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Gestão de Marketing e Negócios
16 / maio / 2005
PESSOAL AUXILIAR NA COMPOSIÇÃO DA EQUIPE
Por Antônio Inácio Ribeiro
Colunista-titular do Portal Brasil e Diretor da Odontex,
www.odontex.com.br
Indiscutivelmente, um dos grandes limitadores no desenvolvimento de desempenho
das profissões liberais é sua característica personalista no exercício da
profissão e pelo fato de ser difícil a transferência de funções e
clientela. É sabido e inquestionável pelo mundo moderno, que as tendências
de futuro sinalizam a necessidade de equipes amplas e definidas para o bom
desempenho da maioria das atividades do ser humano. Por isso, algumas idéias
acerca de otimização do trabalho em equipe devem ser pensadas.
EVOLUÇÃO E MUDANÇA
Um bom número das profissões conhecidas como liberais apresenta forte tendência
de manutenção do padrão convencional de atendimento personalizado à
clientela. Algumas como a medicina, já estruturada de forma diferente em
nosso país, sinaliza alterações importantes não só no atendimento em forma
de equipes, como na organização destas em sistema de policlínicas. Isto
decorre não só de evolução, mas como necessidade de mercado, na busca de
melhores condições para satisfazer clientes.
COOPERATIVAS E EQUIPES
O sucesso dos planos de saúde em nosso país é, na sua origem, decorrente de
iniciativas em forma de cooperativas, principalmente de médicos, para organizar
e estruturar o atendimento a uma maior parcela da população. Esta é
outra forma de modernizar atendimentos, que caminha para o trabalho em equipe.
Neste sentido, usar pessoal de apoio é o primeiro passo para modernizar o
atendimento, não só para aumentar o número de clientes atendidos, mas também
para diminuir custos, direcionando tarefas não-clínicas ao pessoal auxiliar.
REGULAMENTANDO AUXILIARES
Algumas profissões adotaram e regulamentaram pessoal auxiliar, como a
odontologia, com denominações e funções específicas: atendente de consultório
dentário (ACD), técnico em higiene dental (THD), técnico em prótese dentária
(TPD) e assistente de prótese dentária (APD). Este é um caminho para
estruturar as profissões, principalmente no tocante à composição de suas
equipes de trabalho.
DIVIDINDO FUNÇÕES
Este poderia ser um caminho alternativo mais apropriado para aumentar o
atendimento nas distintas profissões liberais sem a criação de tantas
faculdades, como terminou acontecendo em nosso país. Em algumas profissões
ou especialidades, sua importância e aplicabilidade é significativa, na medida
em que permite um maior atendimento, pela execução de tarefas, que em sua
maioria ainda são realizadas pelos próprios profissionais e que melhor o
seriam se desempenhadas por auxiliares.
AUXILIAR APRENDIZ
Prática comum aos recém-formados, o trabalho em clínica ou escritório de
profissional com maior clientela e experiência é boa maneira de “pegar prática”,
que cada vez menos é ponto forte da maioria dos cursos de graduação. Um
de seus atrativos é a possibilidade de contato com bom número e variados tipos
de trabalhos, numa fase em que se optasse por trabalhar por conta própria,
teria poucos clientes e, conseqüentemente, menor chance de adquirir experiência.
ASSISTENTE EFETIVO
O exercício de atividades que não são mais do agrado de profissional mais
antigo, conhecidas genericamente como “clínica geral”, são atividades que,
com o tempo, vão deixando de ser praticadas, levando os clientes à procura de
outro profissional. A receita destas, compartilhada com profissional recém-formado,
constitui-se em adicional de faturamento, na medida em que ela não seria
realizada sem a presença do novo colega, na clínica ou escritório do mais
experiente.
ATENDIMENTO INTEGRAL
Cliente atendido no próprio ambiente do profissional, em todas as suas
necessidades, dificilmente sente-se na tentação de mudar, como se estimulado a
conhecer outros profissionais ou atendimentos. Não existe preocupação
quanto à possibilidade deste novo profissional vir a fazer concorrência ao
antigo, porque o que está praticando não seria mais de interesse do antigo.
MOTIVAÇÃO E RETORNOS
Para o veterano, o convívio com o mais novo é fonte de nova energia, além de
um novo estímulo ao acompanhamento das novidades que, fatalmente, o recém-formado
irá trazer. A inclusão de um elemento novo na clínica motiva clientes e
inclusive apresenta a vantagem de trazer de volta filhos e parentes mais jovens
de antigos clientes que estavam se distanciando pela diferença de gerações.
PERSPECTIVA FUTURA
Ao neófito se coloca uma dose de realidade, mista de experiência, afora a
oportunidade de praticar a profissão em ritmo mais intenso, em período
integral, diferente do que se estivesse só em um consultório novo, fatalmente
com menos clientes. Ao recém-formado, abre-se uma possibilidade futura de
ganho de uma clientela à medida que o veterano começar a diminuir seu ritmo ou
pensar em selecionar ainda mais suas atividades.
AUSÊNCIAS E REMUNERAÇÃO
Para os titulares de clínicas e escritórios, fica a vantagem de um atendimento
mais amplo, com receitas adicionais e a possibilidade de periodicamente tirar férias
ou viajar a cursos ou congressos, eliminando a preocupação de deixar sua
clientela sem atendimento, além do aspecto pecuniário, visto que nas profissões
liberais exercidas de modo individual, na ausência do profissional, cessa a
receita, embora não aconteça o mesmo com as despesas.
PRATICIDADE E ECONOMIA
Ao cliente, contam-se como vantagens: a possibilidade de ter um atendimento mais
amplo, sem desperdícios de tempo e locomoção e sempre com economia, pelo fato
de não ter que recorrer a vários profissionais em distintos endereços e arcar
com seus preços diversificados. A perspectiva de ser atendido em todas as
necessidades daquela profissão lhe atrai pela praticidade e confiança que
deposita no profissional que escolheu para lhe servir, com a garantia dos que
selecionou para fazerem parte da equipe.
A PROPRIEDADE INTELECTUAL É DO
COLUNISTA
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