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GESTÃO DE MARKETING E NEGÓCIOS
16 / novembro / 2005

PESQUISA DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES
Por Antônio Inácio Ribeiro
Colunista-titular do Portal Brasil e Diretor da Odontex, www.odontex.com.br


            As diferentes maneiras de perceber produtos e serviços levaram os estudiosos do marketing a segmentar mercados em forma de especialização, buscando atender de maneira quase individual os clientes (one to one), em suas necessidades, preferências e desejos. Essa é a maneira mais segura de mantê-los e fidelizá-los. Para se chegar mais perto desta modernidade, é necessário que se conheça melhor e com dados mais concretos o que pensam os clientes a respeito dos serviços que se está praticando. Neste sentido e para, a partir disso, se pretender a conquista de novos clientes, é proposto um modelo de pesquisa de avaliação, com adição de uma pergunta milagrosa.

INTRODUÇÃO
            Sócrates, na Grécia Antiga, foi um dos maiores sábios que a humanidade já teve. Não deixou nada escrito, mas conversava sem parar. Era um ótimo papo. Todo mundo queria ouvi-lo. Acontece que ele ficava mais tempo perguntando (e ouvindo) do que falando. Ensinava com perguntas. E descobriu que o mais importante não é saber, é perguntar. Este conceito milenar pode bem servir de base para uma filosofia de marketing que deveria nortear todo profissional liberal dos dias de hoje, na medida em que o desejo e a satisfação dos clientes tornou-se mais importante do que o tipo de serviço que temos a oferecer. Esta parece ser, como veremos, a melhor modalidade e o caminho mais certo para se conquistar o sucesso profissional, tão almejado nos competitivos dias atuais. Por silogismo, o que é verdadeiro para o sucesso das organizações é verdadeiro para o sucesso individual, o qual, em singular medida, é o coletivo expresso individualmente, conforme o defendido por Heller (1991). Dessa forma, num mundo dominado pelo marketing das corporações e nações, os profissionais liberais não poderiam prescindir da ferramenta marketing, como parte integrante de suas ações para manutenção dos atuais e conquista de novos clientes, já que, pela competitividade do nosso tempo, estamos sujeitos a constantes perdas de clientes para os novos que adentram ao mercado, ávidos por trabalho. O marketing real, de carne e osso, porém, pouco tem a ver com as regras e os preceitos da teoria. No negócio do dia a dia de vender bens e serviços, os que conseguem manter o crescimento nos bons e maus tempos reescrevem sem cessar, em vez de seguir o livro de regras. Isso é tanto mais verdade nas pequenas estruturas, como são os escritórios e consultórios dos profissionais liberais, onde seus titulares ou componentes têm pouco conhecimento acerca dos preceitos e axiomas do marketing, o que não os desobriga de sua aplicação, sob pena de ver perdidos anos de dedicação e aplicação à sua profissão.

   
         Existe um grande número de fontes de informação, tanto públicas como privadas, sobre mercados, às quais se poderá recorrer, na primeira etapa, para selecionar mercados potenciais mais adequados e preparar as etapas seguintes, mediante pesquisa, prospecção e planos de marketing. Num convívio direto com os profissionais liberais, constata-se facilmente que este não é o caminho trilhado pela maioria dos que se iniciam em qualquer destas profissões, o que leva muitas carreiras a terem dificuldades na obtenção do desejado sucesso, já pelo errado início. A maioria escolhe ponto e modalidade de trabalho por conveniência sua, inversamente ao que acontece com as empresas, que, antes de se estabelecerem, procedem a pesquisas e buscas de dados, que serão fundamentais ao seu sucesso vindouro. 

            De acordo com Kotler (1995), o papa do marketing de todos os tempos, o sistema de informações de marketing é constituído de pessoas, equipamentos e procedimentos que reúnem, selecionam, avaliam e distribuem informações necessárias, atuais e precisas para que profissionais de marketing possam tomar suas decisões. O mesmo Kotler (2000), em seu outro livro, Administração de Marketing, conceitua que pesquisa de marketing corresponde à elaboração, à coleta e à edição de relatórios sistemáticos de dados e descobertas relevantes sobre uma situação específica de marketing.
 

            O que para o leigo pode parecer complexo é básico na realização de quem quer empreender carreira, em qualquer atividade que envolva atendimento ao público. Não se pode decidir nada em termos profissionais sem um conhecimento do mercado a que pretendemos nos dedicar, sem recorrer a informações que nos orientem com segurança acerca do que vamos encontrar. E, se estes dados não estiverem disponíveis, como na maioria dos casos não estão, de forma publicada, devem ser buscados através de pesquisas de marketing, as quais devem ser atualizadas periodicamente, para eventuais correções de direção.

            Que bem podem ser, de maneira evolutiva, a busca por outras regiões ou áreas de atuação, em forma de uma nova especialidade, o que corresponderia a uma segmentação de mercado. No caso de não as realizarmos, o que para os praticantes podem ser oportunidades, para os desinformados pode se constituir em ameaças, que levam muitos à perda de clientela, arduamente conquistada ou ainda a não constituição desta, o que fica claro no Marketing de Ação de Godri (1990), que conceitua: “pesquisa de marketing é a atividade de planejamento e coleta de informações, para análise das oportunidades e ameaças do mercado”.
 

