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- I M I G R A Ç Ã O -
16 / SETEMBRO / 2007
POR FREDDY DE FREITAS (*)

O pecuarista astronauta

            Com os preparativos da festa de fim de ano, eu tive que trabalhar arduamente para fechar minha coluna desta quinzena mais cedo. Afinal, no pôr-do-sol de quarta-feira (12/09/2007), começou o ano judaico de 5768.

            Um dia antes, eu recebi um e-mail de uma internauta de de Itacoatiara (AM), me perguntando se havia alguém no Brasil que tenha me impressionado como ser humano. É uma questão muito delicada, principalmente porque tenho inúmeros amigos no Brasil. E o e-mail me levou ao passado.

            Eu tinha uma profunda admiração pelo bispo dom Jorge Eduardo Marskell, da Prelazia de Itacoatiara (AM). Dom Jorge, falecido em 1999, tinha uma verdadeira vocação para caminhar junto com o povo.

            Luiz Romero Patury Accioly, ex-secretário da Receita Federal, também falecido, foi uma pessoa que teve presença marcante em minha vida. Há uma passagem bem interessante: uma vez eu estava num almoço na casa do Patury, quando comecei a ter uma crise renal. Fui parar no Hospital de Base. Crise renal e crise de vesicular causam dores que não há como descrever. O Patury segurou minha mão o tempo todo no hospital, até que a dor parou.

            Eu acredito que a pessoa por quem tenho maior admiração no Brasil é o pecuarista Carlos Viacava (foto).

            Viacava foi um dos principais articuladores da economia brasileira no final dos anos 70 e 80. Tempos difíceis para a economia, política e sociedade brasileira. Ele foi o maestro dos superávits da balança comercial brasileira nos anos 80. Enquanto a área econômica sofria ataques da Imprensa, Viacava se destacava nas primeiras páginas dos grandes jornais como o mentor do expressivo desempenho da balança comercial brasileira.

            Viacava graduou-se pela Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da Universidade de São Paulo e começou a trabalhar com o então secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, professor Delfim Netto, aos 25 anos. Quatro anos mais tarde, passou a exercer o cargo de diretor do Instituto Brasileiro do Café, onde permaneceu até março de 1974.

            Com vasto conhecimento na área cafeeira, tomou posse como diretor comercial da Cacique Café Solúvel em 1975, e em seguida foi nomeado diretor-geral da empresa.

            Em 1981, a convite do então ministro da Fazenda, Delfim Netto , assumiu o cargo de secretário Especial de Abastecimento e Preços da Secretaria de Planejamento. Numa fase bem pitoresca da economia brasileira,   o “chuchu” e o “barbeiro” (que corta cabelo) foram acusados de serem os vilões da inflação. Ele também exerceu o cargo de secretário-geral do Ministério da Fazenda. Em 1983, assumiu a diretoria da Cacex - Carteira de Comércio Exterior. Viacava retornou aos quadros da Cacique Café em 1985.

            Ele foi, sem dúvida, um dos braços direitos do ministro da Fazenda, Delfim Netto que presidiu o período de crescimento mais acelerado e mais longo da história brasileira batizado de Milagre Econômico. O Brasil passou a ocupar a posição de oitava economia mundial (9ª em 2006).

            Para responder a pergunta, graças ao desenvolvimento tecnológico, digitei o nome Carlos Viacava num desses sites de busca, e fui descobrir que Viacava, aos 66 anos, está revolucionado a área de criação bovina no país. Ele investe pesado na área de pesquisa cientifica. http://www.carlosviacava.com.

            Com a tecnologia de um lado, e o espírito empreendedor e visionário de pecuarista, não será surpresa se daqui a vinte anos se descobrir que ele estará fabricando foguetes espaciais, virando, portanto, o Pecuarista Astronauta.

