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01 de
setembro de 2006
NOVA LEI DE IMIGRAÇÃO NÃO DEVE SER DECIDIDA ESSE MÊS
Por
Freddy de Freitas
(*)
Os
deputados americanos aproveitaram o recesso do
mês de agosto para viajar pelo país. Eles foram
escutar o que a população pensa sobre o assunto
imigração. Os parlamentares visitaram
principalmente os estados com maior população de
imigrantes. Arizona foi uma das paradas
obrigatórias da comitiva. Como o voto é
distrital nos Estados Unidos, os parlamentares
visitaram as regiões onde as eleições de
novembro estão indefinidas. E um assunto deste
calibre pode definir o destino eleitoral de
qualquer candidato.
Os deputados aproveitaram a visita para atacar o projeto de imigração aprovado pelo Senado. Eles acusam o projeto de ser benevolente com os imigrantes ilegais que estão trabalhando no país.
O único ponto em comum nos projetos da Câmara e do Senado é em relação ao reforço das fronteiras com o México e o Canadá.
Os deputados atacam o programa “Trabalhador Visitante”, que abre a porta para a cidadania de 15 milhões de imigrantes ilegais em território americano.
Analistas de imigração acreditam que a Câmara e o Senado não devem chegar a nenhum acordo em setembro, último mês de trabalho do Congresso americano antes das eleições.. A maioria dos congressistas estão em pesadas e incertas campanhas eleitorais este ano.
De acordo com pesquisa realizada pela Quantum American Society, os americanos estão divididos sobre este assunto: os 15 milhões de imigrantes ilegais ajudam ou prejudicam a economia do pais? A maioria concorda que esse é um assunto que precisa ser tratado com certa urgência.
Analistas políticos acreditam que este assunto pode definir os resultados das eleições em diversos distritos nos Estados Unidos.
TROCANDO EM MIÚDOS
A nova lei de imigração aprovada pelo Senado em maio tem pouca coisa em comum com a lei aprovada em dezembro pela Câmara. Os deputados querem severas leis contra a imigração ilegal, que passaria a ser crime federal. Já os senadores querem legalizar os 15 milhões de estrangeiros em situação irregular no país.
O único ponto em comum é a Segurança. Principalmente neste mês, cinco anos depois da tragédia do World Trade Center, qualquer lei de imigração será aprovada sob o eco dos gritos dos que morreram em 11 de setembro de 2001.
*Freddy de Freitas, 46 anos, divorciado, é cidadão
americano, nascido no Hospital de Base em Brasília;
ex-aluno dos
colégios Marista e Objetivo; cursou jornalismo na Universidade de
Brasília (UnB).
A PROPRIEDADE INTELECTUAL DOS TEXTOS É DE SEU AUTOR
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