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"Panorama da semana"
30 de abril de 2006
AUTOMOBILISMO
Destaques da semana
-
Fórmula 1: Precisou a FIA interferir para que Yuji Ide não seguisse
como titular na F-1. Em comunicado enviado à imprensa na manhã desta
quinta-feira (4) em Nürburgring, a Super Aguri informou que vai relegar o
japonês apenas aos testes até que pegue mão do carro e da categoria, depois de
"conselho" da entidade. Era difícil acreditar que Ide
continuaria na F-1 após as dificuldades que vem tendo para guiar o SA05. Yuji
não é só mais lento que o resto do grid, mas também em comparação ao
companheiro Takuma Sato. A gota d'água foi o acidente na primeira volta do GP de
San Marino, quando acertou Christijan Albers. O
holandês girou três vezes no ar até cair de ponta-cabeça na segunda perna da
curva Villeneuve. Saiu do carro irritado e pediu mais calma — a Ide.
Na última segunda, a Super Aguri havia mandado o "press release"
confirmando a participação de Ide na etapa deste fim de semana em Nürburgring,
que mais uma vez desculpava-se pela batida no colega da MF1 — a jornalista
responsável até chegou a escrever "Christian", o que identificaria Klien, da Red
Bull. Hoje veio a sentença. "Aceitamos o conselho da FIA em permitir que Yuji
acumule a quilometragem de que precisa para melhorar na F-1 só durante nossos
dias de testes. O time fez todos os esforços para garantir que Yuji entrasse no
ambiente da categoria, e pensa que ele lidou muito bem
sob as circunstâncias", declarou o chefe Aguri Suzuki, que nunca escondeu
que não queria afastar Ide. A Super Aguri chegou a fazer uma reunião para
decidir se seguia com o piloto após os problemas de Imola. "Como resultado,
Franck Montagny vai pilotar para nós na segunda vaga do GP da Europa",
encerrou Aguri.
Montagny, assim, ganha sua primeira oportunidade concreta. Ex-piloto de
testes da Renault, nunca foi posto para correr por Flavio Briatore. Sua carreira
na F-1 parecia terminada quando a equipe o dispensou para ficar com Heikki
Kovalainen. Chegou a testar na F-Mundial e até esperava fazer aquele campeonato,
até ser chamado pela Aguri para ocupar a vaga de "test-driver".
Francês de Feurs, Montagny tem 28 anos e começou a carreira em monopostos
em 1994. Dois anos mais tarde, quase pensou em parar após um grave acidente que
levou à fratura dos dois tornozelos. Ainda voltaria às pistas no fim de 1996.
Também correu na F-3000 e na F-Nissan. Veja o que
fizeram Yuji Ide e Franck Montagny no automobilismo:
Yuji Ide:
2005 - Vice-campeão da F-Nippon e 11º colocado no
campeonato japonês de Turismo GT500;
2004 - 3º colocado na F-Nippon, 11º colocado no
campeonato japonês de Turismo GT500 e Campeão japonês
de SuperEndurance Classe 3;
2003 - 7º colocado na F-Nippon e 4º colocado no
campeonato japonês de Turismo GT500;
2002 - 7º colocado na F-3 francesa. Participações nos
GPs de Pau, Marlboro Masters, Macau e Coréia;
2001 - 5º colocado na F-3 japonesa, 4º colocado no
campeonato japonês de Turismo GT300 e participações no
GP de Macau e Coréia;
2000 - Vice-campeão de F-3 japonesa e participações no
campeonato japonês de Turismo GT500;
1999 - Vice-campeão japonês de Turismo GT300 e Campeão
de Fórmula Dream;
1994-98 - F-3 Japonesa;
1990-93 - Kart;
Franck Montagny:
2005 - Piloto de testes da Renault, 4º colocado nas 24
Horas de Le Mans, testes pela Jordan
e testes na Fórmula Mundial;
2004 - Piloto de testes da Renault;
2003 - Campeão da Nissan World Series e piloto de
testes da Renault;
2002 - 6º colocado nas 24 Horas de Le Mans e testes na
F-1 pela Minardi e Renault;
2001 - Campeão da F-Nissan internacional e terceira
participação nas 24 Horas de Le Mans;
2000 - 9º colocado na F-3000 internacional e participação
nas 24 Horas de Le Mans;
1999 - Estréia na F-3000 internacional, venceu
o "Elf Masters", em Paris e participação nas 24 Horas
de Le Mans;
1998 - Vice-campeão francês de F-3;
1997 - 4º colocado na F-3 francesa;
1996 - 6º colocado na F-Renault francesa;
1995 - 4º colocado na F-Renault francesa;
1994 - Campeonato Francês de F-Campus;
1992-93 - Kart.
