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DUAS VAQUINHAS E CINCO PRÍNCIPES FILISTEUS

            Este texto aborda dois fatores com respectivos significados e conseqüências eternas: a arca da a Aliança e o monte Sinai. Entre estes, a figura de duas vacas e cinco príncipes filisteus simbolizando, espiritualmente, duas nações opostas: os salvos e os condenados.

            A arca da Aliança não simbolizava presença de DEUS; nela estava presença de DEUS. Quem assistiu “Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida” tem noção de que milhares de pessoas morreram por causa dela. A maioria não tinha intenção de desrespeitá-la.

            Quando o rei Davi a levava para Jerusalém o carro de bois, em que estava, tropeçou e o jovem Uza estendeu a mão para não deixá-la cair, morrendo ao tocá-la, pelo que se chamou aquele lugar Perez-Uza.

            O drama da presença de DEUS não é sua bondade que ultrapassa todo o entendimento: é a santidade. O resultado do encontro da luz com as trevas é o mesmo do encontro da presença de DEUS – que é luz e nele não treva alguma - com a escuridão dos homens pelo pecado, dos quais são escravos servindo, ainda que inconscientemente, o príncipe das trevas. Noutros dizeres, a santidade arrebenta as trevas e a carne onde elas habitam. Daí ninguém ter acesso ao PAI senão pelo sangue de JESUS.

            Já o monte Sião, quem assistiu a série “Matrix” pode ter noção do significado. Neste filme Sião era cidade refúgio da humanidade, sinônimo de liberdade e de resistência à escravidão pelas máquinas. Lugar em que todos os homens desejavam congregar, cuja defesa valia martírio pela entrega da própria vida.

            A essência desse conceito foi retirada das Escrituras Sagradas. O monte Sião é a parte mais alta da cidade de Jerusalém, cidade que prefigura Jerusalém espiritual descrita em Apocalipse, cidade que os salvos habitarão pela eternidade com DEUS.

            Reside no conceito de Sião desejo dos salvos, dos filhos espirituais de Abraão, dos nascidos de novo e libertos do pecado, dos transformados imagem e semelhança de JESUS, enfim, reside em Sião desejo dos salvos de estarem juntos, congregados no caminho à Jerusalém espiritual. Todos os salvos sentem impulso da comunhão com outros santos, futuros moradores da Jerusalém espiritual.

            Agora vem a figura das duas vacas e dos cinco príncipes filisteus para finalizar esta trama. Eis o contexto: Israel foi entregue por DEUS nas mãos dos arqui-inimigos filisteus que os tripudiaram, no período histórico antecedente à dinastia dos reis de Israel, época conhecida como tempo dos juízes.

            Tais fatos marcam passagem da autoridade espiritual do sacerdote Eli, defenestrado por DEUS, para o futuro profeta Samuel. Os filisteus subjugaram pela força a nação israelita numa espetacular vitória militar e, assim, levaram a arca da Aliança como despojo, depositando-a no templo de Dagom, seu deus.

            Em breves linhas, pela manhã a imagem de Dagom estava despedaçada diante da arca da Aliança, principiando série de pragas como as descritas no filme do personagem Indiana Jones. Então, os cinco príncipes filisteus, que representavam as principais cidades daquela nação, temeram sobremodo o DEUS DE ISRAEL.

            Especialmente, porque sabiam como ELE, sobrenaturalmente, exercera feroz juízo sobre o Egito e sobre seus deuses, que na verdade eram principados e potestades demoníacas dominando espiritualmente o Egito – os quais subsistem exercendo hoje, atuando em alguma parte do mundo, capitaneados sempre pelo príncipe das trevas. Sabiam da história do DEUS conhecido pelo nome EU SOU O QUE SOU que reduziu a ruínas o maior império então conhecido, por amor a uma nação de escravos.

            Assim, gemiam pelo peso da mão do SENHOR contra eles e contra deus deles. Daí impressionante epopéia das vaquinhas do texto a seguir, narrado em I Samuel, Capítulo 6, Versículos 1 a 18, as quais foram escolhidas pelos próprios filisteus para averiguação de uma realidade espiritual desconhecida por eles, as quais foram usadas por DEUS para demonstrar quem ELE é e o que ELE deseja dos filisteus, dos judeus e de nós:

