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Religião
13 / março / 2005


O PRISIONEIRO DA ALEGRIA

            Pense num homem preso, literalmente no corredor da morte; que experimentou nudez, frio, fome; náufrago três vezes, tendo passado uma noite e um dia na voragem do mar; persona non grata em seu país, vilipendiado fora dele; apedrejado uma vez; que experimentou perigos de salteadores, de rios, do deserto; açoitado cinco vezes na famosa seqüência de uma quarentena de açoites menos uma; traído por falsos amigos e falsos irmãos.

            Você conhece alguém assim? Imagine as cicatrizes emocionais que vergastariam seu perfil psicológico? Seria ele feliz? Claro que não. Agora leia algumas passagens extraídas da pequena carta aos Felipenses, livro pequeno, de apenas quatro capítulos: 

"Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós, fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas orações...”

“Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdia, completai a minha alegria...”

“Entretanto, mesmo que seja eu oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, alegro-me...”

“Quanto ao mais, irmãos meus, alegrai-vos no Senhor...”

“Portanto, meus irmãos, amados e mui saudosos, minha alegria ...”

Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.”

Alegrei-me, sobremaneira, no Senhor...” 

            A carta que mais fala de alegria no novo testamento foi escrita por um prisioneiro, Paulo, já no corredor da morte; prisão que tantas vezes vivenciara, a exemplo do cárcere vivido na companhia de seu amigo Silas, conforme narrado em Atos, Capítulo 16, Versículos 23 a 34:

“E, depois de lhes darem muitos açoites, os lançaram no cárcere, ordenando ao carcereiro que os guardasse com toda a segurança. Este, recebendo tal ordem levou-os para o cárcere interior e lhes prendeu os pés no tronco. Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam. De repente, sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos. O carcereiro despertou do sono e, vendo abertas as portas do cárcere, puxando da espada, ia suicidar-se, supondo que os presos tivessem fugido. Mas Paulo bradou em alta voz: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos! Então, o carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou precipitadamente e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas. Depois, trazendo-os para fora, disse: Senhores, que devo fazer para que seja salvo? Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa. E lhe pregaram a palavra de Deus e a todos os de sua casa. Naquela mesma hora da noite, cuidando deles, lavou-lhes os vergões dos açoites. A seguir, foi ele batizado, e todos os seus. Então, levando-os para a sua própria casa, lhes pôs a mesa e, com todos os seus, manifestava alegria, por terem crido em Deus.” 

            Dois prisioneiros, cujas costas ardiam pelos vergões das chibatadas, orando e cantando de alegria, em alto e bom som, a meia-noite, ápice da escuridão física e emocional. Então, o sobrenatural: um tremor na cadeia assombra todos os prisioneiros, a ponto de ficarem estagnados, apesar das cadeias e algemas terem sido quebradas pelo poder de DEUS. Literalmente, DEUS desceu para libertar Paulo e Silas e estendeu sua graça aos demais.   

            Ao despertar, vendo cadeias escancaradas, o carcereiro romano, ele sim, escravo de si mesmo e do pecado, inferiu que todos os prisioneiros fugiram; assim, assaltado pelo desespero, resolve dar cabo de si mesmo, pelo que foi interpelado em alta voz por Paulo. Assim, convulsionado pela emoção pergunta: “Que farei para ser salvo?”. De fato, o homem, por mais duro que seja, sabe que precisa ser salvo de algo, ainda que não saiba o que.

            Um moço, de cabelos longos, olhar penetrante, porte imponente, glorioso em poder, extremamente sensível, cuja capacidade de amar está anos luz da  percepção humana, a saber, JESUS tornara aqueles homens prisioneiros da alegria, derramada pelo ESPÍRITO SANTO DE DEUS. 

            Enfim, JESUS libertou Paulo e Silas e os enviou à prisão para resgatar cativos dentro e fora da cadeia. Paulo e Silas tinham razão para cantar; os outros aguardavam que algo abalasse aquelas paredes e, sobretudo, a mais fria de todas as masmorras: a do coração.

AOS NOVOS PRISIONEIROS!      


POR:
BRUNO ANÍBALL, COLUNISTA DO PORTAL BRASIL®


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