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R E L I G I Ã O
23 / outubro / 2005

O TEMPLO SEM PAREDES – PARTE I, A SUBIDA

            O templo construído por Salomão é famoso e dele o mundo conhece o muro das lamentações em Jerusalém, como heróica reminiscência da glória de Israel. Trata-se de obra espiritual que DEUS materializou pelas mãos de Davi que providenciou ouro, prata, bronze, pedras preciosas e de Salomão que executou a obra.

            A canção de Toquinho e Vinicius de Morais falava de uma casa muito engraçada “... não tinha teto , não tinha nada, mas era feita com muito esmero na rua dos bobos número zero”. Tal como essa casa imaterial, há outro templo espiritual desenhado pelo ALTÍSSIMO, porém pouco difundido. Esse é diferente do templo de Salomão e, talvez mais enigmático por um motivo: jamais foi construído por mãos humanas e jamais foi revelado na dimensão humana.

            Profetas eram homens cujos espíritos eram tomados pelo ESPÍRITO DE DEUS e levados em dimensões espirituais profundas. Um deles foi Ezequiel. A mão do SENHOR o pegou pelos cabelos e lhe mostrou esse templo imaterial, descrito às minúcias nos capítulos 40 e 41 do livro de Ezequiel.

            A casa da canção de Vinicius e Toquinho subsiste como brincadeira no imaginário popular; o templo de Ezequiel permanece intacto pelo poder de DEUS.

            Ezequiel estava entre os exilados de Israel na terra da Babilônia; o templo de Salomão foi destruído como consectário dos pecados da nação israelita, tudo conforme profetizado por Moisés, o qual, antes de morrer e sendo profeta, fez e ensinou a Israel uma canção que mencionava em cantilena os pecados que iam ser cometidos, pela nação, e a maldição que deles adviria. Era uma forma de que nação se lembrasse do porquê estaria aonde iria estar.

            O desterro da nação israelita, incluso o profeta Ezequiel, era materialização da canção de Moisés, cujos moradores levaram tão a “sério” a palavra de DEUS quanto se leva hoje a canção de Vinicius e Toquinho acima referida.

            Nesse contexto, o ESPÍRITO DO SENHOR tomou o espírito de Ezequiel e o transportou do exílio Babilônico, nas margens rio Tigre, à cidade desolada de Jerusalém. Ali viu Ezequiel um homem com aparência de bronze, portando cordel de linho e cana de medir; esse passa a mensurar o templo espiritual que subsiste pela poder do DEUS de Israel, de eternidade a eternidade, apesar da ruína do templo de Salomão e da queda de Israel.

            Quando medito sobre o templo revelado amiúde a Ezequiel, penso na dificuldade de se desvelar todos os significados guardados nas formas e nas dimensões desse templo. No momento, entendo que subsistem fortes suposições, mas ainda não uma compreensão cabal, como em outras revelações das Escrituras percebidas pela análise holística de outras textos das Escrituras.

            Respeitando a dificuldade de elucidação, quero aduzir significado desta passagem registrada nos versículos 5 a 8 do capítulo 41 do livro de Ezequiel:

Então mediu a parede do templo: seis côvados, e a largura de cada câmara lateral: quatro côvados, por todo o redor do templo. As câmaras laterais estavam em três andares, câmara sobre câmara, trinta em cada andar; e havia reentrâncias na parede do templo ao redor, para as câmaras laterais, para que as vigas se apoiassem nelas e não fossem introduzidas na parede do templo. As câmaras laterais aumentavam em largura de andar para andar, correspondendo às reentrâncias do templo de andar em andar ao redor; daí ter o templo mais largura em cima. Assim se subia do andar inferior para o superior pelo intermediário.

            No início da visão, Ezequiel foi levado ao cimo de um dos montes que ficava em Jerusalém; JESUS costumava acordar de madrugada e ir ao monte orar. JESUS disse também que iria subir – e de fato foi assunto aos céus – para preparar lugar aos discípulos, porque na casa do PAI havia muitas moradas. Pessoas com esperança olham para cima; as deprimidas, para baixo. O céu é apontado nas regiões celestiais; o inferno nas profundezas. Os mortos descem à sepultura; os ressuretos sobem.

            Vibrando no mesmo diapasão, Ezequiel descreve que as reentrâncias no templo estavam de tal maneira dispostas que, a medida que se subia, a área do templo ficava maior. Curiosamente a palavra de DEUS assevera que as orações dos santos sobem como aroma agradável à presença do TODO PODEROSO.

            Provavelmente o significado espiritual da visão de Ezequiel, referente à porção ora aduzida, seja esta: quando mais se sobe no templo do TODO PODEROSO através de orações sinceras, derramadas do coração sincero, que diferem das vãs repetições, abomináveis ao SENHOR; quanto mais se sobe mediante conhecimento do ALTISSIMO revelado nas Escrituras; quanto mais se rejeita as concupiscências da carne e dos olhos; quanto mais se deseja ver a face DELE, maior é a largura do bem estar psicossomático experimentado pelo homem na presença de DEUS.

            Talvez seja esse um dos motivos pelo que tantos homens descritos nas Escrituras enfrentaram a morte com tanta paz e, que tantos outros preferiam entregar-se à morte, a exemplo de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego que se entregaram para serem queimados na fornalha do rei babilônico Nabucodonosor, a exemplo dos cristãos devorados nas arenas romanas cujas expressões faciais denotavam paz.

            Certo é que o templo de Ezequiel permanece no mesmo lugar... E o PRÍNCIPE DA PAZ descrito pelo profeta Isaías também...


POR
: BRUNO ANÍBALL, COLUNISTA DO PORTAL BRASIL®


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