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Religião
07 / agosto / 2005


PREGADORES ASSASSINOS

            Conversando certa feita com um amigo sobre a atuação dos principados e potestades das hordas infernais, enfim, sobre os demônios, ouvi esta frase: “Existem algumas pessoas cujo nível de maldade surpreende até aos agentes do inferno”.

            Programas como “Cidades Alerta” e “Linha Direta” desvelam sombria perspectiva da corrupção humana, penetrando a malignidade fomentada nos meandros da mente humana pelo manifestação externa: roubo, morte e destruição.

            JESUS foi objetivo ao delinear a missão do diabo: matar, roubar e destruir; João, o apóstolo, foi enfático ao designar a missão do MESSIAS: destruir as obras do diabo. De um lado a luz, do outro as trevas; a vida, a morte; a salvação eterna, a morte eterna; a reconciliação com DEUS, a inimizade com DEUS.

            Inúmeras são as matizes das duas forças que operam no universo; uma centrípeta para levar à escravidão do pecado, outra centrífuga para romper os enlaces da corrupção humana, libertando a alma para DEUS.

            De todas as maldades humanas insufladas pelo diabo e seus asseclas, talvez a mais inusitada seja a dos pregadores homicidas. Possivelmente seja uma daquelas hipóteses em que nem o inferno poderia imaginar que o homem chegaria a tal ponto.

            Usar a palavra de DEUS como meio para ganhar dinheiro é condenável, mas humanamente razoável, ou, talvez, justificável. Mas propagar o evangelho para matar? Paulo, quando prisioneiro, conheceu pregadores homicidas e os descreve assim:

Quero ainda, irmãos, cientificar-vos de que as coisas que me aconteceram têm antes, contribuído para o progresso do evangelho; de maneira que as minhas cadeias, em Cristo, se tornaram conhecidas de toda a guarda pretoriana e de todos os demais; e a maioria dos irmãos, estimulados no Senhor por minhas algemas, ousam falar com mais desassombro a palavra de Deus. Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; outros, porém o fazem de boa vontade; estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho; aqueles, contudo, pregam a Cristo, por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias. Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei.

            Paulo estava preso há alguns anos na Galiléia, por acusações desprovidas de fundamento e, num rompante, apela para o tribunal de César, o imperador romano, pois Paulo era romano por nascimento – ius solis.

            Assim, passou a aguardar julgamento que poderia levá-lo à morte. Muitos sabiam disso e começaram a pregar o evangelho; alguns por amor, outros não.

            Ou seja, alguns pregavam para que o processo judicial de Paulo corresse mais rápido, uma vez que os tribunais romanos eram sensíveis às convulsões populares, sobretudo, para preservar a segurança pública, o que ensejaria medidas drásticas.

            Noutras palavras, pregavam para que Paulo morresse mais rápido. Contudo, ele já havia morrido com CRISTO ainda em vida, para ressuscitar com ELE; porque para Paulo o viver era CRISTO e o morrer, lucro. Então, que importa?

            Agora, se morrer é prejuízo, então importa o fato de morrer; e é melhor começar a ouvir a palavra de DEUS, nem que seja pelos pregadores assassinos...   


POR:
BRUNO ANÍBALL, COLUNISTA DO PORTAL BRASIL®


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