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Quando temos consciência das nossas habilidades nos tornamos mais confiantes e percebemos que somos capazes de crescer

            Há algum tempo eu estava engrenado numa promissora carreira na área de tecnologia. Foram 28 anos de investimento da minha vida nesse segmento. Minha situação permitia oferecer conforto material para minha família, eu era reconhecido como profissional dedicado e eficiente e seguia o "correto" modelo aceito pela sociedade. Porém, a minha trajetória profissional não correspondia aos meus sonhos mais íntimos. Eu ansiava por trabalhar na área de treinamento, tratar com pessoas e não com máquinas. Nessas circunstâncias, diante de uma situação adversa, eu só tinha dois caminhos: continuar na mesma situação ou investir numa nova carreira. Com todos os prós e contras, optei pela segunda alternativa e hoje, além das habilidades que eu já sabia que tinha, descobri muitas outras e sei que ainda tenho muito mais para desenvolver.

            Foi num período de adversidade que descobri o poder transformador que há em mim. Precisei de coragem e ousadia para mudar o rumo da minha história, mas eu acreditava que podia ser melhor e decidi investir. As pessoas que acreditam no seu potencial não se intimidam com as circunstâncias e conquistam êxito em seus empreendimentos. A verdadeira consciência de um potencial conduz a pessoa a acionar um mecanismo interno que gera a capacidade de responder a todos os níveis de exigência e dificuldade, sem perder o foco.

            Toda conquista é determinada a partir da autoconfiança. Quando temos consciência das nossas habilidades, do nosso potencial, nos tornamos mais confiantes e percebemos que somos capazes de crescer. O mundo corporativo está atento a isso e busca profissionais conscientes e seguros, que não permanecem em lugares que limitam sua visão. Porém, ainda é comum encontrarmos pessoas que, por ocupar uma posição "estável", por medo ou por insegurança, não exploram seus potenciais e estagnam emocional, pessoal e profissionalmente. Esse é um risco muito sério e suas conseqüências prejudicam todos os tipos de relações e projetos.

            Por outro lado, é importante ressaltar que acreditar no próprio potencial não significa investir em arriscadas guinadas na carreira ou nos negócios. Cada um deve respeitar seu processo interno e estabelecer parâmetros baseados na própria realidade. É necessário obedecer estágios, ter a convicção de seu potencial e saber onde quer chegar. Para tudo há um começo. Não importa se para alguns o início é (re)descobrir habilidades, analisar seu histórico, condições emocionais e financeiras, buscar meios para a realização de um projeto ou até descobrir na adversidade a oportunidade para novos rumos. O relevante é direcionar o foco no próprio potencial.

            Somente a partir da tomada de consciência de si próprio é que as coisas e circunstâncias ao redor sofrem transformações. O comodismo não indica caminhos. Para fazer com que seu potencial corresponda às transformações é necessário certa dose de coragem, ousadia e anseio por novos desafios e tudo isso se conquista com atitude, iniciativa e, principalmente, com o primeiro passo.

(*) Yasushi Arita é facilitador do Leader Training, diretor da Arita Treinamento e Consultoria
e autor do livro "Olhe o que você está fazendo com a sua vida!".
Site: www.arita.com.br /E-mail: [email protected]

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