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R E L I G I Ã O
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A MULTIPLICAÇÃO DA SOLIDARIEDADE
(*) Excepcionalmente por "Pr. Luciano Roberto Pereira Nunes" (Igreja Presbiteriana)

"Disse Eliseu: Dá ao povo para que coma. Porém seu servo lhe disse: Como hei-de eu pôr isto diante de cem homens? Ele tornou a dizer: Dá-o ao povo, para que coma; porque assim diz o SENHOR: Comerão, e sobejará. Então, lhos pôs diante; comeram, e ainda sobrou, conforme a palavra do SENHOR." 2 Reis 4:42b,43,44.

            A atitude de Eliseu, o homem de DEUS, está diretamente ligada à atitude de Jesus, o filho do Homem que, nos evangelhos, com olhos de compaixão, vê a multidão faminta: “Dai-lhes vós mesmo de comer...” (Mc 6:37). A voz profética é inconfundível: “Dá ao povo para que coma...

            Interessante notar que em quase todas as passagens bíblicas que relatam essa atitude de compaixão em alimentar multidões, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, recebem o título de “a multiplicação dos pães”. E é realmente difícil de “escapar” dessa interpretação que se cristalizou nos inúmeros sermões e publicações. Entretanto, temos visto um caminho mais amplo que o da multiplicação milagrosa: o da partilha responsável.

            Podemos notar que em nenhuma das passagens bíblicas que descrevem multidões sendo alimentadas (2 Rs 4:42-44; Mt 14:13-21; 15:32-39; Mc 6:30-44; 8:1-9; Lc 9:10-17; Jo 6:1-14) aparece o termo “multiplicação”. Com esta observação não estamos negando as incontáveis pregações que falaram, e que falam da multiplicação dos pães; mas devemos, sobretudo, considerar que a idéia da multiplicação milagrosa não faz parte da preocupação primeira daqueles que relataram a ação divina nesses casos. A palavra comum é justamente “distribuição”.

            Como símbolo de fé, o alimento partilhado revela o padrão do Reino de Jesus quanto à justiça social: todos comem e são saciados! Não há distinção! Não há sectarismo! Não há contendas! Não há privilégios.

            Oremos para que haja hoje a mesma voz profética, o mesmo coração de compaixão, que crê na providência divina e que diz: “Comerão e ainda há de sobrar!”.

(*) O Rev. Luciano Roberto é pastor-titular da IPLS - www.ipls.org.br

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