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R E L I G I Ã O
27 / JANEIRO / 2008

INGRATA INGRATIDÃO
Por Bruno Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil

            Uma das características da deterioração do homem depois da queda no Éden é a incapacidade de ser grato, mesmo que se lhe ofenda algum interesse, quando quem lhe favorecia não o faz mais, ou se lhe opõe, ou se torna inimigo. Em verdade, basta uma rusga e o outrora amigo se “torna” calhorda, biltre, patifório. Nas relações trabalhistas brasileiras a ingratidão é a pedra de toque. Não há empatia por quem ofereceu oportunidade de emprego, mas desgosto, desconfiança e revolta por ser explorado, a aguardar adminúculos para demandar em juízo quem contratou.

            Quem assistiu ao filme os Dez Mandamentos vislumbrou o embate entre a arrogância de Faraó e a simplicidade de Moisés, que demandou o direito mais importante do ser humano: a liberdade. Jacó, filho de Isaque e neto de Abraão, entrou no Egito com 70 almas, que geraram filhos e foram escravizados no Egito por quatrocentos anos, pois esqueceram que José, filho do mesmo Jacó, administrara o Egito e o tornara uma potência, além de implantar padrão de êxito administrativo seguido após sua morte. Mas as futuras gerações do Egito esqueceram de José, do bem que lhes fizera, e escravizaram os descendentes de José e de seus irmãos.

            A saída do Egito é o ponto culminante do Velho Testamento, o clímax, a catarse da odisséia israelita, coroada pela espetacular abertura do Mar Vermelho, que tratou de engolir os carros de Faraó e seus cavaleiros que soberbamente ousaram adentrar no encalço de um povo civil, desmilitarizado e indefeso. Mirian, irmã de Moisés, quando os corpos de egípcios e seus cavalos boiavam sobre as margens do outro lado do mar, organizou com outras mulheres um coral de tamborins, glorificando a DEUS que afogara o exército Faraó.

            Jamais se poderia imaginar algum favor, alguma benesse em prol dos egípcios na lei de Moisés, porque pagaram com mal o bem que José lhes fizera, além da renitência, da prepotência e da covardia contra um povo indefeso. Mas não é isso o que se observa. O inicio do capítulo 23 de Deuteronômio descerra rol de nações que não poderiam entrar na congregação, não poderiam se apresentar diante de DEUS pelo que fizeram. Estranhamente os egípcios não afiguraram nesse rol – Deuteronômio, capítulo 23, versículo 7:

“Não abominarás o edomeu, pois é teu irmão; nem abominarás o egípcio, pois peregrino foste na sua terra.”

            Os israelitas deveriam ter gratidão aos egípcios por terem vivido lá, se alimentado, feito casas, por terem semeado e colhido ali. Independentemente dos erros cometidos pelos egípcios, deveriam ser gratos pelo que receberam lá.

            Ao contrário do Brasil, alguns países de primeiro mundo desenvolveram a cultura de não falar mal e respeitar quem deu emprego. A sabedoria sempre vem do alto, e seus frutos também ...                         

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