“Sete meses esteve a arca do Senhor na terra dos filisteus. Estes chamaram os sacerdotes e os adivinhadores e lhe disseram: Que faremos da arca do Senhor? Fazei-nos saber como a devolveremos para o seu lugar. Responderam eles: Quando enviardes a arca do Deus de Israel, não a envieis vazia, porém enviá-la-eis a seu Deus com uma oferta pela culpa; então, sereis curados e sabereis por que a sua mão se não tira de vós. Então, disseram: Qual será a oferta pela culpa que lhe havemos de apresentar? Responderam: Segundo o número dos príncipes dos filisteus, cinco tumores de ouro e cinco ratos de ouro, porquanto a praga é uma e a mesma sobre todos vós e sobre todos os vossos príncipes. Fazei umas imitações dos vossos tumores e dos vossos ratos, que andam destruindo a terra, e dai glória ao Deus de Israel; porventura, aliviará a sua mão de cima de vós, e do vosso deus, e da vossa terra. Por que, pois, endurecereis o coração, como os egípcios e Faraó endureceram o coração? Porventura, depois de os haverem tratado tão mal, não os deixaram ir, e eles não se foram? Agora, pois, fazei um carro novo, tomai duas vacas com crias, sobre as quais não se pôs ainda jugo, e atai-as ao carro; seus bezerros, levá-los-eis para casa. Então, tomai a arca do Senhor, e ponde a sobre o carro, e metei num cofre, ao seu lado, as figuras de ouro que lhe haveis de entregar como oferta pela culpa; e deixai-a ir. Reparai: se subir pelo caminho rumo do seu território a Bete-Semes, foi ele que nos fez este grande mal; e, se não, saberemos que não foi a sua mão que nos feriu; foi casual o que nos sucedeu. Assim fizeram aqueles homens, e tomaram duas vacas com crias, e as ataram ao carro, e os seus bezerros encerram em casa. Puseram a arca do Senhor sobre o carro, como também o cofre com os ratos de ouro e com as imitações dos tumores. As vacas se encaminharam diretamente para Bete-Semes e, andando e berrando, seguiam sempre por esse mesmo caminho, sem se desviarem nem para a direita nem para a esquerda; os príncipes dos filisteus foram atrás delas, até ao território de Bete-Semes. Andavam os de Bete-Semes fazendo a sega do trigo no vale e, levantando os olhos, viram a arca; e, vendo-a, se alegraram. O carro veio ao campo de Josué, o bete-semita, e parou ali, onde havia uma grande pedra; fenderam a madeira do carro e ofereceram as vacas ao Senhor, em holocausto. Os levitas desceram a arca do Senhor, como também o cofre que estava junto a ela, em que estavam as obras de ouro, e os puseram sobre a grande pedra. No mesmo dia, os homens de Bete-Semes ofereceram holocaustos e imolaram sacrifícios ao Senhor. Viram aquilo os cinco príncipes dos filisteus e voltaram para Ecrom no mesmo dia. São estes, pois, os tumores de ouro que enviaram os filisteus ao Senhor como oferta pela culpa: por Asdode, um; por Gaza, outro; por Asquelom outro; por Gate, outro; por Ecrom, outro; como também os ratos de ouro, segundo o número de todas as cidades dos filisteus, pertencentes aos cinco príncipes, desde as cidades fortes até às aldeias campestres. A grande pedra, sobre a qual puseram a arca do Senhor, está até ao dia de hoje no campo de Josué, o bete-semita.” 

            Primeiro, os sacerdotes e magos filisteus desconheciam essência do DEUS DE ISRAEL, conquanto ressoasse na memória deles seus poderosos feitos; segundo, por ilação, deduziram espiritualmente o que deveria ser feito. Se fosse DEUS de fato temível, não se poderia devolver a arca sem oferta. Terceiro, a maldição poderia ser casual, desprovida do nexo causa-efeito; aí surgem as vaquinhas com crias e que jamais tinham sido submetidos a jugo.

            Encerraram as crias em casa, colocaram a arca no carro de boi atado às vacas e, em seguida, adveio o sobrenatural. Deixadas por si mesmas, era para as vacas dirigirem-se em busca das crias, impulsionadas por uma das maiores forças conhecidas: o instinto materno.

            Contudo, a PRESENÇA DO SENHOR ESTAVA NO CARRO DE BOIS, a tal ponto que inverteu a lei da natureza, impelindo-as, sem desviar para a direita nem para esquerda e berrando, enfim, diretamente à região de Bete-Semes, lugar que precedia o monte Sião, a ser seria conquistado anos depois pelo rei Davi.   

            Pararam sobre uma PEDRA que permanece até o dia de hoje. Em vários textos disponibilizados no Portal Brasil pode-se inferir que a PEDRA é um dos nomes é um dos símbolos espirituais de JESUS.

            Se você quer ser salvo da condenação deste mundo, absorva isto: você sempre será impulsionado pela força que domina você. A PRESENÇA DE DEUS sobrepuja os instintos, levando os filhos espirituais de Abraão, os salvos, levantado-os a se congregarem, sem desvio nem para direita nem para esquerda, até que alcancem a Sião eterna, partindo da congregação dos santos, localizada em Bete-Semes.

            Se você quer adentrar nos portais eternos, morada do ALTÍSSIMO, guarde também isto: assim como JESUS foi sacrificado e subiu à destra do DEUS PAI, aquelas vacas prefiguraram a imolação de JESUS; foram queimadas e o aroma agradável subiu à presença de DEUS. Assim, quando os nascidos de novo pelo poder do ESPÍRITO SANTO, queimam a própria carne sobre a PEDRA – que é JESUS – sobem espiritualmente como fumaça de aroma agradável à presença do SENHOR; e lá passarão a eternidade.... Romanos , Capítulo 12, Versículos 1 e 2:

“Rogo-vos, pois irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”  

            Você pode ler tudo isso, endurecer o coração e voltar a Ecrom no mesmo dia, para adorar o deus que governa sua vida, talvez o seu ego. A escolha é sempre sua.  Isaías, Capítulo 1, Versículos 2 e 3:

“Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, ó terra, porque o Senhor é quem fala: Criei filhos e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim. O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.”    

ATÉ SIÃO! DEUS TE ABENÇOE!

POR: BRUNO ANÍBALL, COLUNISTA DO PORTAL BRASIL®

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