Área Cultural | Área Técnica |
Ciência
e Tecnologia
- Colunistas
- Cultura
e Lazer |
Aviação
Comercial -
Chat
- Downloads
- Economia |
Página Principal |
- COLUNA DE CINEMA -
2 0 0 6
Para você ler mais comentários da crítica, clique aqui
Dicas da semana:
(Período de
30.04.2006 à
06.05.2006)
Cão Danado (Nora Inu), de Akira Kurosawa, 1949 - Murukami (Toshiro Mifune) é um jovem policial japonês que tem seu revólver roubado no ônibus e busca encontrar o ladrão que vem cometendo crimes com sua arma juntamente com um outro policial experiente (Takashi Shimura) que mostra-lhe os caminhos que unem o Japão de antes e depois da guerra.
Kurosawa escreveu o roteiro tendo em mente os livros policias de Georges Simenon e explora a linha condutora da história, ressaltando a sucessão e complexidade de eventos, mas dando-lhe toques psicológicos que enriquecem os personagens, especialmente, na culpa sentida pelo policial pelos crimes ocorridos com sua arma e na relação da atriz com sua mãe em que o sentimento de vergonha impulsiona a história.
O filme se insere nos filmes que instruíram a construção de um grande cineasta, pouco antes de sua primeira obra-prima, “Rashomon” e que demonstra o domínio da imagem e a dupla dos grandes atores que o acompanhavam durante algumas décadas (Shimura e Mifune).
Poucas chances temos de assistir grandes filmes japoneses da primeira metade do século vinte que, além do valor cinematográfico, registram a sociedade do Japão que se recuperava da perda da guerra e buscava colocar a vida nos eixos.
Cotação: *** ½
O Elo Perdido, de Régis Wargnier, 2005 - O jovem médico escocês Jamie Dodd (Joseph Fiennes) se aventura pelo coração do continente africano com intenção de capturar pigmeus que acredita serem o elo perdido entre os macacos e a raça humana. Acompanha-lhe Elena Van Den End (Kristin Scott Thomas), uma aventureira que ficara viúva e já se acostumara em viver no continente africano.
Eles capturam um casal de pigmeus que é levado para Escócia e são postos a viver num moinho e estudados por três cientistas: Dodd, Alexandre Auchileck (Iain Glen) e Fraser McBride (Hugh Bonneville) que entendem ter comprovado a tese através de longa observação e medições biomédicas de toda a sorte.
A situação complica-se quando Dodd estabele alguma comunicação com o casal de pigmeus e começa a entendê-los como seres humanos portadores de complexa gama de sentimentos e capacidade intelectual que vai de encontro ao pensamento de seus colegas, o que detona um trágico conflito.
O diretor Wargnier (“Indochina”) é especialista em filmes grandiosos que, apesar de sua mão pesada, busca demonstrar a relevância das relações humanas e esbarra numa fita em que fica difícil sair do incômodo trazido pela idéia central em que o cativeiro dos pigmeus revela-se algo tão natural e os personagens oscilam entre o cientificismo puro, o paternalismo europeu e o preconceito gradado com doses de crueldade.
Cotação: ** ½
Lourival
Sobral
Colunista do Portal Brasil
FALE CONOSCO ==> CLIQUE AQUI