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08 de
setembro de 2006
NADA ALÉM
Por Fernanda de Lima Molina
Nasceu a menina linda
Em algum sertão vazio,
De um lugar que não é seu.
Sem nada que possam lhe
oferecer
E muito menos a aceitar,
Só fortalecida por uma vontade que a própria desconhece.
Tentando ser o que muitos
desacreditam
Apostam que jamais conseguirá,
“Esqueça, sonhos são impossíveis”, é o que dizem.
Mas a pequena cresce,
E ainda continua a alimentar,
A única coisa que a faz ter forças pra seguir.
Conheceu o que ninguém
Em seu pequeno sertão jamais sonhou ver,
Um país onde flocos de gelo descem do céu.
Mas a beleza escondia o
escuro
De uma solidão sem sim.
Pela primeira vez se viu sem saber o que fazer.
Viu coisas das quais só
conhecia
Através da sua pobre televisão,
Estava diante da novela da realidade.
Estava só em um mundo
Que não lhe pertencia,
Chora sem saber o que fazer.
Sua única salvação
Agarrar-se em sua fé,
A qual levou fronteira por fronteira.
Além de sua fé, sabia que
a sua salvação,
Estava naquilo que ela sempre buscou,
O amor.
Mas a luta não acabou.
Mas encontrou forças que vão além
Do que havia dentro dela
A vida... Agora estava
fácil lutar.
E lutou... E venceu. Agora nada mais importava.
Seu sertão era tudo o que desejava.
E o amor... Esse poderia carregar pra onde fosse.
“Texto inspirado na obra de Paulo Coelho Onze Minutos”.
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