N C: O principal eu já ia esquecendo: não é nada comum conhecer uma pessoa verdadeiramente espiritual. No entanto, quando conhecemos alguém assim, podemos sentir sua espiritualidade pelo seu toque, em sua voz, e muitas vezes podemos ainda vê-la em seu olhar. Carlos Viacava é uma destas pessoas. Ele tem um espírito de amor, compaixão e sentimentos sem limites pelas pessoas e pelo mundo que o rodeiam. Viacava normalmente expressará sentimentos de forma única e melhor que qualquer um. Assim como expressa nos seus negócios, e mais ainda na sua vida privada diária, ele tem uma grande compaixão espiritual e amor pelos outros. É uma experiência sem igual sentar e observá-lo mover-se, relacionar-se, agir com as pessoas. Neste momento é impossível saber o que fará com sua vida, ou para onde irá, mas é claro que possui a força e a alma necessárias para grandes conquistas. Para mim, Viacava é um símbolo vivo de todas as coisas que podem ser boas e maravilhosas nesta vida - não é fantasioso, não é rico, não é pretensioso, mas simples, puro e bom. Por favor, deixe que Viacava continue a ter força para se mover além com sua missão e seus objetivos para sua própria vida e para a pecuária brasileira. Talvez ele próprio precise descobrir a si mesmo.

Expresso americano

*Cerca de dois milhões e meio de brasileiros vivem nos Estados Unidos, de acordo com especialistas em Imigração, mas o mais recente censo norte-americano, divulgado esta semana, sinaliza apenas 342.555 cidadãos da terra de Lula vivem nos EUA. A explicação mais comum sobre a diferença dos números do censo americano e dos cálculos dos especialistas de Imigração é que muitos brasileiros estão ilegais no território americano e preferem não participar de pesquisas, embora os questionários não incluam perguntas sobre o status legal dos entrevistados.

*Os brasileiros não têm boa reputação nos Estados Unidos. É a única comunidade estrangeira nos Estados Unidos que é desunida. Para a maioria dos brasileiros, a comunidade é egoísta. Segundo uma mineira de João Monlevade, que mora em Madison, capital do estado de Wiscosin, há quatro anos ilegalmente nos EUA, “a comunidade brasileira é mesquinha, rancorosa, invejosa e fofoqueira“. A mineira desabafa.

* A atriz Sônia Braga não emplacou no mercado Americano por diversos motivos, mas o principal foi a questão do idioma. A atriz Beth Farias disse que nunca viria trabalhar nos Estados Unidos por que não que representar papéis de chicana. Segundo ela, é difícil perder ou reduzir o sotaque.

* Cerca de 95% dos imigrantes brasileiros ilegais nos Estados Unidos expressam sentimentos de tristeza e solidão e já pensaram em suicídio .

* O reparador de telhas, Maxsuel Medeiros, de 25 anos, morreu sob custódia da polícia de Massachusetts, após ter contraído uma doença ainda não identificada. O brasileiro vivia na cidade de Framingham (MA). Este é o segundo caso de brasileiros mortos em prisões norte-americanas em menos de trinta dias. O reparador de telhas  havia sido preso em 31 de agosto, após ser parado por uma infração de trânsito e a polícia descobrir que existiam dois mandados de prisão contra ele. Ele vivia nos Estados Unidos desde 1999 ilegalmente, e segundo o governo Americano, Medeiros usava mais de um documento de identidade.

* A comunidade brasileira de Indianápolis, capital do estado de Indiana, não aprovou a primeira churrascaria da cidade. Segundo um dos brasileiros, que comanda a vida social da comunidade tupiniquim em Indianápolis,  “o serviço é  péssimo, e a churrascaria não tem diversas opões de carne.”  Uma brasileira  ressalta “que eles não oferecem quantidade suficiente de carne“, e que num certo ponto os empregados da churrascaria tomaram o prato dela, alegando que ela estava “comendo demais“.

*  Uma brasileira residente em Edison, Nova Jersey, me escreveu reclamando que eu fico dando conselho para ilegais na minha coluna. Eu simplesmente informei um direito constitucional de todos os residentes nos Estados Unidos. De acordo com a 4ª emenda da Constituição americana, as polícias locais, estaduais ou federais que desejam entrar na casa de qualquer cidadão com o propósito de conduzir uma vistoria ou uma prisão DEVEM possuir um mandato judicial.

*Em tempo de poda, passarinho não pia. Para os brasileiros que vivem em situação irregular nos Estados Unidos, todo cuidado é pouco.

Feliz 5768 a todos os brasileiros.

(*) Freddy de Freitas, 46 anos, divorciado, é cidadão americano, nascido no Hospital de Base em Brasília; ex-aluno dos colégios Marista e Objetivo;
cursou jornalismo na Universidade de Brasília (UnB), trabalha para o governo norte-americano e é colunista titular do Portal Brasil.


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