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Religião
04 / setembro / 2005

O MUNDO ÓRFÃO, PARTE I

            A história da humanidade é a história de um mundo sem pai, da multidão de órfãos que se espraia pela superfície da Terra; filhos, filhas, mães, pais, avôs, avós, todos órfãos, ainda que, eventualmente, se verifique entranhados afetos, são espiritualmente órfãos.

            Quando DEUS PAI, DEUS FILHO e DEUS ESPÍRITO SANTO resolveram criar o céu, a terra e tudo que neles há, estavam imbuídos de sentimento similar ao de alguém que gera um  filho para compartilhar o que se tem e, sobretudo, a essência do que se é. A cada item da criação, a TRINDADE avaliava e concluía que aquilo que era bom. Esta é a frase que mais se vê no início do livro de Gênesis: “E viu DEUS que era bom”.  

            Milhares de espécies animais em multifacetadas formas de vida e uma fantástica capacidade de adquirir e de desenvolver emoções, a exemplo de uma bióloga que se emocionava ao descrever a sensibilidade de uma baleia caxalote, tratada por ela; a capacidade de amar era maior que o tamanho biológico do animal.

            Na África existe um orfanato para bebês elefantes. Num documentário sobre vida animal, exibiu-se os  traumas emocionais vivenciados por aqueles animais tão profundos quanto os experimentados por crianças órfãs. Se há algo que é “tudo igual” no mundo são os órfãos.

            Fato é que Adão, criado imagem e semelhança do DEUS TRINO, lançou fora a paternidade do ALTÍSSIMO pela única porta de saída disponível: a árvore do conhecimento do bem e do mal; e assim a humanidade se extasia com essa árvore: a ciência, a tecnologia, a medicina, a engenharia genética, a possibilidade de razoável civilização proveniente do Direito Romano, a filosofia grega.

            Com tudo isso, se pergunta: Por que o maior mal da humanidade ainda é a solidão? Por que famílias estão se dissolvendo? Por que o casamento é motivo de motejo? Por que há tanta dor no mundo? Onde está o conhecimento para resolver isso?

            Muitos questionam DEUS dizendo: Se DEUS existe, por que há tanta desgraça neste mundo? A pergunta correta deveria ser: A qual mundo se refere? O mundo do conhecimento do bem e do mal? Onde o homem só consegue escolher o mal e ver o mal nos outros, nunca nele mesmo?

            Sim, porque existe outro mundo que começa com a escolha de Abraão...

            Até a parte II desse ensaio.

A PATERNIDADE DO ALTO!

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