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01 de setembro de 2006
CARTEL,
JUROS E SPREADS BANCÁRIOS
Por Marcos Cintra
A FICHA caiu! Finalmente, economistas, consultores, jornalistas e técnicos do governo se convenceram de que o setor bancário é um cartel.
Finalmente, cabe destacar estudo do Banco de Compensações Internacionais (BIS) que conclui que o Brasil "talvez seja o caso mais extremo de "spreads" altos". A falta de competitividade entre os bancos é apontada como uma das razões.
Felizmente, a fixação pelos bancos de preços acima dos custos marginais vem sendo crescentemente questionada. É inadmissível que o setor continue captando recursos a 15% ao ano e cobrando juros que na média chegam a 38% no desconto de duplicatas, 51% no "hot money", 32% no capital de giro, 62% no crédito pessoal e 145% no cheque especial.
Aplicando os maiores "spreads" do planeta e cobrando tarifas exorbitantes que cobrem 130% de suas folhas de pagamentos, os bancos no Brasil registram, de acordo com o consultor financeiro Carlos Coradi, lucratividade média de 24,7%, um pouco menos que os 26,9% dos eficientes bancos suíços. Vale lembrar que os dois maiores bancos privados brasileiros tiveram, no ano passado, rentabilidade superior a 30%.
O governo anunciou medidas que podem estimular a concorrência entre os bancos. Porém, elas foram classificadas pelo economista-chefe da Febraban, que mais uma vez perdeu as estribeiras, de "manobra diversionista". A ligeireza de sua análise lhe causou uma desconfortável situação, uma vez que a entidade que representa os bancos o desautorizou.
O poder dos bancos precisa ser enfrentado. Uma forma do governo fazê-lo é não permitir que a CEF e o Banco do Brasil sejam peças do cartel, tornando-os um referencial para a concorrência no setor. Ademais, há que extirpar a promiscuidade que reina entre o setor bancário e o Banco Central, além de rever a legislação antitruste e o papel do Cade na preservação da concorrência no segmento financeiro.
PUBLICAÇÕES
AUTORIZADAS EXPRESSAMENTE PELO DR. MARCOS CINTRA
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