família. O produtor trabalha até 3 meses por ano na mata, extraindo e beneficiando as toras e sua renda é três vezes superior à paga no mercado de mão-de-obra rural.

Polos econômicos:

Do ponto de vista econômico, o Acre pode ser dividido em dois grandes polos: o vale do Juruá, cujo centro comercial fica na cidade de Cruzeiro do Sul no noroeste do estado, e o vale do Acre, com sede na capital, Rio Branco, no sudeste do estado. No vale do Juruá reside cerca de 30% da população acreana, a maioria na zona rural. A região permanece bem preservada e abriga a Reserva Extrativista do Alto Juruá e o Parque Nacional da Serra do Divisor, onde se localiza a nascente do rio Moa, o ponto mais ocidental do Brasil, na fronteira com o Peru. O número de reservas indígenas ali é significativo. O transporte fluvial concentrado nos rios Juruá, Tarauacá, Embirá e Moa, tem importância vital - sobretudo entre novembro e junho, quando as chuvas deixam intransitável a BR-364, rodovia que liga Rio Branco a Cruzeiro do Sul. Mais industrializado e com agricultura mais produtiva, o vale do Acre, responde pela maior parte da borracha e os alimentos produzidos no estado, com destaque para a mandioca, o arroz, o milho e a fruticultura.

A construção de rodovias favoreceu o avanço de imigrantes e do capital privado e afastou a população extrativista, na medida que a pecuária se expandia. Como resultado, o estado enfrenta graves problemas sociais. A taxa média de crianças mortas antes de completar um ano é a mais alta da região norte, 44,17 por mil nascidos vivos.

O Acre Hoje:

Situado no extremo oeste da Região Norte, o Acre é um tradicional produtor de latex extraído dos seringais da floresta amazônica. No século passado, no auge dessa atividade econômica, atraiu grande número de colonos, principalmente nordestinos. Desse povoamento ficaram marcas na culinária - em pratos como bobó de camarão, vatapá e carne de sol com macaxeira. Já o pirarucu de casaca e a rabada ao tucupi vêm da forte herança indígena. A comunicação e o transporte são precários. A maior parte da população vive a beira-rio e os barcos são os principais meios de locomoção.

Hoje, uma reduzida parcela dos habitantes, garante sua subsistência trabalhando nos seringais da floresta amazônica. Calcula-se que menos de 2,5 mil famílias se dediquem exclusivamente à extração da borracha. A queda do preço do produto no mercado internacional, em conseqüência do aumento da oferta, e expansão das fronteiras agrícolas em direção à floresta tornaram a atividade francamente improdutiva. Entretanto, o extrativismo vegetal, que está na origem de sua economia, começou a se tornar mais diversificado a partir da virada do milênio. Além do latex, a floresta amazônica tem permitido aos acreanos obter rendimentos de produtos com alimentos, medicamentos naturais e matéria prima para a indústria de cosméticos - caso, por exemplo, do óleo de copaíba, medicamento bastante utilizado na Amazônia. O fruto da palmeira açaí, é apreciado no centro-sul do Brasil e a pupunha, um tipo de palmito, conquista espaço também na região sudeste. A folha de pimenta longa, é utilizada para a fabricação de fixadores de perfumes, e os índios da tribo yawanawa, em Tarauacá, no vale do Juruá, exportam urucum para indústrias de cosméticos nos Estados Unidos.


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