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R E L I G I Ã O
16 / outubro / 2005

ONDE ESTA DANIEL, O DANIEL DA COVA DOS LEÕES?

            O texto a seguir narra episodio da vida do último rei babilônico, a saber, Beltessazar, filho do grande rei Nabucodonosor, conforme capítulo 5 do livro de Daniel:   

“O rei Beltessazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho na presença dos mil. Enquanto Beltessazar bebia e apreciava o vinho, mandou trazer os utensílios de ouro e de prata que Nabucodonosor, seu pai, tirara do templo, que estava em Jerusalém, para que neles bebessem o rei e os seus grandes, as suas mulheres e concubinas. Então, trouxeram os utensílios de ouro, que foram tirados do templo da Casa de Deus que estava em Jerusalém, e beberam neles o rei, os seus grande e as suas mulheres e concubinas. Beberam o vinho e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra. No mesmo instante, apareceram uns dedos de mão de homem e escreviam, defronte do candeeiro, na caiadura da parede do palácio real; e o rei via os dedos que estavam escrevendo. Então, se mudou a semblante do rei, e os seus pensamentos o turbaram; as juntas dos seus lombos se relaxaram e os seus joelhos batiam um no outro. O rei ordenou, em voz alta, que se introduzissem os encantadores, os caldeus e os feiticeiros; falou o rei e disse aos sábios da Babilônia: Qualquer que ler esta escritura e me declarar a sua interpretação será vestido de púrpura, trará uma cadeia de ouro ao pescoço e será o terceiro no meu reino. Então, entraram todos os sábios do rei; mas não puderam ler a escritura, nem fazer saber ao rei a sua interpretação. Com isto, se perturbou muito o rei Beltessazar, e mudou-se lhe o semblante; e os seus grandes estavam sobressaltados. A rainha-mãe, por causa do que havia acontecido ao rei e aos seus grandes, entrou na casa do banquete e disse: Ó rei, vive eternamente! Não te turbem os teus pensamentos, nem se mude o teu semblante. Há no teu reino um homem que tem o espírito dos deuses santos; nos dias de teu pai, se achou nele luz, e inteligência, e sabedoria como a sabedoria dos deuses; teu pai, o rei Nabucodonosdor, sim, teu pai, ó rei, o constituiu chefe dos magos, dos encantadores, dos caldeus e dos feiticeiros, porquanto espírito excelente, conhecimento e inteligência, interpretação de sonhos, declaração de enigmas e solução de casos difíceis se acharam neste Daniel, a quem o rei pusera o nome de Beltessazar; chame-se, pois, a Daniel, e ele dará a interpretação. Então, Daniel foi introduzido à presença do rei. Falou o rei e disse a Daniel: És tu aquele Daniel, dos cativos de Judá, que o rei, meu pai, trouxe de Judá? Tenho ouvido dizer a teu respeito que o espírito dos deuses está em ti, e que em ti se acham luz, inteligência e excelente sabedoria. Acabam de ser introduzidos à minha presença os sábios e os encantadores, para lerem esta escritura e me fazerem saber a sua interpretação; mas não puderam dar a interpretação destas palavras. Eu, porém, porém tenho ouvido dizer de ti que podes dar interpretações e solucionar casos difíceis; agora, se puderes ler esta escritura e fazer-me saber a sua interpretação, serás vestido de púrpura, terás cadeia de ouro ao pescoço e serás o terceiro no meu reino. Então, respondeu Daniel e disse na presença do rei: Os teus presentes fiquem contigo, e dá os teus prêmios a outrem; todavia, lerei ao rei a escritura e lhe farei saber a interpretação; Ó rei! Deus, o Altíssimo, deu a Nabucodonosor, teu pai, o reino e grandeza, glória e majestade. Por causa da grandeza que lhe deu, povos, nações e homens de todas as línguas tremiam e temiam diante dele; matava a quem queria e a quem queria abatia. Quando, porém o seu coração se elevou, e o seu espírito se tornou soberbo e arrogante, foi derribado do seu trono real, e passou dele a sua glória. Foi expulso dentre os filhos dos homens, o seu coração foi feito semelhante ao dos animais, e a sua morada foi com os jumentos monteses; deram-lhe a comer erva como aos bois, e do orvalho do céu foi molhado o seu corpo, até que conheceu que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre o reino dos homens e a quem quer constitui sobre ele. Tu, Beltessazar, que és seu filho, não humilhaste o teu coração, ainda que sabias tudo isto. E te levantaste contra o Senhor do céu, pois foram trazidos os utensílios da casa dele perante ti, e tu, e os teus grandes, e as tuas mulheres, e as tuas concubinas bebestes vinho neles; além disso, deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que não vêem, que ouvem nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste. Então, da parte dele foi enviada aquela mão que traçou esta escritura. Esta, pois, é a escritura que se traçou: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM. Esta é a interpretação daquilo; MENE: Contou Deus o teu reino e deu cabo dele. TEQUEL: Pesado foste na balança e achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e dado aos medos e aos persas. Então, mandou Beltessazar que vestissem Daniel de púrpura, e lhe pusessem cadeia de ouro ao pescoço, e proclamassem que passaria a ser o terceiro no governo do seu reino. Naquela mesma noite, foi morto Beltessazar, rei dos caldeus. E Dario, o medo, com cerca de sessenta e dois anos, se apoderou do reino.”

