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M O T I V A Ç Ã O & E M P R E E N D E D O R I S M O
01 /
OUTUBRO / 2007
PAIS VAMOS ANTECIPAR O FUTURO?
Por Gilberto Wiesel (*)
O mercado de trabalho necessita de nós. Refiro-me a todos aqueles que são
pais.
O papel de pai pode despertar em nós um verdadeiro líder ou revelar
um opressor. Isso porque os filhos sofrem nossa influência e serão reflexo
daquilo que ensinamos, ou daquilo que anulamos.
No futuro, quando estiverem crescidos, às vezes, exigimos deles atitudes
que não fomos capazes de oferecer. Nós os empurramos para o mercado de trabalho,
sabendo inconscientemente que eles estão despreparados e longe do que havíamos
idealizado, mas mesmo assim, insistimos que o mercado os absorva e os encaminhe
para dias melhores.
Onde excluímos nossos filhos?
O que incutimos neles?
Em quem e no que acreditam?
Somos pessoas dotadas de inteligência, muitas vezes, de uma inteligência
construída por anos de estudos, especializações importantes, viagens pelo mundo,
enfim, pais com uma cultura capaz de libertar o mais aprisionado ser humano. E o
que fazemos aos nossos filhos? Gritamos em silêncio:
- Você não é capaz de...
- Você não pode...
- Isso não é para você...
- Fulano é melhor que...
Não somos capazes de promover a independência deles, pois tememos que:
- A nossa solidão ficaria
insuportável.
- A razão de ser e existir são nossos
filhos, e, portanto devemos prendê-los perto de nós.
- O amor verdadeiro é manifestado
mediante a superproteção.
- Por isso, quanto mais pudermos evitar
que o filho sofra, melhor.
Assim, amamos os nossos príncipes e
princesas, para que amanhã comandem seus castelos ilusórios. Então, pais e
filhos, conhecem de perto a frustração.
Sabe-se que o
mercado não perdoa, somente contratará àqueles que aprenderam, desde cedo, a
importância e a utilidade das suas asas.
Pais, colegas de jornada e amigos, vamos
embarcar nossos filhos para viajem pelo cenário mundial e, de tempos em tempos,
vamos reafirmar-lhes o nosso amor e a nossa confiança no seu instinto, assim,
sua viagem resultará em emoções que não poderemos lhes contar, já que terão de
ser experimentadas. É preciso que eles tenham a certeza de que estejam onde
estiverem, sempre estaremos esperando e, principalmente, guardando o seu lugar.
Em consonância com o exposto, ressaltamos
que não estamos falando de desprendimento, mas de amor porque o amor não sufoca,
promove independência;
O amor não abafa, ele amplia nossos limites, traz novidades ao
cotidiano, reforça nossa bagagem cultural, dá parâmetros para comparações e
auxilia nossos filhos a se prepararem para o amanhã. Se não pudermos estar com
eles no futuro, pelo menos estaremos neles. Afinal, o papel de um pai é auxiliar
o filho a se expandir para que o filho siga em frente e conquiste a plenitude!
(*) Gilberto Wiesel
é consultor de empresas,
conferencista, empresário,
escritor, agropecuarista
e graduado em Administração de Empresas.
Foi colunista titular do
Portal Brasil por alguns anos - Seu site:
www.gilbertowiesel.com.br.
A PROPRIEDADE INTELECTUAL DOS TEXTOS É DE SEU AUTOR
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