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Religião
15 / maio / 2005


O DESABAFO, CAROL WOJTYLA, A MORTE E VOCÊ!

            Milhões de fiéis rezaram pela recuperação do sumo pontífice católico, o então papa João Paulo II; milhares se comprimiram na praça São Pedro no Vaticano para cerimônia de sepultamento.

            Antes de analisar o feito, sei que o Brasil é o maior país católico e, que herdamos dos portugueses esta expressão: “Nasci católico, vou morrer católico”. Conheço peso do catolicismo no mundo. A despeito disso, quero analisar o encontro do homem com a morte; aquela linha em que o exteriótipo nada representa; lugar onde a convicção interna é o que importa. 

            Há algo que os católicos deveriam se ater. Wotjtyla portou-se durante vinte e seis anos como estandarte e defensor do bastião dogmático católico e, diante da morte, no lapso que antecede a atravessia daquela linha, deparou-se com teste final: a hora da morte. 

            Momento em que a convicção interna da salvação pela eternidade vale mais que símbolos, religião, pompa, circunstância e, sobretudo, dogmas humanos que, sendo humanos, são tão corrompidos quanto à natureza pecaminosa do homem. 

            Fui surpreendido pelo desabafo veiculada na mídia de que Wojtyla estava com medo de morrer. A considerá-lo ser humano, seria compreensível o temor de enfrentar a morte como maior inimigo humano, afinal, vivemos como se nunca fôssemos morrer. De fato, DEUS colocou a eternidade no coração do homem, como afirma Eclesiastes. 

            Noutro giro, existem pessoas que não têm medo de morrer, o que reputo mais à ignorância do que à nobreza, pois se soubessem aonde iriam passar toda a eternidade, deveriam ter, não pouco, mas muito medo, melhor, desespero de choro e de ranger de dentes.

            Mas, certo que Wojtyla sentava-se no trono de Pedro, estando revestido da infalibilidade papal, sendo para os católicos a “voz” de DEUS na terra, com todo o respeito, causa estranheza à espécie que estivesse desabafando assim, uma vez que estaria se encontrando com aquele com quem, em tese, teria a maior intimidade com ele, maior do que qualquer outro ser humano na face da terra. 

            Se você é católico, deve considerar que um dia passará pela mesma linha que Wojtyla atravessou e, ali, talvez não estejam bispos, papas e padres que dizem não existir pecado da idolatria às imagens, nem na adoração ou veneração aos seres humanos, nem consulta a mortos como intermediadores, mesmo que santos, coisas expressamente condenadas em todas as Escrituras Sagradas, de Gênesis a Apocalipse, e que levam à condenação ao inferno por toda a eternidade. 

            Você também estará lá e talvez o lema “nasci católico, vou morrer católico” ou “católico graças a DEUS” nenhum sentido fará a você. Certamente você preferiria trocar tudo isso pela certeza cabal, absoluta e completa da salvação, estando livre, portanto, da idolatria e de todos as abominações que fazem povoar o inferno desde a fundamentação do mundo. Nesse momento, o que interessará é a verdade; aquilo que DEUS realmente disse, sem distorções idólatras e pecaminosas do homem. 

            Nas Escrituras, a morte dos homens de DEUS é singular pela naturalidade do feito. Arão, o sacerdote, por ordem expressa de DEUS, subiu ao monte Hor para morrer ali, conforme lhe dissera o SENHOR. Moisés também recebeu ordem de DEUS para morrer no cume Pisga do monte Nebo. Tais predeterminações de DEUS foram cumpridas tão naturalmente quanto qualquer outra ordem DELE, sem desespero e sem pânico. 

            E por que tanta normalidade? A resposta é simples: eles sabiam com quem lidavam e, para aonde iam. O homem desprovido dessa certeza amarga o desespero. Paulo, o apóstolo, assim testifica em Romanos, Capítulo 8, Versículos 14 a 16:

"Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos : Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.” 

            Filipenses é uma pequena carta escrita por Paulo, na prisão, enquanto aguardava a morte. Veja como ele descreve a possibilidade de morrer, nos termos do Capítulo 1, Versículos 21 a 23:

“Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.” 

            Perceba naturalidade como o apóstolo Pedro - a quem se reputa ser o criador do trono assentado no Vaticano -  recebe aviso de JESUS de que ele iria morrer, conforme registrado na epistola de II Pedro, Capítulo 1, Versículos 13 a 15:

“Também considero justo, enquanto estou neste tabernáculo, despertar-vos com essas lembranças, certo de que estou prestes a deixar o meu tabernáculo, como efetivamente nosso Senhor Jesus Cristo me revelou. Mas, de minha parte, esforçar-me-ei, diligentemente, por fazer eu, a todo tempo, mesmo depois da minha partida, conserveis lembrança de tudo.”

            Sobretudo, o desabafo do então papa pode revelar algo ainda mais grave: a falta de experiência do perfeito amor que vem de DEUS e, pior, a falta da salvação. Todos esses homens citados acima, dois do Velho Testamento – Arão e Moisés – e dois do Novo Testamento – Paulo e Pedro - , foram pinçados das Escrituras, dentro de uma nuvem de inúmeras outras testemunhas que, em nome da brevidade, deixaram de ser citados. Todos experimentaram paz na morte por um único motivo, revelado pelo apóstolo João em I João, Capítulo 1,Versículos 16 18: 

“E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus; e Deus, nele. Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo. No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor.” 

            Enfim, aonde há pecado e conivência com a idolatria dentre outras abominações, falta paz que vem pelo perfeito amor de DEUS, o qual lança fora todo o medo, e, sobretudo, inexiste salvação. Desejo, profundamente, que  Wojtyla tenha sido salvo e, que você seja salvo, não por dogmas humanos, que são imprestáveis, mas pela palavra da verdade, conforme JESUS disse (João, Capítulo 8, Versículo 32):

“... e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” 

            Inclusive do medo da morte... Mas lembre-se de que um dia você estará sozinha naquela mesma linha. Se a morte para você é prejuízo, isso é um péssimo sinal...  


POR:
BRUNO ANÍBALL, COLUNISTA DO PORTAL BRASIL®


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