Área Cultural | Área Técnica |
Ciência
e Tecnologia
- Colunistas
- Cultura
e Lazer |
Aviação
Comercial -
Chat
- Downloads
- Economia |
Página Principal |
- C I N
E M A -
01 de dezembro de 2006
Para você ler mais comentários da crítica, clique aqui
EM CARTAZ
O
Labirinto do Fauno (El Laberinto del Fauno), de
Guillermo del Toro, México/Espanha,
2006
Elenco: Sergi Lopez, Maribel Verdú, Ariadna Gil, Alex Ângulo, Ivana Barquero,
Doug Jones, Roger Casamayor
Órfã de pai, Ofelia (Barquero) viaja com sua mãe (Ariadna Gil) para encontrar o segundo marido dela (López), um rígido capitão do exército franquista que reprime um grupo de rebeldes que se instalaram numa certa área montanhosa.
A criança descobre um universo mágico em que seria uma princesa que, reencarnada, teria que cumprir três missões para um velho fauno para retomar seu trono. As tarefas sempre exigem esforço físico e mental e qualidades de julgamento que justificariam o seu retorno.
Ao mesmo tempo há o combate entre os rebeldes que mantêm nas instalações militares uma espiã (Verdú) e a tropa franquista conduzida com pulso forte e grande dose de sadismo pelo Capitão Vidal que está ansioso pelo nascimento de seu primeiro filho.
O filme tem vários méritos: um roteiro conciso que consegue unir um conto de fadas estilizado com uma história palpável sem que haja estranheza e sem perder o ritmo da trama; um elenco com alguns dos melhores atores espanhóis e com uma jovem atriz que segura a barra de ser protagonista; e a direção segura de del Toro, especialista em filmes de terror com boa dose dramática.
A indicação do México para o Oscar 2007 está em boas mãos com um filme que tem ótima repercussão internacional e que tem qualidades para disputar com o favoritíssimo “Volver” de Pedro Almodovar a estatueta dourada.
Cotação: ****
O Diretor:
Guillermo Del Toro nasceu em Guadalaraja, México e especializou-se em filmes de terror em que trabalha com elencos de qualidade e que costumam ter fundo histórico consistente e cores dramáticas que os transformam em bons dramas.
Principais filmes:
Cronos (1993) – fixação científica que fez carreira em festivais internacionais e deu grande chance ao grandalhão Ron Perlman que depois fez sucesso na telessérie “A Bela e a Fera” e com “Hellboy”.
A Espinha do Diabo (2001) – Drama sobre fantasma que assombra orfanato no final da Guerra Civil Espanhola. No elenco: o galã Eduardo Noriega e as unanimidades Marisa Paredes e Federico Luppi
Hellboy (2004) – Bem sucedida ficção científica com base em HQ com produção caprichada e roteiro que não desagradou os fãs do personagem criado pelo desenhista Mike Mignola.
CINE BRASIL
Cabra Cega, de Toni Venturi. 2004
Elenco: Leonardo Vieira, Debora Duboc, Jonas Bloch, Michel Bercovitch, Walter
Breda, Renato Borghi, Milhem Cortaz
Thiago (Medeiros), militante de esquerda, é ferido em ação e fica instalado no apartamento de Pedro (Bercovitch) que costuma ajudar as ações chefiadas por Mateus (Bloch), mas sem grande interesse de se envolver mais profundamente na luta armada.
Durante esse período, Rosa (Duboc) é designada para ajudá-lo e acaba por estabelecer uma das poucas opções de contato social, mesmo depois que ele se recupera.
Um filme que explora o desgaste emocional de ficar trancado no mesmo espaço, dependente de outros para o contato com o mundo exterior que representa a atração e o perigo ao mesmo tempo. As emoções à flor da pele que vão turvando a mente e gerando julgamentos equivocados que, muitas vezes, revelam-se catastróficos.
Um elenco afinado, com brilhante trabalho de Leonardo Medeiros que tem a tarefa de construir seu personagem que dentro da loucura em que vive tem a oportunidade de experimentar o carinho romântico de Rosa e amizade da senhora espanhola do apartamento ao lado que perdera seu filho na Guerra Civil Espanhola.
Um bom exemplo de filme político, com trama bem concluída, trilha sonora agradável e que consegue não emprestar um tom panfletário na narrativa,.
Cotação: ***
Lourival
Sobral
Colunista do Portal Brasil
FALE CONOSCO ==> CLIQUE AQUI