Franck Montagny vai substituir Yuji Ide na Super Aguri
no próximo finalde semana, no GP da Europa. Seu futuro
na equipe ainda é incerto.
- Fórmula Mundial: A equipe Rocketsports confirmou que Nicky Pastorelli disputará toda a temporada de 2006 pela equipe, deixando o futuro de Antonio Pizzonia incerto. O holandês conseguiu a vaga por conta de patrocinadores. A estréia de Pastorelli acontece na próxima etapa em Houston, em 13 de maio. Pastorelli tem como ápice na carreira o título da F-3000 Européia em 2004.
-
Indy Racing League (IRL):
Depois de três anos, o brasileiro Aírton Daré vai voltar a Indianápolis.
Convidado por Sam Schmidt, um dos mais experientes profissionais das pistas
americanas, o piloto de Bauru vai disputar a 90ª edição das 500 Milhas, a última
corrida de que participou antes de sofrer, em Dallas, o acidente que o manteve
afastado da Indy Racing League desde 2003.
Totalmente recuperado das fraturas na perna, no braço e na mão direitos,
Daré participa regularmente de provas de motocross e kart e está na melhor forma
física de toda sua carreira. Ele deve ter o primeiro contato com o carro no dia
11, a quinta-feira da próxima semana. “Os treinos começam no dia nove, mas é
preferível não apressar a montagem dos carros. Do contrário, perde-se tempo com
defeitos que se pode evitar trabalhando com calma”, explica.
“Estou muito bem de físico e de reflexos. Se não estivesse, não
participaria de um desafio como as 500 Milhas. Vai ser só uma questão de me
readaptar à alta velocidade, que chega aos 400 km/h. Acho que um dia é
suficiente para me sentir em casa de novo”, afirmou Daré, que correrá com um
Panoz/Honda de número 88.
Daré se sente mais forte no plano físico e no mental. "Estou voltando às
pistas bem melhor do que quando sai. Hoje, avalio muito mais os prós e contras
de tudo que faço, estou mais maduro". Ele bateu a mais de 350 km/h porque um
parafuso da suspensão traseira direita de seu Dallara-Toyota se soltou. "Foi um
período muito difícil para mim e minha família, mas também deixou coisas
positivas."
- Indy Racing League (IRL): A equipe dos EUA na A1 GP, a categoria do xeque árabe Maktoum Hasher Maktoum al-Maktoum, fechou parceria com a Dreyer & Reinbold para bancar a volta de Al Unser Jr. às 500 Milhas de Indianápolis, prova que acontece no último domingo do mês. Al Unser Jr. ficou dois anos de fora do automobilismo após se aposentar. Natural de Albuquerque, no Novo México, "Little Al" venceu duas vezes a Indy 500.
VOLVO OCEAN RACE
Brasil 1 já está pronto para velejar até a Inglaterra.
A tripulação terminou de arrumar o barco para as próximas duas pernas da
Volvo Ocean Race, entre Annapolis e Nova York, nos EUA, e entre Nova York e
Portsmouth, na costa sul inglesa.
Pelas regras da Volvo, nada poderá entrar nos barcos em Nova York e as
equipes de terra não poderão fazer ajustes no barco. “Já estamos com tudo
empacotado para as duas etapas. Já tínhamos toda a comida desidratada para
almoço e jantar. Faltava o café da manhã. Eu e o Marcelo compramos muito cereal
e chocolate”, avisa Ricardo Ermel, do time de logística do Brasil 1. “Também
colocamos nos pacotes aquelas barrinhas de carne seca, para dar mais gosto às
refeições”, completa.
