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ESTER, ISRAEL E O SACRIFÍCIO
Por Bruno Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil

            Diz o profeta Isaias, no capítulo 66, versículo 8º, de seu livro: "Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos."  É possível nascer uma nação num só dia? No livro de Ester em um só dia Israel seria riscado do mapa, mas, sobrenaturalmente, o dia da angústia profunda foi transformado em regozijo. Durante meses pais olharam para seus filhos secando-se de tristeza porque o rei determinara a extinção dos judeus e daqueles inocentes, pelo que não cresceriam. A alegria dos pequeninos em mamar multiplicava exponencialmente a dor de pais e mães cônscios do extermínio, carregando crianças cônscias tão somente de que eram amadas pelos pais, tudo isso milhares de anos antes dos campos de concentração nazista.

            Mas o livro de Ester revela que num só dia, a nação dos “defuntos vivos” se levantou poderosamente reino de Assuero, o persa, vingando-se de seus inimigos, saqueando-os. Os perseguidos naquele dia perseguiram seus perseguidores. Então, os outrora  “defuntos vivos” olharam para sues filhos que mamavam e lembraram-se da profecia de que da boca dos pequeninos DEUS suscita fortaleza – Salmo 8, versículo 2 – , para se vingar do inimigo e calar o opressor, porque DEUS não deixaria seu povo ser exterminado, até que um dia DEUS visitou seu povo, se fez homem, se encarnou, e, na qualidade de FILHO DE DEUS, portando a essência de DEUS, andou no meio deles.

            Seu povo, os judeus, ao invés de reconhecerem o MESSIAS, JESUS, a quem tanto aguardavam, o levarem a julgamento pedindo e pressionando pela sua morte no pretório romano, diante de Pilatos, o arguto pretor, que usou pirotecnias processuais para dissuadi-los, uma vez que Pilatos, como pretor, acumulava função administrativa e jurídica e sabia que os líderes judaicos levantariam uma revolta que custaria a cabeça, senão a vida de Pilatos, caso não assentisse. Venceu o administrador, mas não sem antes argüir se eles derramariam sangue inocente. Responderam que não só derramariam, mas pediram que o sangue de JESUS caísse sobre eles e sobre seus descendentes.

            E assim tem sido desde então, um rio de sangue judaico vem sendo derramado, porque o sangue de JESUS tem caído sobre eles desde aquele dia, conforme pediram. O apego aos diamantes é um hábito histórico. Quando chegasse uma das inúmeras tentativas de extermínio, os sobreviventes levariam pequenos pacotes com esse bem para safarem-se, tentando a vida noutra lugar. Nômades errantes de uma pátria que não mais existe desde o ano 70 d.C., até a segunda guerra mundial, que ceifou mais de seis milhões de judeus, gerando uma comoção mundial a favor da constituição do Estado de Israel novamente.

            Assim, há 60 anos, em 14 de maio de 1948, uma resolução da recém criada ONU re-estabeleceu o Estado de Israel, pondo fim à diáspora perpetrada pelo general romano Tito no ano 70 d.C., cumprindo a profecia de Isaías e, sobretudo, a de JESUS, pois quando a figueira brotasse era o sinal de que ELE estava para voltar. E a figueira é Israel, como novo capítulo de uma nação politicamente organizada, completou 60 anos, sob sombrias perspectivas de paz, piores que as do aniversário de 50 anos, mas uma nação próspera, com índice de qualidade de vida compatível ao padrão europeu, com estupendas universidades e que colhe morangos no deserto, tendo por água potável a água desalinizada do mar, cuja população, 94% dela, está disposta a dar vida por esse pequeno e tão odiado país.

            Qual a relação da história de Israel com a salvação da humanidade, com a sua salvação?

            Esse é o tema do próximo ensaio.

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