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ESTER, CONEXÃO E DESCONEXÃO
Por Bruno Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil

            Os discípulos não sabiam bem quem era JESUS, ressalvada convicção de que ELE estava além da compreensão, mas sentiam-se bem perto Dele. Prova disso e que, transcorridos tantos milagres, ELE os redargüiu sobre sua natureza. Só Pedro acertou – “Tu és o CRISTO o filho de DEUS” -, ainda assim porque o DEUS PAI o revelara. Ester experimentou um pouco disso. 

            JESUS assentou que a salvação vem dos judeus. Ester é judia, logo, ao entrar no palácio de Assuero, a esperança da salvação, as asas da vida eterna seguiram Ester, a estrela em persa, e, tal como desconheciam a origem divina de JESUS, lhes restou oculto ascendência judaica de Ester até momento oportuno da revelação reservada por DEUS, igual ao observado no ministério de JESUS, que peregrinou com sua origem incógnita até o momento da revelação.

            Mateus, capítulo 1, versículo 21 desvela o propósito de JESUS, salvar seu povo de seus pecados; o de Ester, salvar seu povo do extermínio, conquanto Ester não soubesse o que lhe aguardava. São duas histórias com locações no espaço-tempo propositais, a de Ester e a de JESUS. Noutra dicção, ambos tinham de estar onde estiveram no tempo em que estiveram por um propósito: a concessão da vida eterna, porque se DEUS não usasse Ester para preservar os judeus, JESUS não poderia vir ao mundo conforme a profecia de que seria judeu, da tribo de Judá, filho de Davi.

            Milhares de jovens e adolescentes estudam, jogam, trabalham e vivem a ubiqüidade digital, digitalizando até a forma de raciocinar, cônscios da dinâmica e profundidade do caos, em dimensão maior que outrora experimentada em face da amplitude de informações a que estão sujeitos, somada às possibilidades de comunicação. Uma garota brasileira pode conversar no orkut com um garoto tailandês e questionar se não seria esse o príncipe encantado das fantasias femininas, cultivadas desde a tenra idade, pois todas as meninas sonham com seu príncipe encantado.

            Alguns anos atrás ele teria a cor da sua pele, a mesma hipérbole dos seus olhos. Mas hoje as opções se multiplicam exponencialmente. “In the sky full of people only someone to find, is it not crazy? era o refrão do cantor inglês Seal no início da década de noventa, porque a vastidão digital faz imperar convicção de se estar solto no caos, daí uma vida eventualmente sem propósito espiritual, desconectada aparentemente de DEUS.

            No livro de Ester, Mardoqueu representava diante do pórtico real a esperança dos judeus por dias melhores, só que pelo curso natural da história jamais entraria à presença do poderoso rei Assuero para interceder pelos subjugados judeus. Soube do concurso para escolha da rainha, encaminhou Ester, sua filha adotiva que maravilhosamente alcançava graça e favor diante dos servos do rei, a ponto de ser a única a que Hegai, o eunuco encarregado da casa das mulheres, instruiu para entrar à presença do rei e, assim, soube do lado de fora do palácio que sua filha adotiva, Ester, se tornara rainha.

            Mas em nenhum momento, apesar do feito mirabolante, Mardoqueu recebeu de DEUS a confirmação de que aquele fora seu propósito. Não houve palavra profética, menção de anjos, referência nas Escrituras quanto àquela situação específica. Ela só tinha intuição de que algum judeu precisava estar mais próximo ao rei para interceder pelos judeus, apesar de ninguém saber ser Ester judia, pois Mardoqueu a instruíra a isso, até que Hamã, o inimigo dos judeus se levantou para exterminar o povo de DEUS.

            Pela amizade de Assuero, o rei, com Hamã, seu mais honrado príncipe, a conexão para o extermínio da nação judaica foi instantânea, a custo zero, porque o rei rejeitou a oferta dele para arcar com os custos da operacionalização. Ficaria tudo à cargo do tesouro real. Esse Hamã é descendente de Amaleque, pai dos amalequitas, nação que se esmerou em aniquilar os judeus por emboscadas, cujo filho agora detinha a possibilidade idílica do seu povo.        

            Ester teria de interceder pelos judeus, mas como, se há trinta dias o rei não a chamara e só poderia adentrar à sua presença se o fizesse com o risco de perder a vida? Mardoqueu não tinha certeza se DEUS elevara Ester ao trono, mas possuía duas convicções: a) se Ester poderia fazer algo, ainda que morresse, tinha de fazer, senão responderia com a vida; b) se nada fizesse, de alguma forma DEUS levantaria respiro e socorro aos judeus, mas cobraria de Ester a inação, pelo que a advertiu nestes termos – Ester, capítulo 4, versículo 14:

Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de outra parte sairá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?

            Ester entrou com intrepidez à presença do rei sem ser chamada, depois de três dias de jejum, o qual lhe estendeu o cetro para que não morresse e, no desenrolar fático, ensejou o enforcamento de Hamã e a subida de Mardoqueu, seu pai adotivo, à corte como administrador do reino.  

            Todos os salvos são filhos espirituais de Abraão e nenhum deles está solto, desconectado sem propósito. Cada um deles foi alocado por DEUS numa casa, numa família, num bairro, numa empresa, numa esquina, num clube, numa cidade, num país, numa comunidade do orkut, a uma, para abençoarem os outros filhos de Abraão, a duas, para desconectarem as pessoas dos encostos demoníacos, das amizades que militam contra tudo o que conecta a DEUS, apontando para JESUS, porque só ELE é o caminho, a verdade e a vida, conectando-as com tudo o que aponta a JESUS.

            O fundo subjacente à história de Ester e de Mardoqueu, bem como do extermínio dos judeus, é a eliminação da raiz genética da qual adviria o MESSIAS, JESUS, filho de Davi, da tribo de Judá, filho de Jacó filho de Abraão. Esse é o ponto crucial da história, o relevo pontual.

            Trata-se de uma história de conexão e de desconexão. De desconectar aqueles que querem eliminar os pontos de contato com JESUS, os “Hamãs”, para conectar com os que criam elementos de contato com o MESSIAS , os “Mardoqueus”, propiciando aos homens o privilegio de encontrar JESUS e, mediante a intimidade com ELE, receberem a vida eterna.

            Essa é a missão aos filhos de Abraão, aos quais DEUS reservou promessa relacionada ao significado do nome Ester  - Estrela em persa – (Daniel, capitulo 12, versículo 3):

"Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente."

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