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GESTÃO DE MARKETING E NEGÓCIOS
0 1  /  J U L H O  /  2 0 0 8

MALA-DIRETA: EVITE SER UM "MALA"!
Por Carlos Alberto de Faria (*)

            Vamos de MALA DIRETA: evite ser um "mala"! E mala SEM ALÇA!!!

            Bem, este é um assunto atualíssimo, que permeia nossos dias, as conversas e a mídia: a mala direta, o spam, o lixo digital...

            Vamos a alguns fatos atuais e relevantes:

1. um amigo meu, pessoa do mais alto nível, residente em Florianópolis, aposentado, paciente, acaba de informar a nós, seus amigos, que se mudarem de "e-mail", precisam telefonar para ele, pois ele pôs um filtro só com os endereços dos amigos, não agüenta mais anúncio de Sistema Trabalhe em Casa, oferta de software pirata, oferta de Viagra, etc. e tal;

2. a revista EXAME, de 14.05.2003, em sua coluna "capital digital", intitulada "Chega de lixo no meu "e-mail!", assinada por Helio Gurovitz, (página 116), informa que perde 15 minutos toda manhã apagando tudo antes de começar a trabalhar;

3. a revista EXAME, na sua edição seguinte, de 28.05.2003, vem com um artigo na área de tecnologia, intitulado "Afogado em spam", assinado por Sérgio Teixeira Jr., informa que por R$ 10,00 - sim, dez reais! - você compra, no site de leilões da Mercado Livre, "o seguinte produto: 50 milhões de "e-mails" mais programa para envio em massa"!!!

4. alguns assinantes do nosso Boletim Eletrônico Semanal pediram para que eu falasse nesse assunto, sob o ponto de vista de atrair mais e melhores clientes.

            Primeiramente eu recomendo a leitura dos artigos acima. Os dados estatísticos, aqui apresentados, foram retirados destes artigos.

            Para continuar, vamos explicar alguns termos:

SPAM: e-mail indesejado, não solicitado, empurrado bits adentro do seu micro, sem sua permissão.

OPT-IN: lista de endereços eletrônicos de pessoas ou organizações que concordaram, optaram voluntariamente, em receber mensagens eletrônicas de quem "monta" essa lista.

            A mala direta, que antes era um luxo, no início da Internet, agora virou lixo. E o estado de espírito das pessoas que recebem muitos "e-mails" indesejados - malas diretas não solicitadas - torna-se crítico, para dizer o mínimo, para quem quer iniciar uma relação comercial duradoura.

            O fato dos "e-mails" indesejados, não solicitados, é provocado pelo baixíssimo custo e enorme abrangência da superinfovia, que no parecer do primeiro articulista acima, estaria se transformando num superinfoesgoto. Essa percepção é real, os e-mails indesejados já chegam próximo de 50% de todo o tráfego de correio eletrônico do mundo! Em 2001 era somente 8%. Mas não só por isso ...

            Para quem inicia ou descobre a mala direta, via "e-mail", parece ser muito produtivo, joga-se a rede e o que cair nessa rede (*) é lucro. Gera-se negócios pontuais, em quase sua totalidade; pouca quantidade de negócios frente ao volume de "e-mails". Eu desconfio que quem mais fatura são os vendedores de lista de "e-mails" e dos programas de envio em massa!

            Há um princípio, na área de serviço, mais precisamente na área de atendimento ao público, que diz:

            O primeiro contato é a última oportunidade que se tem para causar uma primeira e boa impressão.

            Um fato semelhante acontece com os "e-mails" indesejados, a oportunidade de causar uma primeira e boa impressão foi para o espaço. Com isto vocês já perceberam qual é a minha posição, a posição de quem quer fazer um negócio sério!

            Se eu quero respeito, eu tenho que respeitar.

            A vida é um eco, se você não está satisfeito com o que está recebendo, verifique o que você está emitindo.

            A 1º regra é básica para convívio comercial - e não só comercial! -, já a 2º regra vale para pessoas e empresas, mas não vale, definitivamente, para "e-mails" indesejados. Eu não mando "e-mails" indesejados e os recebo aos montes!

            Não sou contra mala direta, sou contra spam. Note que este Boletim é uma mala direta, mas não é "spam". Há maneiras e maneiras de se fazer mala direta.

            Alguns defendem a idéia de que você pode enviar um e-mail inicial, perguntando se a pessoa tem interesse em continuar recebendo. Caso haja a resposta positiva, inicia-se o envio sistemático. Eu considero essa forma um pouco agressiva e intrusiva.

            No marketing de produtos havia uma técnica chamada "push-pull", que poderia ser traduzida por "empurrar os produtos para os revendedores, através de vendas agressivas, e trazer os clientes, através da propaganda, para os revendedores.

            A técnica para criar listas, essencialmente "opt-in", é "pull-push": atrair os possíveis clientes potenciais para o seu "site" e, então, conduzi-los a optar por assinar sua mala direta, pelo interesse no conteúdo diferenciado. É simples, mas não é fácil, e demanda tempo.

            Portanto, para criar um lista "opt-in", para não se transformar num "mala sem alça", observe os seguintes princípios:

1. Uma lista "opt-in", obtida ao longo do tempo, é básico para se fazer uma mala direta e é, adicionalmente, um bem valorizadíssimo.
2. A sua lista "opt-in" não se empresta, não se vende.
3. Só você, e somente você, deve manipular e enviar "e-mail" para o pessoal da sua lista "opt-in", dentro dos critérios inicialmente estabelecidos.
4. Quanto mais exclusiva sua lista "opt-in", mais valor ela tem.
 

(*) Carlos Alberto de Faria é sócio diretor da Merkatus.

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