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Religião
27 / fevereiro / 2005
ALEXANDRE, O GRANDE ?
Francisco Viana, jornalista do Jornal Gazeta Mercantil, escreveu a matéria
“Alexandre, o Comunicador”, publicada em 11 de fevereiro de 2005. Em
breves linhas, o texto realça capacidade desse conquistador em se comunicar,
em modelar imagem de guerreiro invencível; para tanto, Alexandre fez viagens
aparentemente sem sentido.
Visitou Tróia, cidade que há 1000 anos antes presenciara gloriosa vitória
dos gregos e seu ardiloso cavalo de madeira; Alexandre proclamava-se
descendente direto de Aquiles, herói grego nesta batalha; visitou oráculo
profanado pelos persas há 150 antes; diz a lenda que no dia que esteve lá
jorrou uma fonte de água há muito seca.
Esteve também na cidade turca de Górdio para desatar lendário nó que só o
futuro soberano da Ásia poderia fazê-lo; enfim, naquele noite houve violenta
tempestade que foi interpretada como sinal de que os deuses estavam com
Alexandre e, contra Dario; a partir dali foi denominado “Alexandre, o
Grande.”
Alexandre tratava com benevolência soldados; compartilhava com eles agruras e
escassez, submetendo-se às difíceis condições daqueles homens; portava-se
com benevolência com os derrotados, especialmente a mãe e as mulheres de
Dario, não permitindo estupros e humilhações, comuns à época.
Talvez a capacidade de comunicação tenha sido seu maior trunfo, aliada à
sensibilidade estrategista e à tecnologia militar de ponta: torres móveis,
lanças resistentes e, pasme, segundo informações, até mergulhadores para
construções de pontes.
Diz a história que Júlio César chorou ao ler as conquistas de Alexandre
quando não passava de um pós-adolescente de 24 anos; chorou porque tinha
mesma embriológica necessidade de causar impacto no mundo, porque queria
perpetuar seu nome na história com a áurea de grandeza.
A “grandeza” de Alexandre inspira milhares de textos que vêm sendo
escritos sobre ele, num derramar de tinta que se renova, especialmente pela
veiculação do recente de filme de Oliver Stone.
De fato, todo ser humano possui essa fome quase biológica de ser grande, de
causar impacto, de “escrever seu nome na pedra” para que futuras gerações
venham lembrar. Eclesiastes diz que DEUS pôs a eternidade no coração do
homem; Gênesis, que o homem foi feito à imagem e semelhança de DEUS. Daí
esta fome em perpetuar-se e em querer ser grande.
Mas, ao que consta, Alexandre, após vencer Dario, o persa, esteve também em
Jerusalém aonde foi introduzido às profecias do livro do profeta Daniel; ali
teve oportunidade de ler as revelações referentes a ele mesmo e a um reino
que jamais teria fim; em breves linhas, Daniel recebera revelação do sonho
pertubador que Nabucodonosor, o rei
babilônico, tivera.
DEUS mostrara a Daniel tanto sonho quanto significado; era uma estátua composta de partes diferentes, significando cada uma reinos e eras até que uma pedra, cortada sem uso de mãos humanas, a feriu de forma a esmiuçar todos os elementos da estátua. E essa pedra se tornou grande montanha que encheu toda a terra. Eis a interpretação relatada em Daniel, Capítulo 2, Versículos 37 a 47:
“Tu,
ó rei, rei de reis a quem o Deus do céu conferiu o reino, o poder, a força
e a glória, a cujas mãos foram entregues os filhos dos homens, onde quer que
eles habitem, e os animais do campo e as aves do céu, para que dominasse
sobre todos eles, tu és a cabeça de ouro. Depois de ti se levantará outro,
reino inferior ao teu; e um terceiro reino, de bronze, o qual terá domínio
sobre toda a terra. O quarto reino será forte como ferro, pois o ferro a tudo
quebra e esmiúça; como o ferro quebras todas as cousas, assim ele dará em
pedaços e esmiuçará. Quanto ao que vieste dos pés e dos artelhos, em parte
de barro de oleiro em parte de ferro, será esse um reino dividido; contudo
haverá nele alguma cousa de firmeza do ferro, pois que viste o ferro
misturado com barro de lodo. Como os artelhos eram em parte de ferro e em
parte de barro, assim, por uma parte, o reino será forte e, por outra, será
frágil. Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo,
misturar-se-ão mediante casamento, mas não se ligarão um ao outro, assim
como o ferro não se mistura com o barro. Mas, nos dias destes reis, o Deus do
céu suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino passará
a outro povo; esmiuçara e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo
subsistirá para sempre, como viste que do monte foi cortada uma pedra, sem
auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o
ouro. O Grande Deus fez saber ao rei o que há de ser futuramente. Certo é o
sonho, e fiel, a sua interpretação. Então, o rei Nabucodonosor se inclinou,
e se prostou rosto em terra perante Daniel, e ordenou que lhe fizessem oferta
de manjares e suaves perfumes. Disse o rei a Daniel: Certamente, o vosso Deus
é o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador de mistérios, pois
pudeste revelar este mistério.”
A pedra na profecia de Daniel, cujo reino de Alexandre é apenas parte da visão,
é JESUS. Dos vários textos no novo testamento e no velho testamento
citaremos apenas uma passagem do próprio JESUS, ao firmar-se no Salmo 118,
Versículos 22 e 23 como autoridade sobre seu povo (Mateus, Capítulo 21, Versículos
42 a 44):
“Perguntou-lhes
Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram,
essa veio a ser a principal pedra angular; isto procede do Senhor e é
maravilhoso aos nossos olhos? Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será
tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos. Todo
o que cair sobre esta pedra ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair
ficará reduzido a pó.”
Conquanto engrandecera seu nome na terra, tanto quanto sucedeu a Adão, o
primeiro homem, por determinação de DEUS, Alexandre simplesmente voltou ao pó;
foi homem e viveu para preencher algo vazio que havia dentro dele. Em outro
extremo, se Alexandre se encheu, as Escrituras relatam alguém que possuía
tudo e se esvaziou, conforme Filipenses, Capítulo 2, Versículos 5
11:
“Tende
em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele,
substituindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a
Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se
em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se
humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também
Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome,
para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo
da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória
de Deus Pai.”
O maior sinal de grandeza que a humanidade presenciou não foi o enchimento de quem, em verdade, era vazio; mas, o esvaziar-se de quem era cheio, e cheio em plenitude. Não foi o expandir; mas, o suportar. Não foi o receber; mas, o dar. Não foi o humilhar; mas, o ser humilhado.
Infelizmente, a grandeza de DEUS é incompreensível à pequena capacidade de percepção dos homens, que podem até compreender razões de Alexandre e chorar por elas, como Júlio César; mas não conseguem penetrar a grandiosidade das convulsões internas que impulsionaram JESUS; talvez só os nascidos de novo, não pela carne, mas pelo poder do ESPÍRITO SANTO, consigam.
A GRANDEZA DO ALTO!
POR: BRUNO ANÍBALL, COLUNISTA DO PORTAL BRASIL®
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