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Reflexões sobre a China
Por Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque (*) - 01.02.2010

O governo chinês tem atuado com muita habilidade e arte na condução do país. É uma nação que mantém o vezo político autoritário dentro das regras econômicas do capitalismo moderno. Em geral a globalização nas economias democráticas tende a limitar ações sobre os instrumentos de política econômica voltados ao mercado interno, mas os comunistas instalaram um modelo de gestão que tem conseguido driblar essas limitações.

A partir do final dos anos 70 o governo chinês começou a abrir o país ao mercado externo e flexibilizou o rígido controle estatal sobre atividades agrícolas e a indústria de pequeno porte, introduzindo métodos de gestão privada. Desde então a economia chinesa opera com uma combinação entre um relativo relaxamento do dirigismo do Estado com a manutenção de forte controle do Partido Comunista em relação aos fundamentos da atividade produtiva e sobre grandes empresas industriais e o setor financeiro.

Grande parte do êxito da economia chinesa se deve ao manejo estatal da política comercial com o resto do mundo. As orientações que regem as relações econômicas internacionais chinesas estimulam o comércio internacional, tendo como meta a expansão das exportações num ritmo maior que as importações, e a forte atração de investimentos diretos do exterior. O governo administra o câmbio e controla a retenção de divisas, gerando, com isso, saldos comerciais crescentes. Com essa estratégia a China acumula reservas cambiais que ultrapassam US$ 2,1 trilhões.

Os investimentos diretos (US$ 108,3 bilhões em 2008) e os das estatais chinesas, bancados em boa parte pelas reservas externas, alavancam o prolongado crescimento da economia da China que, combinado com um mercado com mais de 1,3 bilhão de consumidores, cria oportunidades aos investidores ao redor do mundo. Hoje o país se tornou um eldorado para empreendedores de todas as nacionalidades.

A China se tornou a locomotiva da economia mundial e deve se manter nessa condição nos próximos anos. O país já se tornou o principal parceiro comercial do Brasil, mas dada a magnitude da economia chinesa e as projeções de crescimento para o país há ainda muito a ser conquistado no país asiático pelas empresas brasileiras.

Nos últimos dois anos as commodities brasileiras tiveram na China o principal mercado consumidor e elas devem continuar comandando as vendas nacionais para aquele país. Dentre os dez principais produtos exportados pelo Brasil para a China, nove são commodities, com destaque para minério de ferro e soja.

A grande dúvida quanto à prosperidade chinesa refere-se à sustentabilidade desse processo. O totalitarismo do governo comunista elimina seus adversários e reprime manifestações políticas, mas no longo prazo o país pode enfrentar turbulências que vão impactar a economia negativamente. Os trabalhadores poderão reivindicar salários mais altos e melhor qualidade de serviços públicos. Isso neutralizará parte das vantagens competitivas do país nos mercados internacionais, mas o que as empresas precisam fazer neste momento é marcar presença numa economia que despertou e se transformou na mais promissora do mundo.

FONTE: Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque (Portal Brasil).

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