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Religião
05 / junho / 2005


SANSÃO, A SENSUALIDADE, O MOSTO E O VINHO – PARTE II
A PEDRA, A VARA E A QUEIXADA DE JUMENTO


          Conforme ensaio veiculado no último sábado, dia 21 de maio de 2005, Hollywood produziu clássico "Sansão e Dalila", a história do homem com força sobre-humana que foi subjugada por uma filistéia: Dalila, cuja nação – Israel - também foi subjugada pelo filisteus por quarenta anos. A título de esclarecimento, o texto principal chama-se "Sansão, a Sensualidade, o Vinho e o Mosto"; a presente parte II deste estudo é denominada: "A Pedra, a Vara e a Queixada de Jumento".

         Moisés com uma vara quebrou a cerviz do maior império jamais conhecido até então: o Egito; o DEUS TODO PODEROSO desnudou seu braço para arrancar os filhos de Abraão de seus exatores e, agora, no tempo de Sansão, haviam sido subjugados novamente pelo pecado. Os filisteus foram apenas o instrumento do castigo pelo pecado.

         DEUS criou o homem livre; o diabo o induziu a se tornar escravo de si mesmo; DEUS se revelou a uma nação – Israel - para trazê-la à libertação; o diabo a induzira pela idolatria à escravidão. Esse pequeno paralelo resume o desfecho de Sansão, homem que, conquanto levantado sobrenaturalmente como libertador, foi escravizado pelo diabo por causa do pecado, o qual usou a beleza de Dalila.

            Conforme inferido no ensaio anterior, quando Israel clamou por libertação, o ANJO DO SENHOR, cujo nome é MARAVILHOSO, que se há MARAVILHOSAMENTE, enfim, o próprio JESUS, tal qual profeticamente demonstrado na parte I deste ensaio, aparece à esposa de Manoá e, posteriormente, a esse mesmo Manoá e lhes prediz o nascimento do menino, a educação que este deveria receber e, enfim, o propósito de DEUS na vida do menino que seria Sansão.

            Sob a égide de Moisés, antes da libertação a nação israelita teve de sacrificar e comer um cordeiro sem defeito, para soltar a âncora do porto da escravidão e singrar, pelo poder DEUS, num deserto de areia em busca da terra prometida. Se a família fosse pequena e não pudesse comê-lo por inteiro, tinha de convidar outra família para degluti-lo in totum, porque aquele cordeiro simbolizava JESUS.

            Assim como JESUS foi o derradeiro prenúncio da libertação no Egito, novamente a manifestação de JESUS àquela pequena família, cuja mulher era estéril, foi prenúncio de nova libertação.

            Não se pode deixar de mencionar a escolha de uma mulher estéril para ser mãe de Sansão, assim como Sara, também estéril, foi mãe de Isaque, o filho que profeticamente prefigura JESUS, o filho que simboliza cumprimento da aliança de DEUS para gerar a nação dos libertos do pecado pelo poder de DEUS. Como a estéril Ana que chorava humilhada no tabernáculo por não ter filhos; e o ALTÍSSIMO teceu em seu ventre, trazendo à existência o profeta Samuel.

         Há uma nota diferencial na vida de Sansão. Muitos homens de DEUS, pela fé, lideravam exércitos, fizeram descer fogo do céu, dividiram o mar em dois, mataram leões e ursos com as mãos; alguns foram trasladados ao céu sem conhecer a morte, a saber, Elias e Enoque. Todos ou foram possuídos pelo ESPÍRITO SANTO DE DEUS, ou tiveram o ESPÍRITO SANTO DE DEUS habitando neles, de acordo com a antiga aliança ou com a nova aliança. Sansão foi feito exército de um homem só pelo poder de DEUS; não liderou ninguém em batalha. Eis a multiforme sabedoria de DEUS que ultrapassa todo o conhecimento humano, bem assim, seus insondáveis juízos.

          Fato é que Sansão contraiu malfadado casamento com uma filistéia – que não era Dalila ainda. Esta esposa engana Sansão em desfavor de seus inimigos e termina sendo dada por mulher ao companheiro de honra de Sansão, apesar de ser esposa de Sansão. Sobremodo irado, este tomou trezentos fachos, os ascendeu e os amarrou no rabo de trezentas raposas e, em após, as soltou no campo de trigo dos filisteus, de sorte que foi totalmente destruído. Anos atrás, outro juiz – Gideão - também com número de trezentos homens libertou Israel do poderio midianita, cujo exército enchia a terra como pó.

