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ATUALIZAÇÕES QUINZENAIS
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INDICAÇÕES DA QUINZENA:
Becket, o favorito do Rei (Becket), de Peter Glenville, 1964 - A intricada relação entre o rei Henrique II (Peter O’Toole) e seu amigo de farras Thomas Becket (Richard Burton) que, ao se tornar arcebispo de Canterbury, acaba por se tornar seu pior inimigo.
Uma estrutura teatral que leva em consideração a obra-prima de Jean Anouilh e que tem dois grandes atores em momentos culminantes de suas carreiras e constroem um duelo que marca a história do cinema do século passado.
Se o filme acaba por se ressentir de ser teatro filmado, é teatro da melhor qualidade e que consegue estabelecer um grau de ação que supera eventual prejuízo cinematográfico de tal fato.
Cotação: A+
Operação França (The French Connection), de William Friedkin, 1971 - A história reais de dois policiais de Nova York que buscam impedir que um carregamento de drogas vindo da França entre nas ruas da cidade é a trama central de “Operação França”.
Os protagonistas encontram no caminho um intricado jogo de corrupção policial e relações interpessoais que acabam por interferir em seu trabalho.
Baseado em história real, o filme tem na performance de Gene Hackman e na montagem inovadora à época seus principais elementos que, ainda hoje, trinta anos depois ainda fazem do filme um policial vigoroso.
Cotação: B+
Filhos do silêncio (Children of a Lesser God), de Randa Haines, 1986 - O romance entre o professor James (William Hurt) e a jovem deficiente auditiva Sarah Norman (Marlee Matlin) que se envolvem numa trama em que os conceitos sobre opções de vida são postos a prova a todo momento.
Baseado em conceituada peça de teatro, o filme vale-se do ótimo elenco para valorizar as discussões sobre a necessidade de expressão dos deficientes auditivos e dos conceitos que os ouvintes possam ter do universo deles.
Um bom trabalho de Hurt que dá suporte à brilhante prestação de Matlin que consegue demonstrar os sentimentos de Sarah de modo intenso.
Cotação: B-
Piaf – Um hino ao amor (La Môme), de Olivier Dahan, França, 2007 - A cinebiografia de Edith Piaf (Marion Cotillard) foi realizada de forma descontínua em que o diretor Olivier Dahan alterna momentos do início e do final da vida da cantora que foi a voz da França no século passado.
O trabalho meticuloso e premiado de bela Marion Cotillard é a marca central do filme que exigia uma grande interpretação, já que a grande figura da vida de Piaf foi a própria cantora com sua alternância de humor e sentimentos.
Um roteiro bem realizado e que faz bom uso das hoje clássicas canções de Piaf e que encerra o filme com uma visceral “Je ne regrette rien”.
Cotação: A-
Por Lourival Sobral, colunista de cinema
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