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R E L I G I Ã O
30
/ MARÇO / 2008

A TURMA DE MARDOQUEU
Por Bruno Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil

            Na dificuldade a companhia e os amigos podem significar a diferença entre a vida e a morte. Sartre dizia que quem escolhe o conselheiro, já escolheu o conselho. A turma mais fácil de encontrar é a dos murmuradores, a dos que julgam a DEUS e lhe imputam mazelas do mundo, se ele existisse e fosse DEUS não seria assim, porque, se tem poder, qual a justifica para não usá-lo. Reclamar é fácil e a turma dos murmuradores nada tem a ajudar.

            A segunda turma é difícil de achar. São os caçadores de DEUS, diferentes dos demais, porque a raça humana busca satisfazer as próprias veleidades, o ego. Certo é o errado não são conceitos absolutos, pois todo homem tem seu preço e por ai vai. Os caçadores de DEUS querem DEUS, o plano de DEUS, o pensar de DEUS, a intimidade com DEUS. As circunstâncias lhe são incidentes, quando muito, e, ainda assim, incapazes de desvirar-lhes do foco.      

            Daniel orou e jejuou vinte e um dias até lhe ser revelado, não só os segredos do seu tempo e da sua geração, como também, a consumação dos séculos, de forma que é impossível entender Apocalipse sem entender o livro de Daniel. A Bíblia afirma que Ana, a viúva, e Simão, o velho, oravam incessantemente no templo até serem levados pelo ESPÍRITO SANTO DE DEUS a contemplar JESUS, menino no colo de Maria, mencionando palavras proféticas que só a intimidade com DEUS poderia propiciar.

            Mardoqueu foi judeu desterrado pelos Babilônios. Presenciou ruir a nação eleita para simbolizar a luz de DEUS na terra. Para um povo levantado por DEUS para reinar, tinha motivos para se rebelar contra DEUS pela desmoralização do seu país, subjugados por um império impregnado de ídolos mudos, que não andam, não apalpam, não cheiram, ao passo que o seu DEUS era o único e verdadeiro DEUS. Razões sobejavam para Mardequeou se alinhar aos reclamões ou, a pior de todas, a dos hedonistas, dos que buscam o prazer pelo prazer, a turma do “comamos e bebamos que amanhã morreremos”.

            Mas Mardoqueu adentrara ao seleto grupo dos caçadores de DEUS. Surgiu um concurso para escolha da nova rainha para o rei Assuero, então creu no inimaginável, creu na oportunidade, levou sua filha adotiva Ester à casa das mulheres. Instruiu-a com sabedoria a que não revelasse seu povo e sua origem, assim como JESUS no começo não revelava que era o FILHO DE DEUS. Diariamente ia à porta do palácio real para ver como estava sua filha, como a tratavam, não apenas por ela, mas pelo amor que tinha ao seu povo e, sobretudo, ao seu DEUS.

            Não culpava a DEUS pela queda de Jerusalém. Fez um exame de consciência e inferiu que Israel se rebelara ostensivamente e viver ali era o consectário e o preço de abandonar-se o autor da vida, DEUS, de desprezar o privilégio de haver recebido os oráculos de DEUS. Quando JESUS, também judeu, veio anos depois, foi destroçado e moído vivo por uma geração da liderança judaica que escolhera viver sem DEUS sobre a máscara de servir a DEUS. Não podiam mentir, mentiram e subornaram. Quando inteirados da ressurreição, sequer tiveram hombridade de reconhecer o erro. JESUS alertou que se faziam aquilo com o FILHO DE DEUS, ELE mesmo, o lenho verde, o que não fariam com o lenho seco. Carregando a cruz JESUS advertiu que não chorassem por ELE, mas pelos próprios filhos, porque sem DEUS, sem se vergarem à palavra de DEUS, esse é o resultado. A culpa não é de DEUS, mas da ausência de DEUS no homem. DEUS pode ate permitir, mas julgará. Não ficarão impunes.

            Enfim não culpava a DEUS, pois sabia que a maldade de seus pais lhe reservara aquela situação. Contudo, cria que DEUS poderia mudar a situação. Em nenhum momento DEUS falou com ele diretamente por sonho, como com José, por palavra profética, como com o rei Davi, em momento algum lhe veio um profeta de DEUS anunciar coisas grandes e ocultas, alguma obra grandiosa de libertação e restauração. Nada disso. Apenas creu na palavra de DEUS dada aos seus antepassados, nas Escrituras, creu no plano de DEUS, na promessa do MESSIAS – JESUS - , diga-se, o qual os judeus esperam até hoje porque não creram em JESUS, de maneira que Ester alcançou graça diante dos homens e se tornou rainha, num verdadeiro milagre, pela iniciativa de um pai adotivo que creu em DEUS apesar das circunstâncias.

            Em após, veio a ameaça de extermínio da nação judaica e Ester, sua filha adotiva rainha que ninguém sabia que era judia, não poderia entrar na presença do rei. Assim, Mardoqueu, fora do palácio, uma vez que se recusava a usar roupas para entrar, ao invés dos panos de saco em lamentação pela determinação do dia de extermínio de seu povo, advertiu Ester que fosse interceder por seu povo. Nesta mensagem dura, Mardoqueu tinha uma dúvida e duas certezas – Ester, capítulo 4, versículos 13 e 14:

“Então Mardoqueu mandou que respondessem a Ester: Não imagines no teu íntimo que por estares na casa do rei, escaparás só tu entre todos os judeus. Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de outra parte sairá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?

            Mardoqueu não recebera confirmação de DEUS se ELE, o ALTÍSSIMO, estabelecera Ester como rainha. Essa era uma dúvida. Mas tinha duas convicções: DEUS de alguma forma e algum lugar levantaria socorro, ainda que ele, Mardoqueu, desconhecesse como; e, em após, se Ester poderia fazer algo, tinha de fazer, porque aquele era o povo de DEUS mesmo caído. Poderia ser castigado, e estava sendo, mas jamais exterminado, porque viria o MESSIAS e o MESSIAS é judeu e rei dos judeus.

            Mardoqueu era membro ativo e comungante dos caçadores de DEUS, uma elite sensível e sagaz que observa o próprio tempo e consegue divisar a mão de DEUS lutando pela implementação do seu reino, enquanto os chamados sábios deste século desvanecem pelas suas próprias veleidades, como velas que acreditam ser o sol.    

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