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Religião
06 / fevereiro / 2005


NOVAMENTE, A COXA DIREITA DE JACÓ

            Não existe ateu em trincheira; para a humanidade DEUS é o “Álamo” da esperança, a válvula de escape no desespero. Não se precisa dele para apontar caminho que se deve seguir, para designar aonde dever-se-ia estar nos domingos, por exemplo, ou no carnaval.

            A humanidade “sabe” escolher e vive “bem” ao seu modo, especialmente os prósperos financeiramente. Daí igrejas estarem cheias de pessoas pobres; elas precisam mesmo. Os ricos precisarão quando tiverem filhos nas drogas, casamentos arruinados, pais e filhos que não se entendem, depressão existencial, coisas inalcançáveis pelas macias e aconchegantes mãos da riqueza.

            No estudo anterior tratamos do episódio em que Jacó encontrou-se com DEUS, conforme narrado em Gênesis, Capítulo 32, Versículos 22 a 32:

“Levantou-se naquela mesma noite, tomou suas duas mulheres, suas duas servas e seus onze filhos e transpôs o vau de Jaboque. Tomou-os e fê-los passar o ribeiro; fez passar tudo o que lhe pertencia, ficando ele só; e lutava com ele um homem, até ao romper do dia. Vendo este que não podia com ele, tocou-lhe na articulação da coxa; deslocou-se a junta da coxa de Jacó, na luta com o homem. Disse este: Deixa-me ir, pois já rompeu o dia. Respondeu Jacó: Não te deixarei ir se me não abençoares. Perguntou-lhe, pois: Como te chamas? Ele respondeu: Jacó. Então, disse: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste. Tornou Jacó: Dize, rogo-te, como te chamas. Respondeu ele: Por que perguntas pelo meu nome? E o abençoou ali. Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva. Nasceu-lhe o sol, quando ele atravessava Peniel; e manquejava de uma coxa. Por isso, os filhos de Israel não comem, até hoje, o nervo do quadril, na articulação de coxa, porque o homem tocou a articulação da coxa de Jacó no nervo do quadril.” 

            Essa porção das Escrituras configura teofania, a saber, manifestação do próprio DEUS pessoalmente, tendo por pano de fundo desespero de Jacó. Eis a história. O nome Jacó significa enganador, trapaceiro e assim fora Jacó ludibriar Esaú, seu irmão, lhe roubando o direito material e espiritual da primogenitura, que era seríssimo à época; ludibriar seu pai, patriarca Isaque já cego, para que lhe desse benção da primogenitura, passando-se por Esaú, o filho mais velho.

            A tal ponto engambelou que teve de fugir para não ser morto por seu irmão, Esaú, indo morar na terra da parenta de sua mãe, Rebeca, especificamente, na casa do irmão dela, Labão, ao qual também ludibriou e, novamente, teve de fugir.

            Agora, Jacó voltava à terra natal e aguardava possibilidade de ser aniquilado, ele, mulheres e descendentes, pelas mãos de Esaú. Até ali, o DEUS que Jacó ouvira falar não tinha nome específico até então, sendo chamado de DEUS de Abraão e de Isaque, mas não era o dele.

            Por conseguinte, dado desespero de haver passado a vida enganando, da angústia de morte, a qualquer custo, quis encontrar esse DEUS e, para tanto, considerou que primeiramente necessitava ficar sozinho e deixou passar seus filhos, mulheres e bens pelo ribeiro, ficando só. Em após, se cumpriu profecia de DEUS registrada em Jeremias, Capítulo 29, Versículo 13:

“Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.” 

            Aí Jacó, literalmente, se agarrou a DEUS e não o deixava ir, ressaltando não se tratar do DEUS PAI, porque ninguém jamais viu a DEUS, mas do DEUS FILHO. Daí o milagre. Nas palavras de Jacó, ele acabara de ter sido salvo, não de Esaú ainda, mas dele mesmo e, sobretudo, do pecado do qual era cego e fiel escravo, pela própria cobiça e engano do coração. Jacó havia enganado a si mesmo todo aquele tempo; mas, a partir daquele instante, estava salvo.