            Saber o que seus clientes querem é vital, e é preciso descobrir isso mais depressa e com mais clareza do que a concorrência. Pensamentos como esse alimentam as inovações em todos os aspectos do seu negócio, e são as raízes de todo o crescimento e sucesso de um empreendimento. Para que nos convençamos disso, é importante refletir sobre o afirmado por Bordin (2004): pesquisas feitas nos EUA comprovam que custa ao menos cinco vezes mais conquistar um novo cliente do que manter o atual. A primeira regra para se relacionar com o seu cliente é saber quem ele é, o que busca e se ficou satisfeito com o serviço que lhe foi prestado. Parece óbvio, mas não é o que vemos na prática. Como se constata na quase totalidade dos autores, a pesquisa de marketing é algo básico, dinâmico e indispensável, na busca da satisfação dos clientes, tida hoje como única maneira de fidelizá-los. Por isso, essa proposta, que longe de ser algo teórico ou conceitual, é antes de tudo um modelo prático e pronto de avaliação, que, como detalhe motivador, adiciona uma idéia simples, de, a partir da pesquisa, obter-se indicações de novos clientes. Esse é o maior desejo de dez entre dez dos participantes do mercado dos serviços profissionais nos dias de hoje.

 

MÉTODO
            Os executivos de marketing radical usam as pesquisas de maneira diferente dos profissionais de marketing tradicional. Os radicais vão diretamente aos seus consumidores em busca de idéias, e, quando querem testar essas idéias, perguntam a eles. Este é nosso posturamento e, dentro deste procedimento, iremos desenvolver e propor nossa pesquisa de avaliação e obtenção de novos clientes. Pelas peculiaridades de mercado dos profissionais liberais, no que diz respeito ao marketing de serviços, este é um meio simples e viável de aplicação desta modalidade em forma de pesquisa a clientes.
 

            Hoje, o marketing não é uma função; é uma forma de fazer negócios. O marketing não é uma nova campanha de publicidade ou a promoção deste mês. Tem que ser uma atividade difundida, parte do trabalho de todos. Sua tarefa não é enganar o cliente, nem falsificar a sua imagem. É integrar o cliente à elaboração do serviço e desenvolver um processo sistemático de interação. O marketing de relacionamento é o caminho do futuro no marketing de serviços e fará a diferença entre os que serão bem sucedidos e os que, breve, terão dificuldades para tocar seus negócios. Sendo esta a maneira que uma carreira deve ser considerada, no tocante à realização profissional, o que não inviabiliza a realização pessoal, que muitas vezes dá prazer, sem necessariamente apresentar resultados.
 

            Considerando os escritórios e consultórios como micro ou pequenas empresas, alguns requisitos são fundamentais à competitividade que caracteriza o momento presente. De acordo com Ribeiro, J.C. (1998), para fazer pesquisa é indispensável o computador. Hoje, é impensável uma empresa que não possua um computador. O que se vê é que eles servem muitas vezes apenas como um símbolo de modernidade. Sabedores de que alguns poderão usar este modelo de pesquisa que iremos propor, como algo para alavancar suas carreiras e, a partir daí, chegarem à conscientização da necessidade de um computador, tratamos de apresentá-la de uma forma pronta, que permita sua aplicação, ainda que o computador não esteja presente. Existem vários métodos de pesquisa. Dentre eles, um dos mais usados é o método de questionário, que envolve a consulta direta, através de entrevistas, que podem ser:
 

• Pessoal: o entrevistador formula uma série de perguntas diretamente ao entrevistado.


• Telefônica: é mais econômica e rápida.


• Correio: permite uma cobertura territorial ampla, proposições estas feitas por Simões, em 1975, e que, por este motivo, nos permite acrescentar uma quarta alternativa, qual seja:


• Internet: todas as vantagens anteriores são potencializadas, com a motivação extra de permitirem sua aplicação em um espectro maior e quase sem custos.
 

            Na maioria dos levantamentos, não são pesquisados todos os integrantes da população considerada. Antes, seleciona-se, mediante procedimentos estatísticos, uma amostra significativa de todo o universo. As conclusões obtidas desta amostra são então projetadas para a totalidade. Isso nos permite tirar conclusões, a partir da parte de sua clientela que se sujeitou a responder o questionário que iremos propor, sendo que o ideal seria sua continuidade de aplicação como forma de acompanhamento. A motivação para o uso continuado de sua formulação é a possibilidade de o mesmo continuar lhe apresentando novos clientes. A fórmula mais adequada, específica e apropriada é com um questionário totalmente voltado a informações no tocante ao exercício profissional, em que perguntas bem formuladas podem oferecer respostas que serão verdadeiros indicadores.
 

            É importante, de quando em quando, fazermos uma auto avaliação e, se possível, termos também uma avaliação de como anda nossa imagem perante os nossos clientes. É bom incluir entre as perguntas, como é, na opinião deles, o atendimento que é prestado pela sua equipe. Com estas perguntas, pode-se saber como está nosso conceito perante os clientes. Assim pensando, incluímos o modelo de pesquisa que segue, em nosso vigésimo primeiro livro: Marketing para o Profissional Liberal, que, como complementação, recebeu uma última e motivadora pergunta, que por si só dá toda uma nova razão para a aplicação do questionário, ainda que, em termos de pesquisa pura, a mesma não seja prática usual das pesquisas levadas a cabo pelas empresas de pesquisa de opinião. Por atuarmos em um mercado em que as atividades de marketing não são um fim e sim um meio, nos permitimos esta inovação.


A PROPRIEDADE INTELECTUAL É DO COLUNISTA
- AUTORIZAÇÃO CONCEDIDA EXPRESSAMENTE PELO AUTOR PARA O PORTAL BRASIL -


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