Juntando as duas etapas, serão cerca de 12 dias no mar. As condições
serão extremas: da calmaria até a saída da Baía de Chesapeake até os ventos
fortes e o frio do Atlântico norte. A organização estuda até mesmo adotar um
portão de gelo, para impedir que os competidores velejem muito ao norte, perto
de icebergs. “Se já sentimos frio subindo até aqui, vamos sentir ainda mais a
partir de agora. Por isso, já estamos preparando as roupas de tempo e o
‘survival suit’, que parece de astronauta e te deixa quente e seco o tempo todo”,
explica o timoneiro André Fonseca.
João Signorini, responsável pelas emergências médicas do time, teve um
paciente extra. Roni Seifert, que cuida dos contêineres do Brasil 1, prendeu a
perna em um buraco no cais e foi atendido pelo velejador.
A sexta perna da Volvo deve durar dois dias. Os velejadores saem de
Annapolis no próximo domingo, às 14 horas de Brasília.
A previsão da organização é de que o primeiro colocado cruze a linha de chegada
em North Cove, em Nova York, no final da tarde de segunda-feira. Lá, os
velejadores têm dois dias de descanso e partem para a Inglaterra no dia 11.
Após a in-port race de Baltimore, o Brasil 1 fica a quatro pontos
do quarto lugar na classificação geral. Confira: 1. ABN 1/HOL – 63,5 pontos; 2.
Movistar/ESP – 44; 3. Piratas do Caribe/EUA – 41,5; 4. ABN 2/HOL - 41; 5. Brasil
1 – 37; 6. Ericsson/SUE – 30,5; 7. Brunel/AUS – 0,5. O Brunel, devido às
mudanças na equipe e no barco, não herdou os pontos das etapas anteriores.
BOLSA-ATLETA FINANCIA ATLETAS BRASILEIROS
O ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, colocou em vigor este mês a
Bolsa-Atleta, a mais nova forma de financiamento do esporte brasileiro. A lei
assegura o investimento de cerca de R$ 5 milhões para mais de 2 mil atletas sem
patrocínio. “A meta é fazer com que o Brasil não perca mais os talentos
esportivos. Com esse novo benefício queremos que nossos atletas se dediquem
exclusivamente ao esporte, sem ter que parar os treinamentos, nem desviar o
potencial para completar a renda familiar”, declarou Agnelo Queiroz.
A lei contempla atletas de alto rendimento na categoria principal ou na
imediatamente inferior. A ajuda financeira da Bolsa-Atleta será mensal e terá
duração de um ano. Para que toda a demanda possa ser atendida, foi definido um
critério de distribuição em quatro categorias: Estudantil (R$ 300), Nacional (R$
750), Internacional (R$ 1.500) e Olímpica e Paraolímpica (R$ 2.500).
Em todas elas, o candidato não pode ter qualquer patrocínio. Além disso,
é preciso ter o aval da Entidade de Administração da modalidade e não receber
salário de entidade de prática desportiva (clube). Para ter acesso à Bolsa
Estudantil, além dos pré-requisitos básicos, o atleta precisa ter mais de 12
anos, estar regularmente matriculado e ter participado de competição no ano
anterior, tendo se classificado de 1º a 3º lugar nos jogos de esportes
individuais organizados pelo Ministério do Esporte e estar entre os 24 melhores
selecionados em jogos de esportes coletivos.
Para ter acesso ao recurso da categoria Nacional, é necessário ser maior
de 14 anos, estar vinculado a uma entidade de prática desportiva (clube), ter
filiação à entidade da sua modalidade e ter participado de competição no ano
anterior, com classificação de 1º a 3º lugar no evento máximo nacional
organizado pela Entidade Nacional de Administração de sua modalidade ou de 1º a
3º lugar no ranking nacional por ela organizado.
