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Religiões
- 24.10.2004 -

A MISERICÓRDIA OCULTA

            Pedro escreveu: “... se é que tendes a experiência de que o Senhor é bondoso” (I Pedro, Capítulo 2, Versículo 3). Jeremias prescreve no Capítulo 29, Versículo 13: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.”

            DEUS quer todo o coração do homem para se deixar encontrar. Daí resistir aos soberbos, porque a soberba direciona o coração do homem para o próprio umbigo. Quanto a estes, resta uma surpresa: A misericórdia oculta! Aquela que se desconhece que recebeu, cuja dimensão, altura e profundidade é tão desconhecida quanto o tamanho da paciência de DEUS; DEUS é amor e o amor é paciente; onde há paciência, há amor.

            O texto a seguir revela verdade espiritual sobre relacionamento entre a misericórdia de DEUS e o confrontar a DEUS. Confrontar DEUS e confrontar a PALAVRA DE DEUS é a mesma coisa. João descreve esta relação intrínseca ao resumir a vinda do MESSIAS (João, Capítulo 1, 2, 3, 4, 5 e 14:

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as cousas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava Nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela... E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.”            

            Certa feita JESUS repreendeu os religiosos judeus que julgavam ter vida eterna pelas Escrituras e eram elas que testificavam de JESUS. Entretanto, escravos da própria soberba, aqueles homens queriam confrontar o VERBO, portanto, a PALAVRA DE DEUS, e trouxeram uma mulher pega em adultério (João, Capítulo 8, Versículos 1 a 11):

Jesus, entretanto, foi para o monte das Oliveiras. De madrugada, voltou novamente para o templo, e todo o povo ia ter com ele, e, assentado, os ensinava. Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos, disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes? Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo. Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem  pecado seja o primeiro que lhe atire pedra. E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava. Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: nem eu tampouco te condeno, vai e não peques mais.”

            Primeiro, a lei de Moisés descrita em Levítico, Capítulo 20, Versículo 10 diz assim: “Se um homem adulterar com a mulher do seu próximo, será morto o adúltero e a adúltera”. Pergunta-se: Onde está o homem adúltero?

            Segundo, a adúltera foi alvo da maior misericórdia que DEUS poderia conceder, certo? Errado; ela foi alvo da misericórdia e do livramento de DEUS, mas não da maior misericórdia.

            O VERBO – JESUS - estava ali, o mesmo cujo PAI gizara com a própria mão as tábuas dos dez mandamentos, aquele que dissera a Moisés face a face, ainda que este lhe visse apenas o vulto, cada linha escrita no Pentateuco, enfim aquele que é o início e o fim de todas as coisas, o FILHO DE DEUS, portanto, DEUS.

            Os religiosos queriam encalacrar JESUS para terem do que o acusar, pois sabiam, pelo jeito dele ser, que era contra sua vontade a condenação à morte daquela moça adúltera; mas, como a lei é justa, teria de ser cumprida.

            Os jurisconsultos romanos dizem que a lei é justa quanto se aplica a todos, sem discriminação e privilégios. Observe no texto que cada um dos exatores foi acusado pela própria consciência, a ponto de deixarem cair das mãos as pedras do apedrejamento, até então, inevitável.

            Terceiro, por que e o que JESUS escrevia na areia? Para tentar responder relembro o ditado popular “não mexa a onça com vara curta”. Pois era isto o que ocorria. Queriam uma sentença, sim! E o VERBO estava ali. Entretanto, desconheciam conseqüências do pedido aduzido na presença de DEUS.

            Pedro e Tiago pediram para assentar-se ao lado de JESUS no seu Reino e aceitaram beber o mesmo cálice que JESUS iria beber, desconhecendo conseqüências que adviriam. Assim era com aqueles homens.

            Se JESUS fosse condená-la, com toda a autoridade que tinha e que tem nos céus, na terra, abaixo da terra e nos céus dos céus, inevitavelmente, teria de condená-los também à morte eterna, cada um pelos próprios pecados. A consciência estava ali viva e operante para não deixar nenhuma dúvida sobre isso.

            Literalmente, tinham “armado para a própria cabeça”. Eram réus incautos, conquanto se reputassem promotores de acusação, capazes de enredar o próprio DEUS.

            A misericórdia revelada foi para a adúltera; contudo, a oculta era maior e foi direcionada aos futuros assassinos dele, O AUTOR DA VIDA. Esta é a maior de todas as misericórdias.

            Sobre o que JESUS escrevia na terra, talvez fosse uma pequena relação de pecados; estes sim, verdadeiramente ocultos...

A MISERICÓRDIA DO ALTO!

POR: BRUNO ANÍBALL, COLUNISTA DO PORTAL BRASIL®

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