         Assim, na história de Sansão, por represália, fez-se ofensiva dos filisteus – Juízes, Capítulo 15, Versículos 9 a 13:

"Então, os filisteus subiram e acamparam se contra Judá, e estenderam se por Leí. Perguntaram-lhes os homens de Judá: Por que subistes contra nós? Responderam: Subimos para amarrar Sansão, para lhe fazer a ele como ele nos fez a nós. Então, três mil homens de Judá desceram até à fenda da rocha de Etã e disseram a Sansão: Não sabias tu que os filisteus dominam sobre nós? Por que, pois, nos fizeste isto? Ele lhes respondeu: Assim como fizeram a mim, eu lhes fiz a eles. Descemos, replicaram eles, para te amarrar, para te entregar nas mãos dos filisteus. Sansão lhes disse: Jurai-me que vós mesmos não me acometereis. Eles lhe disseram: Não, mas somente te amarraremos e te entregaremos nas suas mãos; porém de maneira nenhuma te mataremos. E amarram-no com duas cordas novas e fizeram no subir da rocha."

          Os judeus estavam subjugados nas mãos dos filisteus há vinte anos, até aquele momento. A tribo de Judá com três mil homens recuou diante do exército filisteu com mil homens; adotando postura de entregar o irmão deles – Sansão – , filho de Manoá, homem da tribo de Dã. Então o DEUS ALTÍSSIMO apresentou à história da humanidade o exército de um homem só – Juizes, Capítulo 15, Versículos 14 a 19:

"Chegando ele a Leí, os filisteus lhe saíram ao encontro, jubilando; porém o Espírito do Senhor de tal maneira se apossou dele, que as cordas que tinha nos braços se tornaram como fios de linho queimados, e as suas amarraduras se desfizeram das suas mãos. Achou uma queixada de jumento, ainda fresca, à mão, e tomou-a, e feriu com ela mil homens. E disse: Com uma queixada de jumento um montão, outro montão; com uma queixada de jumento feri mil homens. Tendo ele acabado de falar, lançou da sua mão a queixada. Chamou-se aquele lugar: Ramate-Leí. Sentindo grande sede, clamou ao Senhor e disse: Por intermédio do teu servo deste esta grande salvação; morrerei eu, agora, de sede e cairei nas mãos destes incircuncisos? Então, o Senhor fendeu a cavidade que estava em Lei, e dela saiu água; tendo Sansão bebido, recobrou alento e reviveu; daí chamar-se aquele lugar En-Hacoré até o dia de hoje."

          Davi, ainda adolescente, matou o gigante Golias de quase quatro metros de altura - guerreiro feroz e experiente - com uma funda e uma pedra que apanhara do riacho momentos antes da batalha; o velho Moisés, octogenário – 80 anos - , com uma vara, subjugou império que hoje equivale aos Estados Unidos da América; um menino, um velho e agora um moço – Sansão - com uma queixada de jumento contra espadas, escudos, machados, bolas de ferro ligadas por correntes e outras armas, por tratar-se de um exército.

            Em seu curto brado, Sansão, estupefato, menciona duas vezes o instrumento que DEUS usou para subjugar o inimigo: queixada de jumento ainda fresca. Ao menino Davi e sua pedrinha, o SENHOR entregou o gigante; ao moço Sansão e sua queixada de jumento fresca, um exército; ao octogenário Moisés e sua vara, um império; todos no propósito de DEUS em libertar seu povo, os filhos espirituais de Abraão.

            DEUS humilha os grandes usando coisas desprezíveis: a pedra, a queixada de jumento e a vara. Quando DEUS não faz mulheres estéreis darem à luz homens destinados a manifestar poder de DEUS no transcurso da história, tira das águas um menino como Moisés ou, detrás da malhada uma criança para dela fazer rei, como Davi.

            O homem exalta os moços em detrimento dos velhos. DEUS, por sua vez, até nisso faz questão de inverter a ordem, dando a honra ao octogenário Moisés de subjugar o maior império jamais conhecido até então: o Egito. O apóstolo Paulo percebeu esta profundidade na personalidade de DEUS – I Coríntios, Capítulo 1, Versículos 20 a 29:

"Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação, visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são, a fim de que ninguém se vanglorie na presença de :Deus."

          Enfim, amado leitor, em nada importa sua idade, sua força, o poderio do exército inimigo contra você, ou se você só tem uma pedra, uma vara ou uma queixada de jumenta fresca, o que importa é saber se você é nascido de novo pelo poder de DEUS, portanto, se é livre da escravidão do pecado e, sobretudo, se o ESPÍRITO DE DEUS habita em você... O resto... é azar de quem estiver na frente...

          Até a Parte III deste ensaio que é última!

          DEUS te abençoe!


POR:
BRUNO ANÍBALL, COLUNISTA DO PORTAL BRASIL®


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