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R E L I G I Ã O
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A INSENSIBILIDADE DE ASSUERO
Por Bruno Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil

            Quando Abraão venceu os inimigos procurou Melquisedeque, rei de Salém, um homem-mistério porque foi sacerdote do DEUS altíssimo, mas sua origem é desconhecida. A título de exemplo, a Bíblia desvela a genealogia de Adão a Abraão e, de Abraão a JESUS, demonstrando que JESUS é o messias. Mas no tempo de Abraão, do qual DEUS levantaria uma nação estandarte do seu glorioso nome, àquela época, esse Melquisedeque era sacerdote do DEUS altíssimo, pelo que Abraão, sem lei, sem ordenamento, sem estatuto, entregou o dízimo de tudo o que DEUS lhe dera em vitórias e despojos mas mãos de Mardoqueu, uma vez que esse princípio fluía da relação de intimidade da Abraão com seu DEUS, e não dependia de lei.

            Daí em todas as culturas, por mais pagãs, idólatras, animistas, panteístas que sejam, sempre se observa um fator que culturalmente aponta à existência do DEUS único e verdadeiro , criador do céu e da terra e, do seu FILHO, o MESSIAS, é o denominado “fator Melquisedeque”. Ao tempo do império medo-persa, no reinado de Assuero, que governou da Índia à Etiópia, seu "fator Melquisedeque" era o próprio povo do DEUS altíssimo, os judeus espalhado pelos rincões. 

            Então, o mais alto dignitário do reino se indignou contra um judeu, Mardoqueu e, mais, resolveu pedir o extermínio não só dele, mas de todos os judeus que morreriam de graça, desconhecendo o por quê. Eis a reação do rei Assuero no momento do pedido – Ester capítulo 3, versículos 8 a 15:

"E Hamã disse ao rei Assuero: Existe espalhado e dividido entre os povos em todas as províncias do teu reino um povo, cujas leis são diferentes das leis de todos os povos, e que não cumpre as leis do rei; por isso não convém ao rei deixá-lo ficar. Se bem parecer ao rei, decrete-se que os matem; e eu porei nas mãos dos que fizerem a obra dez mil talentos de prata, para que entrem nos tesouros do rei. Então tirou o rei o anel da sua mão, e o deu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, adversário dos judeus. E disse o rei a Hamã: Essa prata te é dada como também esse povo, para fazeres dele o que bem parecer aos teus olhos. Então chamaram os escrivães do rei no primeiro mês, no dia treze do mesmo e, conforme a tudo quanto Hamã mandou, se escreveu aos príncipes do rei, e aos governadores que havia sobre cada província, e aos líderes, de cada povo; a cada província segundo a sua escrita, e a cada povo segundo a sua língua; em nome do rei Assuero se escreveu, e com o anel do rei se selou.  E enviaram-se as cartas por intermédio dos correios a todas as províncias do rei, para que destruíssem, matassem, e fizessem perecer a todos os judeus, desde o jovem até ao velho, crianças e mulheres, em um mesmo dia, a treze do duodécimo mês (que é o mês de Adar), e que saqueassem os seus bens. Uma cópia do despacho que determinou a divulgação da lei em cada província, foi enviada a todos os povos, para que estivessem preparados para aquele dia. Os correios, pois, impelidos pela palavra do rei, saíram, e a lei se proclamou na fortaleza de Susã. E o rei e Hamã se assentaram a beber, porém a cidade de Susã estava confusa."

            Contudo, Hamã desconhecia que Ester, a amada rainha do rei, era judia, porque até o rei não sabia, uma vez que Mardoqueu, a quem Hamã odiava, era pai adotivo de Ester. O símbolo de Israel é um candelabro com sete velas, pois Israel é a luz de DEUS a todos os povos, daí JESUS afirmar que a salvação vem dos judeus: JESUS é judeu. Então Assuero apagaria a luz da sua própria salvação, a real esperança de vida eterna, por aceder irrefletidamente ao pedido de um amigo, até que Ester arriscou a vida para entrar à presença do rei - pois só poderia fazê-lo se o rei chamasse -, pedindo que o rei e seu mais alto dignitário, o sanguinário Hamã, comparecessem a um banquete no palácio da rainha, onde manifestaria um requerimento ao rei.

            Hamã se ensoberbeceu sobremaneira. Recebera do rei o extermínio dos judeus sem custo financeiro algum, e agora participaria de um banquete exclusivo, restrito a ele e ao rei. No primeiro encontro o rei perguntou-lhe o que desejava, mas só revelou no segundo banquete, e o fez nestes termos – capítulo 7 de Ester:

“VINDO, pois, o rei com Hamã, para beber com a rainha Ester, disse outra vez o rei a Ester, no segundo dia, no banquete do vinho: Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu desejo? Até metade do reino, se te dará. Então respondeu a rainha Ester, e disse: Se, ó rei, achei graça aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha petição, e o meu povo como meu desejo.  Porque fomos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem, e aniquilarem de vez; se ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia; ainda que o opressor não poderia ter compensado a perda do rei. Então falou o rei Assuero, e disse à rainha Ester: Quem é esse e onde está esse, cujo coração o instigou a assim fazer? E disse Ester: O homem, o opressor, e o inimigo, é este mau Hamã. Então Hamã se perturbou perante o rei e a rainha. E o rei no seu furor se levantou do banquete do vinho e passou para o jardim do palácio; e Hamã se pôs em pé, para rogar à rainha Ester pela sua vida; porque viu que já o mal lhe estava determinado pelo rei. Retornando, pois, o rei do jardim do palácio à casa do banquete do vinho, Hamã tinha caído prostrado sobre o leito em que estava Ester. Então disse o rei: Porventura quereria ele também forçar a rainha perante mim nesta casa? Saindo esta palavra da boca do rei, cobriram o rosto de Hamã. Então disse Harbona, um dos camareiros que serviam diante do rei: Eis que também a forca de cinqüenta côvados de altura que Hamã fizera para Mardoqueu, que falara em defesa do rei, está junto à casa de Hamã. Então disse o rei: Enforcai-o nela. Enforcaram, pois, a Hamã na forca, que ele tinha preparado para Mardoqueu. Então o furor do rei se aplacou".

            É óbvio que, conquanto assinara o decreto de extermínio, Assuero não se lembrava do que fizera, nem de quem o induzira a tal desatino e, vindo-lhe o tino, determinou a morte de Hamã, estabeleceu Mardoqueu como conselheiro e exarou novo decreto permitindo que os judeus se defendessem, recebendo armas e apoio dos emissários reais, a ponto de muitos se passarem por judeus, dado o terror favorável à nação outrora reservada ao ocaso.

            Há pessoas e circunstâncias que DEUS disponibiliza, assim como desvelou Israel ao mundo, para os que anelam a salvação encontrem o DEUS verdadeiro que concede vida eterna aos que o buscam. Mas há uma força para extirpar os conectores que DEUS estabeleceu, cuja insensibilidade, como a de Assuero, pode defenestrar a ponte de ouro da salvação, até que DEUS traga uma “Ester”, uma nova oportunidade de abrir os olhos para salvação, dentro do seu coração, a fim de reconstruir em sua vida o que o diabo destruiu: a leitura das Escrituras Sagrada, a oração, o jejum, a comunhão com homens de DEUS.       

            A moral é esta: a insensibilidade espiritual mata.

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