            Esses fatos estão narrados no capítulo 5 do livro de Daniel. A mão apareceu escrevendo MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM. A alegria transformou-se em angústia e sobressalto. Sábios, encantadores e feiticeiros nada puderam esclarecer ao rei.

            Então a rainha-mãe tentou consolar o filho; daí o fez lembrar-se de Daniel, dos exilados de Judá, a quem o temido rei Nabucodonosor constituíra chefe sobre todos os magos encantadores do reino e, presidente sobre todos os sátrapas, que eram os governantes do rei.

            Se foi DEUS quem constitui grandeza, poder, glória e domínio a Nabucodonosor, foi também ELE quem introduziu na corte o então jovem Daniel, que se recusou a comer das iguarias do rei, que resolveu resolutamente guardar-se incólume da idolatria, do mundanismo e de todas as demais coisas incompatíveis com o DEUS de Israel.

            Daniel perdera os pais, provavelmente mortos pelos exércitos de Nabucoonosor, perdera a nação, o templo de Jerusalém, referência espiritual de seu povo; só não perdera a vida. Contra tudo e contra todos, Daniel creu no DEUS que criara os céus e a terra e que entregara seu povo na mão daquele tirano, por causa dos pecados da nação.

            Então o ESPÍRITO DE DEUS se manifestou com poder na vida do jovem Daniel, a ponto do grande rei Nabucodonosor, pela mão de DEUS, passar sete anos expulso do mundo dos homens, comendo palha como o boi, dormindo na relva, até que lhe foi devolvido o entendimento.

            Assim, conforme relata o capítulo 4 do livro de Daniel, Nabucodonosor exarou decreto a todos os povos sob seu domínio, reconhecendo que o ALTÍSSIMO é quem tem poder e domínio sobre o reino dos homens.

            Beltessazar, filho de Nabucodonosor, presenciou esse feitos na vida de seu pai. Talvez fosse um pré-adolescente quando viu seu pai passar sete anos comendo erva como um animal, andando encurvado. Viu também quando seu pai se levantou e glorificou o DEUS TODO PODEROSO, o DEUS de Israel, o único e verdadeiro DEUS.

            Anos depois, esse mesmo Beltessazar faz uma festa - orgia -,  embebeda-se e tem uma “grande” idéia: beber vinho nos utensílios do templo do DEUS de Israel, que se tornara Deus de seu pai.

            JESUS ensinou que a quem muito foi dado muito será cobrado. Nabucodonosor era idólatra, soberbo, mal e desconhecia o DEUS de Israel; Belssazar, sim, o conhecia pelo testemunho na vida do seu pai, pelo que sua responsabilidade era maior do que a de seu pai. Eis o porque foi defenestrado por determinação do ALTÍSSIMO no momento em que desprezava os utensílios santíssimos do templo outrora em Jerusalém.

            A Palavra de DEUS também preconiza que um abismo traz outro abismo ainda maior. A utilização dos utensílios sagrados na orgia idólatra foi o clímax, a catarse da soberba de Beltessazar; não o começo. O ab initio deu-se com a exoneração do cargo público ocupado por Daniel.

            DEUS introduziu Daniel na corte imperial de Nabucodonosor, e este o alçou chefe administrativo e religioso daquele império. Beltessazar, por sua vez, o expeliu de sua presença, a tal ponto que ninguém se lembrou de Daniel no momento do desespero, salvo honrosa exceção da rainha-mãe.

            A história é longa e a conclusão espiritual, simples. Existem pessoas, locais, livros que DEUS introduz na corte que é a sua vida; não só introduz, como também testifica que são elementos sobrenaturais vindo do ALTÍSSIMO, com propósito de salvar sua vida mediante humilhação e submissão àquele que criou todas as coisas, que por sua vontade, vieram a existir.

            Assim como Nabuconosor e seu império, meu desejo é que DEUS introduza em sua vida um “Daniel” e, que você o designe presidente sobre os sátrapas do seu reino, que são os pensamentos que governam sua vida. Você saberá que é um “Daniel” de DEUS porque, como a vida de JESUS na Terra, distingue-se da percepção e da razão humana, porque vem do alto.

            DEUS lhe abençoe!                                      


POR
: BRUNO ANÍBALL, COLUNISTA DO PORTAL BRASIL®


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