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01 de
junho de 2006
DESCOBRINDO A AMÉRICA
Por
Freddy de Freitas
(*)
A imprensa é culpada por vender os Estados Unidos como a terra de milionários, luxuosos apartamentos em Nova Iorque e cinematográficas residências em Los Angeles, na Califórnia.
Este é o país do faz-de-conta.
Os Estados Unidos têm cerca de 85 milhões de americanos vivendo na linha da pobreza e mais de 30 milhões estão passando fome. Com as recentes reformas na assistência social, a maioria desse segmento não recebe nenhum benefício do governo, vivendo no desespero e com a barriga vazia.
Segundo dados não oficiais, 15 milhões de ilegais ( os técnicos da Imigração preferem chamá-los de “sem documentos” ) estão no mercado de trabalho dos Estados Unidos.
A teoria de que o cidadão americano não gosta de trabalhar é tão furada quanto a Operação Uruguaia do ex-presidente Fernando Collor.
As empresas preferem contratar ilegais por diversos motivos: pagam irrisórios salários, não concedem nenhum benefício, as horas extras não entram no contra-cheque, e não os tratam com nenhum respeito e dignidade humana. Os empregadores com frequência os ameçam de entregá-los aos órgaos competentes - Immigration and Customs Enforcement (ICE). A mão-de-obra ilegal manda para a estratofera os lucros das empresas nos Estados Unidos.
Os sindicatos de trabalhores vêem essa mão-de-obra como o principal fator da queda de renda na sociedade. Na Califórnia, por exemplo, um jardineiro americano ganha US$ 29,00 (R$ 60,00) por hora enquanto um ilegal recebe US$ 6,00 (R$ 14,00) . A hora de um carpinteiro sindicalizado é US$ 65,00 (R$ 150,00) enquanto pelo mesmo trabalho um ilegal ganha US$ 8,00 (R$ 19,00).
A população mexicana representa cerca de 65% da mão-de-obra ilegal no país. Atravessar a fronteira é o passaporte para uma vida melhor. Os salários no México são indecentes ( US$ 3,00 por dia) comparados aos pagos no outro lado do Rio Grande.
Segmentos da sociedade americana acusam os ilegais de empurrar mais cidadãos americanos na categoria de sem-teto e miséria total.
A economia americana passa por uma profunda transformação, ou melhor, um terremoto vem abalando todas as estruturas sociais e econômicas do país. O assunto imigração vem dividindo o país, e a dramática data de 11 de setembro de 2001 ainda é lembrada pelos xenófabos como desculpa para fechar as fronteiras.
A solução não é levantar sofisticadas cercas na fronteira com o México, mas simplesmente ajudar economicamente os países de Terceiro Mundo.
O povo americano não entende por que os brasileiros vivem nos Estados Unidos, numa terra estranha, árida e inóspita em sua estranheza. Ao invés de tentar atravessar a fronteira, os brasileiros poderiam construir pontes para um futuro melhor. Um passaporte para um emprego público - um técnico de nível superior do Banco Central do Brasil tem uma melhor renumeração e benefícios do que um alto funcionário do governo americano, é melhor do que uma travessia de três dias e três noites num deserto moldado por impecilhos vivos e naturais.
*Freddy de Freitas, 46 anos, divorciado, é cidadão
americano, nascido no Hospital de Base em Brasília; ex-aluno dos
colégios Marista e Objetivo; cursou jornalismo na Universidade de
Brasília (UnB).
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