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R E L I G I Ã O
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PEDRAS x PÃES
Excepcionalmente por Carolina Oliveira

            “Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães.” (MT 4:3). Quando Satanás fez essa proposta para Jesus, que estava há 40 dias e 40 noites de jejum, ele falava de coisas muito mais profundas do que apenas pedras e pães. Pedras são as coisas eternas, pães são prazeres momentâneos. Naquele momento o diabo incitava Jesus a trocar o eterno pelo agora.

            Essas palavras vêm se ecoando através dos séculos, e até os dias de hoje Satanás continua a falar “Manda que estas pedras se transformem em pães”.

            Vivemos em uma sociedade imediatista, onde as pessoas não se preocupam com a eternidade, e sim, com o aqui e o agora. As pessoas não querem esperar o tempo de Deus, e acabam se precipitando em suas atitudes. Estão preferindo pães a pedras. Só que os pães sempre acabam, e junto com os pães, os prazeres. É a hora em que bate o arrependimento, e a pergunta “o que eu fiz com as minhas pedras?”.

            Adquirir pedras leva tempo, pois pedras são o zelo pela nossa santidade, os sacrifícios e a obediência que temos a Deus. A cada pedra perdida, é tempo e intimidade perdidos com Deus, que levam algum tempo para serem restituídos. E como leva tempo, no meio do caminho, as pessoas, mais uma vez, ficam com o pão. Alguns até se acomodam na esperança de que sempre vai ter um amanhã para recomeçar com Deus, deixando de lado a possibilidade de ser este o último dia de suas vidas.

            Trocar as pedras, ou o tratamento de DEUS, por pães, os prazeres momentâneos que norteiam o mundo, é desprezar o processo de DEUS para lapidar o coração que como um diamante, outrora desprezível carbono, adquire inestimável valor quando submetido à pressão.

            Diamantes podem até durar muito, mas corações lapidados por DEUS são eternos. Este é o dia do recomeço, de juntar pedras e vencer os pães momentâneos que nos cercam:

            “Mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde a traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam”

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