A categoria Internacional o candidato também precisa ser maior de 14
anos, ter filiação à entidade da sua modalidade e ter participado de competição
no ano anterior com classificação de 1º a 3º lugar em Campeonatos ou Jogos
Sul-Americano, Pan-Americano e Parapanamericano ou Campeonato ou Jogos Mundiais
da sua modalidade.
Já na categoria Olímpica e Paraolímpica, é preciso ser maior de 14 anos,
ter filiação à entidade da sua modalidade e ter integrado na qualidade de atleta
as delegações brasileiras ou ter participado da última edição dos Jogos
Olímpicos ou Paraolímpicos.
Como participar
Para participar, basta preencher o formulário de inscrição disponível no
sítio do Ministério do Esporte (www.esporte.gov.br/bolsa_atleta ). Por via
postal, basta enviar a inscrição para a Secretaria Nacional de Esporte de Alto
Rendimento - Programa Bolsa-Atleta - Esplanada dos Ministérios, Bloco A, 7º
andar, CEP 70.054-900, Brasília/DF. O prazo de envio dos formulários é até o dia
31 de março. O Ministério enviará a resposta sobre a aprovação para o endereço
do atleta, informado na ficha de inscrição. Os atletas selecionados receberão o
pagamento após 30 dias da assinatura do termo de adesão, por meio da Caixa
Econômica Federal.
RAPIDINHAS...
- Vela: Após dois meses de negociação, a Prefeitura de Ilhabela (SP) confirmou que a cidade será sede Sul Americana e porto de parada da regata mundial de vela denominada “Global Ocean Challenge”. A corrida terá início na Europa (Lisboa) e seguirá um itinerário tradicional com paradas na África do Sul, Nova Zelândia, América do Sul e nos Estados Unidos, cobrindo uma distância de 30.000 milhas náuticas, encerrando na cidade de Lisboa, Portugal.
- Esportes de inverno: A um ano das Olimpíadas de Inverno em Turim, a equipe brasileira de esportes no gelo encerra a temporada 2004/ 2005 comemorando importantes conquistas: a classificação olímpica, o desenvolvimento de novas modalidades e aumento da verba recebida através da Lei Agnelo/Piva. Estes resultados positivos animam a equipe para a caminhada rumo às Olimpíadas. Renato Mizoguchi, do luge, foi o primeiro atleta brasileiro a se classificar para as Olimpíadas de 2006. Na etapa da Alemanha da Copa das Nações, Mizoguchi conquistou o quinto e último ponto que faltava para garantir a vaga.
- Olimpíadas de inverno: A snowboarder Isabel Clark conquistou neste fim-de-semana, em Mt. Bachelor, nos Estados Unidos, o 14º lugar na Copa Continental Norte-Americana. Com a participação nas oitavas-de-final da competição, Isabel somou mais 90 pontos no ranking da Federação Internacional de Ski. A snowboarder carioca tenta na temporada 2005 garantir sua participação nos Jogos Olímpicos de Turim, em 2006. A brasileira já atingiu o principal requisito para a classificação olímpica: estar entre as 25 melhores do mundo em uma etapa da Copa do Mundo.
- Stock car: David Muffato abandonou a etapa de Curitiba no último domingo na 24ª volta, depois de ser atingido pelo carro desgovernado do também paranaense Júlio Campos. A equipe de resgate levou alguns minutos para tirá-lo com segurança. “Nem vi o que aconteceu”, falou o campeão de 2003, que já contornava o “S” de baixa quando Campos, escapando de traseira, o atingiu. Atendido ainda na pista pela equipe do doutor Dino Altmann, David teve o braço esquerdo imobilizado, diante da suspeita de fratura no punho. Duas horas depois, o piloto submeteu-se a sessões de radiografia em Curitiba. Os exames comprovaram a fratura no braço esquerdo e lesão em dois ligamentos. “Quando você vê que vai bater, tira a mão do volante para evitar isso. No meu caso, como não vi nada, não tive tempo para fazer isso”, disse o piloto.
Um abraço e até a semana que
vem,
Fernando Toscano
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