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- I M I G R A Ç Ã O -
16 / MAIO / 2007
POR FREDDY DE FREITAS (*)

Bush quer leis sensatas de imigração

            O presidente norte-americano George Bush voltou a solicitar ao congresso uma decisão sensata sobre o problema de imigração. Os 22 milhões de imigrantes ilegais têm o presidente como principal aliado.
Bush quer que seja discutida e votada uma reforma imigratória que respeite as leis e que esteja de acordo com as reais necessidades dos trabalhadores e dos empregadores e trate as pessoas com dignidade.

            "Promovendo uma reforma em nosso sistema imigratório é uma importante oportunidade para mostrar que as autoridades eleitas de Washington podem trabalhar juntas para encontrar soluções práticas para os problemas mais importantes", ressaltou. Segundo ele, uma proposta de imigração sensata levaria mais de cinco anos para que seus objetivos fossem cumpridos com sucesso.

            Bush voltou a enfatizar a a necessidade de reforçar a segurança na fronteira; providenciar para que empregadores tenham mecanismos eficientes para checar o status legal de seus empregados; a criação de um programa de trabalho temporário que permita estrangeiros entrar no país para ocupar vagas que americanos não queiram ou não estejam aptos para ocupar; resolver a situação sem anistia e animosidades; conservar a tradição americana ajudando imigrantes a conhecerem a cultura do país e a falar inglês. "Temos que nos concentrar nestes problemas juntos, ou nenhum deles poderá ser resolvido totalmente", destacou.

            Segundo o presidente , é preciso uma proposta que inclua todos os segmentos da sociedade. "Nós ajudaremos o nosso país se tornar mais seguro, e aprimoraremos a nossa economia, provando ao mundo que a América pode ser uma sociedade cumpridora das leis e hospitaleira ao mesmo tempo", disse o presidente.

N.C: O presidente Bush vestiu a camisa dos imigrantes ilegais. Difícil missão. Congresso dividido. Coluna do meio é o meu palpite.

Fechando o cerco

            No ano passado cerca 195 mil ilegais foram presos e deportados pelo Departamento de Imigração. Nos primeiros três meses de 2007, mais de 125 mil trabalhadores ilegais foram presos.

Casamento gay

            Dois democratas apresentaram projeto de lei que, em nome da "união familiar", permite que homossexuais peçam visto permanente para seus parceiros.

            O senador Patrick Leahy, presidente da Comissão de Justiça do Senado, e o presidente da subcomissão de Justiça da Câmara dos Deputados, Jerrold Nadler, explicaram num comunicado conjunto que, até agora, só os casais heterossexuais têm esse direito. Segundo Leahy , a promoção da unidade familiar faz parte da política de imigração, e este projeto de lei promove esse princípio ao dar a todos "os cidadãos a oportunidade de estar com seus entes queridos." Para ele, as leis de imigração tratam os gays e lésbicas como cidadãos de segunda classe. Esta injustiça deve mudar.

N.C: É mais fácil aprovar o Saci Pererê como símbolo dos Estados Unidos do que gays possam solicitar visto permanente para os seus companheiros.

Morte de diretor brasileiro repercute nos Estados Unidos

            Morreu no último dia 9 de maio, aos 72 anos, o diretor brasileiro de TV Herval Rossano. Os veículos de comunicação de língua espanhola deram com destaque a morte do diretor brasileiro.

            Nascido em Campos (norte do estado do Rio de Janeiro), o diretor deixa quatro filhos.

N.C: Conversando com uma família americana, que viveu no Brasil nos anos 70, a novela "Carinhoso" é uma forte lembrança. A Globo gravou os primeiros capítulos de Carinhoso em Nova Iorque. O fascínio que os brasileiros têm por Nova Iorque é por causa da novela brasileira (assista ao vídeo de abertura de "Carinhoso" no YOUTUBE: http://www.youtube.com/watch?v=wVKSxpacj2c). Rossano interpretou o papel de um argentino (Santiago Morales) na novela "Carinhoso". É interessante que a morte do diretor brasileiro abre as feridas do passado, da época negra da história brasileira; enquanto "Carinhoso" era líder de audiência, milhares de brasileiros estavam sendo perseguidos, torturados e mortos pelos agentes da repressão.


(*) Freddy de Freitas,
46 anos, divorciado, é cidadão americano, nascido no Hospital de Base em Brasília; ex-aluno dos colégios Marista e Objetivo;
cursou jornalismo na Universidade de Brasília (UnB), trabalha para o governo norte-americano e é colunista titular do Portal Brasil.


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