            O tocar na articulação da coxa direita, espiritualmente, significa tirar de Jacó tudo aquilo no qual se firmara até então. Jacó, pelo resto da sua vida, jamais se estribaria ali novamente. Aos olhos do mundo, um manco; mas empertigado pelo poder de DEUS.

            Finalmente, o outrora DEUS de Abraão e de Isaque, se tornará DEUS de Abraão, de Isaque e de Jacó. No mesmo texto vislumbra-se que DEUS lhe deu sabedoria para quebrantar coração de enfurecido irmão, defluindo episódio do perdão.

            Mas, repita-se, Jacó já estava verdadeiramente salvo, a despeito do que lhe fizesse Esaú, nas palavras de JESUS em Lucas, Capítulo 12, Versículos 4 e 5:

“Digo-vos, pois, amigos meus: não temais os que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem fazer. Eu, porém vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno. Sim, digo-vos, a esse deveis temer.” 

            Há um segredo espiritual ainda não revelado no ensaio anterior sobre a vida de Jacó que será aduzido neste novo estudo: O encher-se de DEUS, nas palavras do apóstolo Paulo, conforme escrito em Efésios, Capítulo 5, Versículo 18: 

“Não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito...” 

            Talvez você venha procurar o DEUS de Abraão, de Isaque e de Jacó, o qual ainda não é o seu DEUS, ainda não tem controle de sua vida, o DEUS cujo ESPÍRITO SANTO, que também é DEUS, ainda não guia o seu ser. Talvez venha procurar pelas mais diversas e multifacetadas necessidades que você e o seu coração conhecem, para livrá-lo da dor ou supri-lo de seus desejos. 

            Conforme maravilhosamente observado pela escritora Rebeca Brown, originalmente no Éden, o homem foi entretecido em cada fibra existencial simplesmente para amar aquele que o criara, assim como era amado desde a criação.

            Mas o pecado, além de separar o homem de DEUS, seu criador, dispersou esse foco de amor para pessoas de outro sexo, ou do mesmo sexo como está na moda, para poder, para riquezas, para deuses de pau, de pedra, para doutrinas cheias da eficácia e do poder de satanás em toda sorte de engano, enfim, qualquer coisa, menos o verdadeiro DEUS que o criou.

            A partir da queda no Éden, o homem se firmou nas próprias pernas, andando no próprio entendimento; inculcando-se por sábios, tornou-se louco. Assim caminha a humanidade, vazia de si mesma e cheia de engano, cheia de “Jacós”.

            Mas, se como Jacó, você quiser descer ao vau de Jaboque, e tem de descer mesmo, se humilhar, porque DEUS, o DEUS todo poderoso, resiste ao soberbo, você pode buscar a experiência de nascer de novo e encher-se de DEUS.

            Permita-me dizer o que pode ocorrer a você; transcorrida esta experiência seus problemas, simbolizados na figura de Esaú, se ainda existirem, pouco ou quase nada lhe incomodarão, porque você estava morto em delitos e em pecados, mas agora vive porque viu DEUS face a face, literalmente falando, viu JESUS.  

            Segundo, à medida que você se encher do ESPÍRITO SANTO DE DEUS, enchendo portando do próprio DEUS, como Davi que foi possuído pelo ESPÍRITO DE DEUS após ser ungido, você passará a querer ainda que não queira. Em verdade, o que restar da sua vontade pouco valerá.

            Aos invés de viver focado desesperadamente no próprio umbigo, ao invés de simplesmente viver para fugir da dor e buscar o prazer, você viverá num novo padrão e será manco para antigos referenciais de vida.   

            Como JESUS que compreensivelmente não queria ser moída naquela carnificina - quem viu o filme do Mel Gibson entenda – a ponto de pedir que se possível lhe fosse afastado aquele cálice, mas queria fazer a vontade do PAI e findou por querer mesmo não querendo.

            É isso o que vai ocorrer a sua vontade, ou o que restar dela; afinal, você estará impregnado com o que vem do alto...  E, manco...             

AO DEUS DE ABRAÃO, DE ISAQUE, DE JACÓ, DE ...  

POR: BRUNO ANÍBALL, COLUNISTA DO PORTAL BRASIL®


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