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Religião
31 / julho / 2005


PARA SUA CABEÇA NÃO ROLAR 

            Alexandre, o Grande; Davi, o maior rei da história de Israel; Sansão, o mais forte; Salomão, o mais sábio. Quem foi o maior de todos os profetas, de todos os homens descritos nas Escrituras Sagradas? A resposta foi dada por JESUS em Mateus, Capítulo 11, Versículo 11:

“Em verdade vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista...” 

            João não fez nenhum milagre, não libertou nenhum povo de eventuais opressores, nada deixou escrito; vivia como eremita no deserto, vestindo pele de camelos e comendo gafanhotos e mel silvestre. Foi desprovido em absoluto de apego material. 

            Contudo, milhares de judeus, dos mais humildes ao alto clero, afluíam a João Batista no deserto, enfrentando sol escaldante, sede, poeira, expondo-se á fadiga, tudo para serem espinafrados pelo mais duro discurso espiritual que se poderia ouvir. João vociferava os pecados do povo; era um iconoclasta; um demolidor espiritual da maldade nacional, sempre direto e seco.

            Nada de eventual sensibilidade ou tato no falar; nada disso. Se fosse para criar algum paralelo com a natureza, João seria um trovão. “Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura?”, eis a frase temática desse homem, seguida de exortação ao arrependimento, mas que gerasse frutos de justiça!

            O primeiro encontro de João com JESUS ocorreu quando ambos, diga-se, primos, estavam nos respectivos ventres de suas mães: Isabel e Maria (Lucas, Capítulo 1, Versículo 39 a 44):

“Naqueles dias, dispondo-se Maria, foi se apressadamente à região montanhosa, a uma acidade de Judá, entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Ouvindo esta a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre; então, Isabel ficou possuída do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre. E de onde me procede que me venha visitar a mãe do meu Senhor? Pois, logo que me chegou aos ouvidos a voz da tua saudação, a criança estremeceu de alegria dentro de mim.” 

            João alegrou-se por causa de JESUS ainda no ventre de sua mãe e, como o MESSIAS, teve privilégio de ter ministério predito pelo profeta Isaías, no Capítulo 40, Versículo 3:

“Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.” 

            Também pelo profeta Malaquias, no Capítulo 3, Versículo 1 e no Capítulo 4, Versículo 5:

“Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim;” 

“Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.” 

            João Batista, cheio do ESPÍRITO SANTO desde o ventre materno, teve sensibilidade do alto para reconhecer JESUS, seu primo, como CORDEIRO DE DEUS que tira o pecado do mundo.  

            Enquanto JESUS pregava pregos na madeira, serrava, visitava casas para tirar medidas de móveis por encomenda, tudo como carpinteiro, e isso praticamente até os trinta anos, João era a voz que pregava no deserto, ao passo que JESUS, apenas o carpinteiro. 

            Até que aos trinta anos JESUS procura João para ser batizado no deserto por ele. João perturba-se, pois sabia da origem de JESUS desde o ventre materno e, assim, dedicara-se integralmente no mister de anunciar a vinda do MESSIAS ao mundo. De fato, era demais para João que JESUS fosse batizado por ele – Mateus, Capítulo 3, Versículos 13 a 15:

“Por esse tempo, dirigiu-se Jesus da Galiléia para o Jordão, a fim de que João o batizasse. Ele, porém, o dissuadia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim? Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convêm cumprir toda a justiça. Então ele o admitiu.” 

            Um homem cujo nascimento estava previsto nas Escrituras, cujo nome é maior do que a de todos os profetas anteriores a ele, que desprezou os regalos do mundo, cujo teto era o céu azul, que sabia precisamente sua missão e reconheceu a salvação de DEUS – JESUS – sem que ninguém lhe testemunhar nada, porque o ESPÍRITO SANTO testificava nele, enfim, presume-se que tal homem fosse blindado dos desesperos da vida, correto? Não! 

            Ocorre que havendo o TODO-PODEROSO FILHO DE DEUS – JESUS – assumido o bastão da história, logo foi João lançado ao cárcere por Herodes, o rei de Jerusalém à época. O tempo passou e João permanecia preso. Perceba o sentimento que habitava alma de João ao fazer esta pergunta – Mateus, Capítulo 11, Versículos 2 a 6:

“Quando João ouviu, no cárcere, falar das obras de Cristo, mandou por seus discípulos perguntar-lhe: és tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço.” 

            O ministério de JESUS era arrebatador. A vida descera à Terra na forma de um ser humano; as enfermidades e a morte fugiam diante dele: JESUS. Só que João continuava encarcerado e, premido pelas convulsões internas, duvidou do que jamais duvidara, do objeto do propósito de sua vida, a saber, de que JESUS era o que era e sempre será: DEUS. 

            Os cegos vêem, os surdos ouvem, os coxos andam, os mortos ressuscitam, os leprosos são purificados e João continua preso até ser decapitado numa das festas de Herodes. Este o ouvia de bom grado, mesmo quando lhe dizia ser impróprio possuir a mulher de seu irmão.

            Daí, a filha desta adúltera dançou e agradou a corte do rei que lhe ofereceu até metade do reino se o pedisse. Insuflada pela mãe, a menina demandou a cabeça de João. A voz que clamava no deserto clamou no cárcere convidando ao arrependimento e foi morto por isso. O arauto do CORDEIRO findou-se sacrificado.

            João não foi simplesmente morte; ele sabia de onde viera, para aonde iria, quem era seu SENHOR e qual era sua missão. João a cumprira cabalmente e nenhum propósito mais para sua permanência na face da Terra existia. A morte foi o meio para levá-lo à casa do PAI, a retirada de campo do jogador que deu muita alegria ao TREINADOR.

            Se você pertence ao SENHOR de todo o coração, ainda assim é possível que os sentimentos contingenciais lhe turbem o coração, fazendo questionar o que lhe era inquestionável. Você perguntará a ele – JESUS – porque está em algum cárcere e talvez ele lhe diga: os cegos vêem...  Pois o que importa é que sua vida tenha contribuído para o estabelecimento do reino do MESSIAS.

            Se você ainda está vivo, de duas uma: ou sua missão ainda não acabou, ou DEUS está lhe dando tempo para arrepender-se deu seus pecados, para ouvir a voz do que clama no deserto, deixando de lado a dureza de coração.

            Neste caso, você é escravo do pecado, o qual torna todos os seus subjugados iguais. É o ESPÍRITO DE DEUS que extrai a verdadeira essência para qual você criado, assim como o sal realça o sabor de determinado alimento. 

            Então, o tempo que lhe foi dado de vida não foi para terminar sua missão... Foi para você ter a chance de começá-la... Mas antes, vem o arrependimento... 


POR: BRUNO ANÍBALL, COLUNISTA DO PORTAL BRASIL®


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