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POR QUE ESTUDAR MARCOS?
Treze motivos
Por Pastor Luciano Roberto (*)
Estudar o Evangelho segundo Marcos tem sido, para mim, uma experiência fascinante. A densidade e a profundidade do texto não me permitiram sair do 1º capítulo até hoje. Se você quiser, ainda dá tempo de ler o texto e de nos acompanhar no estudo. Para desafiá-lo, vou lhe dar treze motivos para estudar o Evangelho de Marcos:
1. Ele foi o primeiro evangelho a ser escrito e, portanto, retrata a primeira versão dos fatos a respeito de Jesus e sua obra.
2. É o mais sucinto dos evangelhos. Marcos foi ao ponto quanto aos assuntos e aspectos que queria destacar. A objetividade facilita a compreensão do livro.
3. É o Evangelho da ação. O ritmo frenético dos acontecimentos revela a intenção do autor de sobrepor as ações às palavras de Jesus. Os discursos de Jesus e suas as apresentações doutrinárias são quase que suprimidas.
4. O Evangelho revela os sentimentos de Jesus de forma impressionante. Basta ler: Marcos 3:5; 5:32; 7:34; 8:33; 6:6; 10:14; 10:21; 8:12.
5. O livro apresenta Jesus como “Servo”. Intencionalmente, Marcos evita o título de “Senhor” no seu evangelho. Nos outros três evangelhos este título é dado a Jesus cerca de 70 a 80 vezes mas Marcos usa-o raramente, mais como forma de tratamento.
6. Ele é a fonte de consulta e base de comparação para os outros evangelhos. Um estudo comparativo mostra que o conteúdo de Marcos está, em média, entre 80 a 85 por cento nos outros evangelhos.
7. Ele leva-nos a procurar entender as razões da omissão da narrativa da encarnação. Nenhum evento contextual do nascimento de Jesus foi contado por Marcos.
8. É um texto destinado a gentios (não judeus). A história foi contada para que as pessoas, sem o conhecimento da complexidade da religião judaica, pudessem entender. Os termos são coloquiais, a história é sem mistérios.
9. O livro de Marcos revela a centralidade do ministério de Jesus na Galiléia. Ali cumpria Ele a profecia de Isaias 9:1ss.
10. Nele podemos perceber a essencialidade do poder divino para continuar a obra de Cristo. Por esta razão o livro termina no capítulo 16 falando do poder delegado à igreja. Não um poder temporal e político, mas atemporal e espiritual.
11. A revelação do amor: todos os evangelhos são, em essência, cartas de amor. O amor de Deus ao enviar Seu Filho; o amor de Jesus por se submeter ao alto preço para nos salvar. Ninguém nunca amou como Deus nos ama. Não se trata de amor doentio, possessivo e obsessivo; é amor incondicional, irrestrito, inteiro, sem metidas. É um amor que não se cansa, não desiste mesmo quando não é correspondido, mesmo quando é mal entendido. Este amor diz: “Você não sabe quanta coisa Eu faria por você, além do que já fiz...”. Marcos consegue passar as nuances do amor eterno de Deus, com detalhes primorosos.
12. O texto leva-nos a perceber a forma própria de Marcos especificar nomes, horários, números, lugares. Confira em Marcos 3:17; 10:46; 15:21.
13. No texto poderemos descobrir traços da personalidade de Marcos com suas múltiplas caracterizações.
Poderia dar outras razões, mas creio que estas já são suficientes. “Vambora” estudar? Acesse: revlu01.blog.uol.com.br.
(*) Pastor Luciano Roberto Pereira Nunes é titular da Igreja Presbiteriana do Lago Sul - IPLS, em Brasília-DF.
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