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21.11.2004
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não é a solução
Por Olympio Moraes
Junior, [email protected]
Olympio Moraes Junior, primeiramente advogado. Ex-Técnico Judiciário Juramentado do Rio de Janeiro, Ex-delegado de Polícia de Mato Grosso do Sul e de Minas Gerais, Ex-Procurador-Chefe da Secretaria de Estado da Saúde de Rondônia. Conselheiro da OAB/AM em segundo mandato, Ex-Corregedor-Geral da OAB/AM, Ex-Presidente e Presidente atual da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AM.
Mesmo sabendo que muitos não entenderão minha posição. Ainda mais que a
Ordem dos Advogados, e minha Seccional em especial está nesta luta inglória
que é o desarmamento. E pelo que nos foi dado a compreender a Comissão de
Direitos Humanos deveria sob minha presidência levar a cabo a propagação de
tal idéia.
Mas sou contra. Irremediavelmente contra. Não que pregue qualquer resquício de
uso da força ou aceite sequer a mínima violência.
E isso que deveríamos pensar.
Será que esta campanha dirigida a pessoas que tem armas sem qualquer documento
hábil, pessoas que tem armas e as usam indevidamente. Estes não são apenas
possuidores de armas, mas pessoas que deveriam ser desarmados e processados.
Mas elevar isto a uma campanha nacional de desarmamento, pregando que há mais
crimes, pois cidadãos honestos possuem legalmente armas em casa é um
disparate.
Tenta-se com estatísticas míopes provar o improvável, misturam situações
para definir aberrações. Sim, pois afirmam que o maior número de vitimas de
armas de fogo ocorrem em casa. Irmãos que brincando atiram em irmãos ou
amigos, ou aqueles que possuem armas e são roubadas por bandidos, o que
engrossaria as armas nas mãos de marginais. São estatísticas diversas, com
opiniões díspares.
Na verdade há como sabido uma grande importação ilegal, ou contrabando
semi-oficial de armas muitas das quais vinda diretamente do Paraguai, e algumas
até de países da antiga cortina de ferro. Marginas do Rio usam metralhadoras,
pistolas 9mm e .40, a primeira de uso das forças armadas e a segunda de uso
exclusivo da polícia.
As armas de bandidos e traficantes são objetos de situações diversas. Mas o
Governo com esta campanha tenta modificar a ótica que a segurança pública, o
sistema carcerário e o tecido social, estão esgarçados e em ponto de ruptura.
A cada dia milhares de cidadãos honestos que pagam seus impostos deixam de
receber segurança do Estado. Há que se procurar um culpado há que se tentar
um golpe de mão para que nós achemos que cidadãos honestos se desarmados
provocarão uma redução da marginalidade – uma lógica burra, mas que de
tanta insistência pelos canais televisivos acabamos por acreditar que tanto é
válido – não o é!!
No ponto em que estamos quando tiverem idéia do caos do atendimento médico o
Governo proporá uma lei banindo a doença e acabando com os hospitais, posto
que são neles que padecem a maioria da população carente. O fim do problema
da saúde é mais uma Medida Provisória inóqua.
E se quisermos nos livrar do caos do trânsito, dos engarrafamentos e dos
atropelamentos constantes. Quem sabe surja uma nova campanha troque seu carro
por um cavalo ou uma mula. Pois os burros estarão fazendo a troca.
Não se acaba com um problema com medidas de natureza hipócrita. Não se acaba com o crime sem atacar a miséria e a pouca educação de nosso povo. O resto é mídia para um Governo que até agora só se lembrou de aumentar tributos e se distanciar da classe média que sempre acreditou na necessidade de uma mudança, mas que ainda não a encontrou.
Vamos discutir o assunto: [email protected]
TEXTO
COM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA PARA PUBLICAÇÃO NO PORTAL BRASIL
A PROPRIEDADE INTELECTUAL É DO
COLUNISTA
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